Mito Uzumaki teve sua mão concedida a Hashirama Senju, um antigo aliado de seu clã que ela mal conhecia, por amar Satoru a ruiva tentou resistir, mas conhecia seus deveres como a filha do líder.
Ela foi arrancada de sua família, seu lar e seu amor...
Eu tentei a todo custo conter minhas lágrimas, mas assim que entrei em meu quarto elas desceram feito cachoeira pelos meus olhos. Eu não gostava de chorar, fazia com que eu me sentisse fraca e eu definitivamente não era fraca, fui uma das primeiras mulheres do meu clã a aprender a ler, a fazer selamentos e usar ninjutsu médico, desenvolvi um selo que armazena o equivalente a cem vezes minhas reservas e tinha o espírito livre, cresci acreditando que nunca seria entregue para uma aliança. Sei que não é culpa de papai e sim de mamãe, ela queria que eu aprendesse apenas coisas do lar e fosse sua cópia, mas nunca gostei disso, eu gostava de cozinhar e limpar a casa, mas não nasci para ser um animal engaiolado, eu amo a natureza e essa é uma paixão que eu compartilho com Satoru, o grande amor da minha vida.
Para a maioria das pessoas Satoru é apenas um serviçal e guerreiro habilidoso, filho bastardo de um influente ancião do clã que foi colocado nessa posição porque alguns homens tem dificuldade de manter uma relação monogâmica. Pra mim ele era o garoto que cresceu ao meu lado, foi quem me ensinou a nadar, segurou minha mão para saltar do desfiladeiro no mar pela primeira vez, me fez rir na primeira vez que torci o tornozelo e me ensinou a escalar árvores, além de ter sido o meu primeiro beijo, meu primeiro amor e meu melhor amigo.
— Ei, Mito, o que aconteceu? — Kantaro perguntou entrando no quarto seguido de Saori, minha prima e melhor amiga.
— Eu vou me casar — respondi, me sentando e contendo o choro.
— E por que está chorando? — Saori pergunto confusa.
— É uma aliança com Hashirama Senju — minha amiga cobriu a boca aberta e meu irmão nos olhou confuso.
— Então vai se casar com o líder Senju? — ele perguntou com uma careta e eu assenti — Pra isso teria que ir embora da ilha?
— Terei que viver em Konoha — respondi e meu irmão de oito anos socou a própria mão.
— Ele vai pagar por isso!
— Kantaro — tentei chamar antes que meu irmão travesso desaparecesse porta a fora — O que aquele moleque vai aprontar?
— Não sei, mas é sempre divertido — Saori respondeu com um pequeno sorriso, antes de me olhar com pesar — Contou a Satoru?
— Acabei de saber! Como posso contar?
— Não é necessário — ouvi a voz dele e o vi apoiado em minha sacada — Acabei de leva-los aos aposentos. Pode nos deixar sozinhos, Saori?
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Minha amiga apenas saiu do meu quarto, fechando a porta e eu caminhei até meu amor.
— Eu não quero me casar com ele, papai insiste que é o melhor, mas o melhor pra mim é você!
— Ashina-sama tem razão, Mito, é melhor que se case com ele — os olhos de Satoru estavam banhados em lágrimas — Ele é um líder importante, tem muito a te oferecer, eu só poderei te dar uma vida miserável, não importa como reconheçam minhas habilidades, eu sempre serei um bastardo e nunca serei digno de uma mulher como você!
