Capítulo 27

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POV Hashirama

Eu estava nas nuvens com esses momentos de tanta entrega que estava vivendo com Mito, mas tinha medo de estar entendendo errado e seus sentimentos não serem tão intensos quanto os meus. Saímos do quarto juntos para tomar café da manhã e recebi um olhar malicioso de Madara, que me fez corar por um instante.

— Vamos ver como estão as coisas na vila, Madara — o chamei quando terminamos o café, antes que ele fizesse algum comentário incoveniente na frente do pai da Mito.

Saímos e estávamos cercados de pessoas nos cumprimentando por todo o caminho, o único lugar que ficamos sozinhos foi na praia de água cristalina e areia fina.

— Eu dormi no quarto de Kantaro noite passada — Madara falou com tom safado — Ele é ao lado do de Mito e eu ouvi alguns "barulhos de casal".

— Nós transamos — contei ao meu amigo com um enorme sorriso no rosto — Ela me quis!

— Do nada?

— Depois daquela coisa do interrogatório nós brigamos e ela me beijou, acabamos trocando algumas carícias mais... quentes, ela ainda não se sentia a vontade pra transar mesmo, estava com medo — expliquei ao Madara que assentiu — Ontem eu a peguei abraçada com o Satoru no pôr do sol...

— O que?

— Tive essa mesma reação, por isso estava emburrada do jantar, depois ela insistiu em conversarmos e brigamos de novo.

— Credo, nos ultimo dois dias vocês brigaram mais que em meses — eu dei uma risadinha concordando — Mas o que aconteceu entre os dois?

— De acordo com Mito ela estava "colocando um ponto final na história deles", eu odiei isso, tive vontade de matar aquele bastardo por ainda ser especial pra ela, já estamos casados há meses e só agora eles encerraram isso?

— Hashirama, eu detesto aquele cara, você sabe disso — meu amigo falou me olhando sério — Mas Mito tem razão, a história deles não tinha sido encerrada, você só chegou aqui e a levou embora, sem que ela pudesse ter tempo de resolver de verdade sua vida, quando ele esteve lá aconteceu aquilo e ela também não pôde ter uma conversa séria com ele. Mito não está errada, assim como Tōka ainda é importante pra você, Satoru é importante pra ela, se quiser cobrar alguma coisa afaste sua ex também.

— Mas a Tōka é minha amiga!

— Assim como o Satoru é amigo da Mito, mas não vamos brigar por isso — ele falou suspirando e sorrindo malicioso — Vocês sairam de uma crise de ciúmes pra uma rodada de sexo antes de dormir?

— E ao acordar — mordi o lábio me lembrando da visão da minha mulher de quatro na cama.

— Uou, tão tirando o atraso mesmo hein!

— Eu nem sei se devia estar falando isso pra você, é minha intimidade com minha esposa.

— E eu sou seu melhor amigo, ou acha que ela não está nesse momento contando para Saori? E quando chegar em Konoha vai praticamente correr para contar para Suyen?

— Realmente!

— Por falar nisso, quando chegar em Konoha pega a Mito de jeito, não quero o fim da sua seca atrapalhando o tempo que terei com minha esposa depois disso aqui!

— Tarado — dei um soquinho em seu braço e ele deu de ombros rindo.

Continuei conversando com Madara na beirada da praia por um tempo e Mito apareceu um pouco tímida, com as mãos atrás do corpo nos chamando para o almoço e eu sequer havia notado que já se passara tanto tempo que estavamos ali.

— Hashirama — Mito chamou baixinho, toda tímida durante a tarde enquanto estavamos no quarto — Quer ir a praia comigo?

— Vamos depois que tudo isso acabar, Mito — falei me jogando na cama, querendo aproveitar todo o tempo que eu podia para dormir, já que chegando em Konoha teria trabalhado acumulado.

— Tudo bem, então eu vou, se mudar de ideia trouxe um calção de banho pra você, ta na minha mala — ela falou entrando no banheiro.

Comecei a cochilar e acordei com um beijinho delicado em minha bochecha, quando abri os olhos eu me senti no paraíso. Mito estava com um maiô preto que marcava perfeitamente seu corpo discreto, minha vontade foi joga-la na cama e transar outra vez, mas ela logo se afastou, enrolando uma saia de amarrar em sua cintura fina.

Não dava pra dormir mais, me levantei e troquei de roupa, coloquei a bermuda de praia que ele trouxe e uma camisa, expandi um pouco meu chakra para sentir exatamente onde ela estava e fui até aquele local mais deserto e afastado da ilha, atrás das montanhas. Quando olhei de cima eu pude ver aqueles cabelos vermelhos em destaque enquanto ela mergulhava na água cristalina, me aproximei e tirei a camisa, molhando meus pés na água morna. Fiquei duro assim que vi Mito se levantar dentro do mar e caminhar em minha direção, com o corpo e o cabelo molhados dando destaque aquele pequeno corpo delicioso.

— Você veio — minha esposa sorriu pra mim de uma forma radiante e sorri de volta, entrando na água e a puxando para dentro outra vez.

Depois de nadarmos por um tempo nós nos sentamos na areia da praia, ela se apoiou em meu peito, ficando entre minhas pernas e deu um pequeno salto quando me sentiu duro tocando suas costas.

— Você que me deixou assim — sussurrei em seu ouvido.

— Hashirama — ela ralhou com o rosto corado.

— Ainda com vergonha do seu marido? Espera até ver o que eu vou te pedir da nossa aposta!

— Aquilo foi injusto, você é mais experiente que eu — ela cruzou os braços emburrada.

— Devia ter pensado nisso antes, aposta é aposta e eu ganhei — a deitei no chão, fazendo cócegas enquanto ela se contorcia e ria alto.

Quando ela estava perdendo o fôlego eu parei, deitado entre suas pernas, encarei os lábios da minha esposa e ela passou a língua neles, abri um sorriso e a beijei, segurando sua coxa e a deixando com as pernas mais abertas pra mim. Nosso beijo ganhou intensidade, as unhas dela desciam delicadamente pelas minhas costas enquanto ela soltava pequenos gemidos contra minha boca, encerrei o beijo mordendo seu lábio inferior e vendo como já estavam vermelhos, desci os beijos pelo seu pescoço, apertando seu peito.

— Hashi — ela me chamou ofegante, com as mãos entre meus cabelos, puxando meu rosto para mais perto de seu pescoço — Acho melhor a gente parar.

— Por que? — abaixei seu maiô e lambi o biquinho do seu seio.

— Alguém pode chegar... Awwn — ela gemeu manhosa e eu sorri, soprando levemente seus seios e a vendo morder os lábios.

— E se nos pegarem aqui?

— Tudo bem — suspirei, saindo de cima dela e me deitando na areia, ela levantou o maiô, se apoiou no cotovelo e desenhou círculos invisíveis no meu peitoral.

— Desculpa, é que...

— Ei, relaxa — segurei sua bochecha — Você não tem que justificar nada, se não ta afim ou a vontade a gente não faz, simples assim.

— Mas quando chegarmos em casa eu quero — Mito falou e quando a olhei minha esposa corou muito e escondeu o rosto no meu pescoço.

— Safada — a provoquei rindo.

Ficamos na praia até o pôr do sol e ela tinha razão, era lindo, principalmente quando as cores do fim do dia refletiam na face feliz da minha esposa e seus olhos brilhavam ali nos meus braços.

— Precisamos nos preparar, a invasão acontecerá essa madrugada — a expressão de Mito passou de calma e relaxada para tensa e séria.

— Vamos — ela entrelaçou os dedos nos meus e voltamos para casa.

A Aliança - Hashirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora