Capítulo 24

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POV Mito

Depois que acalmei minha respiração, me levantei para vestir um pijama confortável, mas parei na porta do banheiro, escutando gemidos baixinhos de Hashirama lá dentro. Mordi o lábio sabendo o que ele estava fazendo, lembrei do livro que Suyen me deu e respirei fundo, criando coragem para algo que eu tinha muita vontade.

— Hashirama — chamei batendo na porta.

— Mito? — meu nome saiu como um gemido na voz dele.

— Posso entrar? — perguntei um pouco nervosa.

— Tem certeza? — ele perguntou e eu respirei fundo, abrindo a porta e vendo Hashirama embaixo do chuveiro, a água escorrendo por seu corpo largo e bronzeado, os músculos tensos, o abdômen cheio de gominhos, o V perfeito que se formava no final dele e conduzia ao membro ereto e levemente torto pra cima que fez minha boca encher de água.

— Posso tomar banho com você? — perguntei corada, tentando conter a vontade de cobrir meu corpo nu.

Ele sorriu safado pra mim e estendeu a mão como um convite, fechei a porta e entrei na água com ele, trocamos um beijo molhado e eu tomei a iniciativa de tocar seu membro que estava duro em minha barriga. Fiz movimentos pra cima e pra baixo e o ouvi gemendo baixinho, beijei seu pescoço, descendo os selinhos pelo seu corpo, até beijar a cabecinha arroxeada.

— Não precisa fazer isso, minha linda — ele falou fazendo carinho em minha bochecha.

— Eu quero — respondi sexy e o abocanhei, colocando o máximo que eu conseguia daquele membro na boca.

— Puta que pariu, que boca gostosa — ele gemeu rouco.

Continuei fazendo movimentos pra frente e pra trás, Hashirama deixou a cabeça tombar e gemia um pouco mais alto com aquela voz grave. Decidi massagear seus testículos como a garota do livro e ele arfou, agarrou meus cabelos e começou a ditar o ritmo do movimento, me fazendo engasgar algumas vezes, finquei a unha em seu quadril e me mantive ali, dando prazer para meu marido como ele havia me dado.

— Mito, eu vou... — ele tentou puxar minha cabeça, mas eu continuei os movimentos até ele encher minha boca com seu prazer enquanto dava um gemido alto — Não tem que engolir.

Dei um sorriso e engoli tudo, limpando os cantos da boca, tinha um gosto meio azedo e estranho, mas era tolerável e eu senti prazer em senti-lo se desfazendo na minha boca. Meu corpo inteiro estava quente, eu sentia que minha intimidade estava muito molhada e não era pela água do chuveiro.

— Você é perfeita — ele me abraçou e beijou minha boca.

Terminamos o banho e durante todo esse tempo eu tentava agir naturalmente sobre nós dois estarmos completamente nus diante um do outro, afinal ele é meu marido e isso devia ser algo normal. Assim que terminamos o banho eu praticamente corri pra me vestir e ouvi a risadinha de Hashirama enquanto me vestia apressada, ele só colocou uma cueca e foi pra cama, resolvi me sentar de frente pra ele, queria conversar sobre hoje.

— Hashi — não sabia como iniciar a conversa, mas respirei fundo e decidi começar desmentindo o Hosokawa — O que ele disse é mentira, Satoru não me tocou daquele jeito, nem viu os meus seios.

— Mito — ele passou a mão no cabelo — Não precisa mentir pra eu me sentir melhor.

— Me escuta, acredita em mim — pedi um pouco irritada — Não vou mentir, eu e Satoru já tivemos sim momentos mais quentes...

— Já ouvi bastante sobre isso hoje.

— Que droga, me deixa falar — gritei e depois controlei meu tom — Nós tivemos sim momentos mais quentes, mas ele nunca enfiou a mão na minha calcinha ou viu meus peitos. Eu realmente não sei onde a gente teria chegado aquele dia se não houvesse a invasão, mas acredita em mim quando digo que o único homem a me tocar assim foi você... Quer dizer, você e aquele médico.

— Me desculpa por isso — ele abaixou a cabeça.

— Você me acha uma vadia? Por isso desconfiou de mim?

— Não, de forma alguma — ele falou sério, me olhando nos olhos — Mas confesso que no fundo eu também queria saber se ainda era virgem, pela forma que a ouvi falando de Satoru.

— Inacreditável — balancei a cabeça desacreditada — eu teria menos valor pra você se não fosse mais virgem? Porque você não era quando nos casamos!

— Mito, não vamos pular pra isso, a sociedade vê diferente e você sabe disso — ele falou sério — Mas pra mim não faria diferença, claro que eu adorei saber que sou seu único homem, mas ainda assim me incomoda saber que você esteve há um passo de ser dele, saber que ele despertou desejo em você, te deixou excitada ao ponto de querer correr um risco que assusta a maioria das garotas!

— Eu não vou pedir desculpas pelo meu passado, não pode me condenar pelo que vivi com Satoru, porque você também tem um passado com Tōka e diferente de Satoru e eu, você mantém uma relação bem próxima com ela — falei brava.

— Não vem colocar a Tōka no meio disso, é passado, eu não sinto nada por ela, enquanto você ainda ama Satoru — ele também estava nervoso.

—Você não sabe o que...

— Hashirama — ouvimos a voz de Tobirama acompanhada de batidas na porta.

Meu coração acelerou, eu estava prestes a insinuar que não amava mais Satoru e me perguntava se seria correto, porque eu já não tenho certeza de nada dos meus sentimentos.

— Entra — Hashirama ordenou se levantando e eu o acompanhei.

— Com licença — o Senju mais novo falou ao abrir a porta — Temos que ir pra vila do Redondinho agora.

— O que aconteceu? — perguntei nervosa.

— Estão planejando um ataque na calada da noite para pegar o pergaminho, descobrimos porque eles querem tanto, eles tem a localização da Kyuubi e parecem ter um jeito de trazer a mulher de volta a vida — engoli em seco, completamente chocada — explico tudo no caminho, vamos logo!

— Vou fazer uma mochila pequena e...

— Pra que? — meu marido perguntou e vi Tobirama sair discretamente da porta do nossa quarto.

— Para ir com vocês.

— Vai ser muito perigoso — Hashirama falou sério.

— Se eles tem uma besta de caudas vocês precisam de alguém bom com barreiras — o olhei firme — Eu vou!

Ele assentiu e foi fazer a própria mochila. Em menos de meia hora estavamos prontos, deixamos um bilhete para minha mãe e Kantaro e nos encontramos com Madara e Tobirama no portão da vila, sem trocarmos uma palavra um com o outro.

— Tudo bem, ruivinha? — Madara perguntou bagunçando meu cabelo e eu assenti, saindo na frente e vendo os dois olharem confusos pro Hashirama.

Corremos praticamente em silêncio até o porto, Hashirama e eu não nos falavamos e conversavamos apenas com Madara e Tobirama. No momento em que paramos na beira da praia eu não pude deixar de sorrir, o cheiro do mar, o sol começando a nascer, o barulho das ondas, tudo isso me encheu de paz, mas não tinha tempo de apreciar isso, entramos no barco e nos sentamos para Madara explicar o que realmente estava acontecendo.

— Eles queria pegar a kyuubi para ter poder, mas depois que Emi foi "morta" — ele fez aspas com os dedos — Eles passaram a ter outro objetivo, parece que usaram um jutsu proibido para conservar o corpo dela e esperam que selando a bijuu dentro dela, a força vital da raposa vá devolver a vida pra mulher.

— Achavamos que era só por poder, mas é por família — murmurei entendendo tudo — Para salvar a vida da irmã o líder lutará até a morte, assim como o marido dela lutou e isso só o torna mais perigoso!

— Concordo — Hashirama falou — Pela família nós fazemos qualquer coisa.

Estávamos no meio do caminho e o sol já estava alto quando Madara veio até a ponta do barco me oferecer biscoitos.

— Vocês estão bem? — ele perguntou se apoiando ao meu lado.

— Nós brigamos porque ficamos incomodados com o passado um do outro — respondi de olhos fechados, aproveitando o sol.

— Incomodados? Eu chamo de ciúmes e onde tem ciúmes tem sentimentos — Madara disse e se afastou em seguida, me deixando com esse pensamento.

A Aliança - Hashirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora