Capítulo 18

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POV Hashirama

Eu me senti no paraíso quando acordei e vi aquela mulher em meus braços, os longos cabelos vermelhos espalhados pelos nossos corpos, a bochecha apertada contra meu peito esquerdo e a mão delicadamente repousada sobre o direito, não pude deixar de sorrir com aquela visão e sensação que eramos um casal de verdade.

Mas caí do paraíso direto para o inferno quando senti aquele chakra no andar de baixo e acho que, involuntariamente, acabei apertando Mito contra mim, porque ela resmungou e se remexeu.

— Bom dia — ela murmurou com a voz sonolenta e esfregou o rosto em meu peito, corando em seguida.

— Bom dia — beijei o topo de sua cabeça, fazendo um carinho em seguida — Vamos levantar, seu pai vai embora hoje, acho que vou pedir que ele mande Kantaro e sua mãe pra ca — vi Mito fazer uma careta — Não faça isso, sabe que nesse caso a família do líder fica em perigo, é para ninguém se machucar.

— Eu sei, mas vai ser um saco ela dando palpites em tudo — Mito se sentou na cama e suspirou — Pelo menos Kantaro vai estar aqui para aliviar a barra, as vezes mamãe fica tão ocupada com as travessuras dele que esquece de mim.

— Que coisa feia, dona Mito — fiz cócegas nela — Usando seu irmãozinho para aliviar sua barra.

— Para, Hashi — ela pediu alto entre gargalhadas e parei sorrindo bobo diante daquele rosto radiante.

Eu tomei banho e me arrumei primeiro, quando Mito saiu do banheiro já vestida, estava terminando de colocar minha armadura, faltava prender apenas a placa das costas e vendo a luta que sempre tive com aquela parte, minha esposa veio me ajudar a coloca-la. Esse cuidado que Mito vinha tendo comigo enchia meu coração de esperança, movido por isso me virei e lhe roubei um selinho, fazendo-a arregalar os olhos pra mim.

— Desculpa, vou tentar me segurar, mas você é muito linda — eu nunca vi Mito corar tanto, ela ficou da cor dos cabelos e eu ri com isso, a abraçando e permitindo que escondesse o rosto em meu peito, só ai notando que ela estava prendendo a respira...

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— Desculpa, vou tentar me segurar, mas você é muito linda — eu nunca vi Mito corar tanto, ela ficou da cor dos cabelos e eu ri com isso, a abraçando e permitindo que escondesse o rosto em meu peito, só ai notando que ela estava prendendo a respiração desde que a beijei, mordi o lábio ao constatar que eu mexia com ela pelo menos um pouco, por isso sussurrei com a voz safada em seu ouvido — Respira, Mito!

— É melhor descermos pro café — ela falou depois de respirar profundamente.

Desci apoiando a mão em suas costas e assim que avistamos Satoru na sala de estar eu enlaçei sua cintura e a apertei contra mim, recebendo um olhar de repreensão da minha esposa.

— Olha, eu devo desculpas a vocês dois, foi mal de verdade — ele parecia muito nervoso e até envergonhado — Eu não tinha o direito de fazer o que eu fiz, eu... só sinto muito! Você sabe que eu não sou assim, Mito.

— Eu sei, você é bem melhor do que aquele Satoru que tava aqui ontem e eu espero de verdade que esteja tão envergonhado a ponto de nunca mais fazer isso — Mito disse brava, saindo do meu lado para acertar um cocão no homem que era quase duas vezes seu tamanho — Idiota!

Minha esposa foi em direção a sala de jantar e eu tive que segurar o riso, foi realmente prazeroso vê-la batendo nele. Passei direto por Satoru e fui atrás da Mito, me sentando na cabeceira da mesa, com ela a minha direita e seu pai a minha esquerda.

— Ashina-sama, pensei em trazer sua esposa e seu filho para ficarem aqui em Konoha — resolvi introduzir o assunto — Podemos mantê-los seguros aqui e evitar que estejam no fogo cruzado caso ocorra mais um ataque.

— Acho uma ótima ideia, Hashirama — ele sorriu levemente pra mim — Assim que chegar a nossa vila preparo a vinda deles para cá.

— Certo, caso eu ainda não tenha chegado Tobirama estará cuidando da vila e ficará de olho neles — meu sogro assentiu.

Notei como a menção da presença da mãe incomodava Mito e a deixava com o corpo tenso, não pude deixar de pensar que foi a mãe dela que nos empurrou para aquela primeira vez traumática, não anulando minha parcela de culpa por machucar esse anjo de olhar doce. Estava tão perdido olhando para ela que nem percebi quando Madara e Tobirama chegaram.

— Ei, Hashirama, acorda — Madara provocou empurrando minha cabeça — Se tirar uma foto da Mito dura mais, só não leva pra missão pra não se distrair com a ruivinha.

O tom de Madara era debochado e eu corei com sua provocação, assim como minha esposa.

— Palhaço — Mito jogou um pãozinho no meu amigo, que pegou no ar e comeu ainda rindo.

— Acho que é hora de irmos — Ashina-sama chamou e Madara assentiu, saindo com ele e Satoru de nossa casa.

Tobirama foi para o prédio hokage e ficamos apenas eu e Mito olhando os três se afastando e minha esposa se virou um pouco sem jeito pra mim.

— Não vai ficar muito tempo fora, não é? — ela perguntou baixinho.

— Vai sentir minha falta? — ergui uma sobrancelha com uma expressão maliciosa.

— Você sabe que vou — ela corou e abaixou a cabeça, a erguendo em seguida para beijar minha bochecha e abraçar meu pescoço bem apertado — Eu gosto de ficar perto de você!

Abracei forte a cintura dela com um braço e apoiei a outra mão em suas costelas apertando levemente e sentido ela se arrepiar em meus braços. Soprei suavemente no pescoço dela e senti meu corpo se aquecer quando Mito deixou um suspiro escapar entre seus lábios, minha vontade era beijar aquela boca e fazer ela gritar de prazer em meus braços, mas faria tudo com calma, beijei aquele pescoço alvo e ela me apertou mais antes de se afastar corada segurando minha mão.

— Por favor, não demora a voltar, quero que esteja aqui no seu aniversário — ela sorriu e foi para a cozinha, voltando com uma marmita — Fiz pra comer no caminho!

— Obrigado, Mito, prometo voltar o quanto antes pra você — beijei sua bochecha, bem pertinho da boca.

A Aliança - Hashirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora