Mito Uzumaki teve sua mão concedida a Hashirama Senju, um antigo aliado de seu clã que ela mal conhecia, por amar Satoru a ruiva tentou resistir, mas conhecia seus deveres como a filha do líder.
Ela foi arrancada de sua família, seu lar e seu amor...
[Nota da autora: teremos um salto temporal e uma decisão importante para nosso casal]
POV Mito
Já faziam dois anos desde a nossa renovação de votos. Nesse tempo eu completei meu treinamento e me tornei uma grande médica, reconhecida em todas as vilas ocultas, sinto que alcancei o auge da minha carreira e talvez fosse hora de dar um segundo passo, olhei para aquelas ervas que eu tomava todos os dias e me perguntei se seria a hora certa para aquilo. Suspirei, ainda era madrugada, Hashirama estava dormindo e eu tinha acabado de voltar de um longo e turbulento plantão, no meio de toda a bagunça de operar três ninjas que cairam numa emboscada eu me vi num momento maravilhoso e encantador, que renovou minhas energias, após duas mortes eu ajudei um bebê a nascer, testemunhei o milagre da vida e vi que era isso que eu mais desejava nesse momento, mesmo amando minha carreira, queria ser a mãe de um filho de Hashirama, queria aumentar nossa família.
Fui para nosso quarto e me deitei do meu lado da cama, vendo Hashirama dormindo tranquilamente do seu lado, tentei dormir e deixar a conversa para a manhã seguinte, mas eu sequer conseguia fechar meus olhos, olhar para aquele homem e imaginar um bebezinho com seus traços me levava a outro mundo. Não consegui me conter, precisava conversar com ele e decidir logo sobre tudo.
— Amor — o chamei no meio da madrugada, acariciando suas costas — Amor, acorda!
— Aconteceu alguma coisa? — ele perguntou esfregando o rosto no travesseiro e eu até me senti culpada por acorda-lo.
— Desculpa te acordar essa hora, mas eu queria conversar — mordi o lábio e ele franziu a testa, se sentando na cama e me encarando.
— Certo, você está me assustando — ele falou coçando os olhos.
— Eu segurei um bebê nos braços hoje — comecei e ele ergueu uma sobrancelha — E eu percebi que cheguei onde eu quero na minha carreira e agora, tudo que eu quero é aumentar nossa família.
— Você... — ele sorriu enquanto eu mordia os lábios ansiosa — Está realmente pensando em me dar um bebê?
— Sim, eu quero ter um filho com seus olhos bondosos e sua boca linda — acariciei seu rosto.
— Desde que tenha seus cabelos e esse narizinho lindo — ele falou apertando meu nariz e eu sorri com os olhos marejados — Kami-sama, vamos ter um bebê!
— Mas antes eu quero que me prometa um coisa — falei séria e ele também ficou sério, me olhando com atenção — independente de ser menino, mas principalmente se for menina, ela não será uma mercadoria, então pode me prometer que nunca a oferecerá num casamento arranjado?
— Você se sentiu uma mercadoria? Que pergunta idiota, ainda me lembro do que disse ao sair do exame "sua mercadoria ainda tem valor" — ele me abraçou e descansou meu rosto em seu peito, beijando o topo da minha cabeça — eu prometo que não irei magoar nossa filha como magoei você!
— Eu te amo — beijei a bochecha dele — Vamos ter um bebê!
— Agora vamos dormir — ele mal falou e já estava deitado, me puxando para o seu peito e acariciando meus cabelos.
Na manhã seguinte eu acordei quando Hashirama estava terminando de se vestir, então só me enrolei no roupão, escovei meus dentes e desci para tomar café com ele. Assim que chegamos a cozinha e cumprimentamos Fumiko, vi meu marido caminhar até o armário, pegar o pote com as ervas anticoncepcionais e me olhar, assenti com um pequeno sorriso e ele as jogou no lixo.
— Isso... — Fumiko começou um pouco confusa — Isso é o que eu tô pensando?
— Sim, Fumiko-san — Hashirama a abraçou girando no ar — Nós vamos ter um bebê!
— Mas nós ainda não vamos espalhar, estamos planejando — adverti os dois e ambos me olharam com uma expressão culpada.
— Mas, amor, eu tô feliz, não consigo segurar — Hashirama falou com carinha fofa e eu ri rolando os olhos.
— Certo, pra Fumiko, Madara, Suyen e Tobirama tudo bem, mas pra mais ninguém — falei e ele assentiu veementemente.
— Pra Saori e pro Satoru também? Porque não sei se você se lembra, mas eles estão chegando hoje.
— Eu não estava lembrando disso — suspirei e assenti, pelo jeito todo mundo ficaria sabendo antes mesmo de eu engravidar — Vou tentar sair mais cedo do trabalho hoje para receber todo mundo.
Nos sentamos para o café e Fumiko colocou diversas frutas na minha frente.
— Quando conseguir engravidar já tem que estar com a saúde mais forte — fiquei um pouco sem reação e apenas comi.
Depois do café da manhã eu fui me arrumar para ir ao hospital, seguindo com mais um dia corrido. Tive tantos casos urgentes para atender que eu sequer notei a hora passando, até parar um pouco para respirar e notar uma presença muito conhecida.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
[Kantaro cresceu e ficou lindo, ne? 😍]
— Aposto que ainda não comeu nada, não é, mana? — Kantaro estava escorado na parede da minha sala segurando uma marmita.
— Irmão — o abracei apertado, ficando nas pontas dos pés para isso, ele só tinha 12 anos, mas estava incrivelmente mais alto e sério — senti saudades, chegaram que horas?
— Pouco antes do almoço — ele fez carinho em meu rosto — já são quatro da tarde e eu aposto que ainda não almoçou, não é?
Como se esperasse a deixa perfeita meu estômago roncou e nós dois rimos alto.
— Obrigada, lindo, você é perfeito! — beijei sua bochecha e peguei a comida.
— Diz isso só porque eu te trouxe comida — ele se sentou e roubou um pedaço da minha carne — Vou ficar aqui para garantir que vamos embora assim que acabar de encher a barriga.
— Ryotaro ficou bem na viagem? — perguntei do meu afilhado de um ano e dois meses que viajava pela primeira vez.
— Chorou e resmungou algumas vezes, mas no geral ele ficou bem — Kantaro deu de ombros — Sabia que ele já está falando? E até consegue correr um pouco antes de se esborrachar no chão.
Depois de comer eu organizei algumas coisas e fui para casa com meu irmão, chegando lá encontrei a sala cheia. Satoru e Saori estavam juntos numa poltrona, Hashirama estava de pé com Ryotaro em seus braços brincando com seus cabelos, Madara e Suyen grávida de sete meses estavam no sofá e Harumi estava sentada no chão da sala brincando.
Abracei meus amigos, beijei as bochechas de Harumi e fui até meu marido lhe dando um selinho antes de me voltar para a bolinha gorducha que estava em seus braços.
— Olá, bebê da madrinha — ele riu pra mim, exibindo aqueles quatro dentinhos da frente e voltou a agarrar Hashirama — Você ama o colo do padrinho, ne?
Como resposta Ryotaro murmurou um "adinho" abraçando Hashirama e voltando a relaxar em seu colo.
