Capítulo 15

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POV Mito

Fiquei profundamente tocada com Hashirama por ter largado tudo para ir cuidar do meu povo, mesmo depois de eu magoa-lo. Uma mistura de culpa e gratidão me fizeram mergulhar naqueles braços fortes, eu queria mostrar a ele naquele gesto tudo que ele significava pra mim, muito além de uma marido, Hashirama se tornou meu amigo, meu lugar seguro em Konoha, se tornou o mais próximo que eu tinha de um lar desde que vim pra esse lado do oceano.

Quando me afastei senti os lábios de Hashirama tocando brevemente os meus, me deixando surpresa, só que eu entendi tudo no instante seguinte quando vi Satoru, meu marido estava marcando seu território. O Uzumaki estava tão lindo quanto eu me lembrava, nos encaramos por segundos que pareceram horas, até o pigarro alto de meu pai chamar nossa atenção, corei violentamente e fui até o líder para abraça-lo.

— Desculpe, mas conhece os talentos dele tão bem quanto eu — papai sussurrou em meu ouvido e eu assenti, poderia até tentar mas era impossível negar que a presença de Satoru mexeu comigo.

Me afastei de meu pai e fui cumprimentar Satoru, ciente de todos os olhares observadores sobre nós dois. Quando me aproximei para abraça-lo, eu vi o ruivo dando um passo para trás e me olhando sem nenhuma emoção.

— Ola, Mito-sama — sua voz tinha tanta frieza que eu mal reconhecia, era como se Satoru tivesse apagado tudo que vivemos e sentimos.

— Satoru... — sussurrei seu nome sem saber o que dizer.

— Posso ajudar em algo, Mito-sama?

— Não — murmurei com a voz entrecortada e engoli em seco, na tentativa de disfarçar como aquilo me machucou, virei para meu marido que estava olhando para baixo e forcei um sorriso para ele — Vou pra casa, nos vemos lá, Hashirama!

Ele assentiu e eu saí sem olhar pra trás, caminhei mordendo o lábio até em casa a postura de Satoru diante de mim me machucou profundamente, senti meu peito apertado e quando cheguei em casa corri até o quarto, abracei o travesseiro de Hashirama para sentir o cheiro dele que tinha o dom de me acalmar e deixei as lágrimas pesadas escorrerem dos meus olhos. Chorei até meus olhos pesarem e dei um pequeno salto quando senti uma mão tocando meus cabelos.

— Calma, respira devagar — a voz suave de Hashirama chegou trazendo um afago para o meu coração — Vem cá

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— Calma, respira devagar — a voz suave de Hashirama chegou trazendo um afago para o meu coração — Vem cá.

Meu marido sentou na cama e puxou minha cabeça para o seu colo, acariciando meus cabelos enquanto eu abraçava suas pernas e molhava sua calça com minha lágrimas.

— Satoru foi tão frio comigo — desabafei — Era como se eu não significasse nada pra ele!

— Você significa tudo — Hashirama murmurou.

— Se significasse ele não teria desistido de mim, mas foi só você aparecer pra ele me deixar — chorei mais e o cafuné dele ficou mais intenso.

— Só um idiota desistiria de você — sua voz era tão baixa que eu tinha que me esforçar para ouvir.

Continuei nos braços de Hashirama, desabafando sobre como a atitude de Satoru me magoou e sentindo seu carinho consolador até dormir.

Quando acordei meu rosto estava inchado e doendo e meu marido continuou na mesma posição, ainda acariciando meus cabelos. Olhando pela janela notei que já havia anoitecido e quando ergui a cabeça vi Hashirama olhando para a parede com os olhos vermelhos.

— Hashirama — o chamei e ele se assustou um pouco, mas abaixou o olhar, sorrindo pra mim.

— Oi? — a voz rouca denunciava o quão cansado meu marido estava.

— Desculpa, você cansado e eu te atrapalhando descansar — me sentei de frente para ele — Mas pensei que fosse voltar pra casa só mais tarde, por que veio cedo?

— Eu vi como aquilo te abalou, não podia te deixar sozinha — sua frase acompanhada de um sorriso tímido me deixaram encantada, então abracei o Senju com força enterrando meu rosto em seu pescoço.

— Obrigada por cuidar tão bem de mim! — murmurei beijando sua bochecha e quando ia me afastar senti Hashirama me apertando mais contra si, intensificando nosso abraço.

— Obrigada por cuidar tão bem de mim! — murmurei beijando sua bochecha e quando ia me afastar senti Hashirama me apertando mais contra si, intensificando nosso abraço

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— Eu sou seu marido e seu amigo, é meu dever cuidar de você — ele sussurrou em meu ouvido.

Quando me soltou, eu olhei em seus olhos e sorri contida.

— Eu te devo um pedido de desculpas... Dois no caso! Me perdoa pelo que eu disse antes de você ir para minha vila — ele abaixou a cabeça e eu a ergui — No inicio podia ser assim, mas eu não penso mais em nossa união como um sacrifício, você é bom pra mim, Hashi! Cuida de mim, me respeita, me incentiva e tem me tornado uma pessoa melhor a cada dia, então me perdoa por magoar tanto você!

— Ta tudo bem — Hashirama disse, deixando um beijo demorado no topo da minha cabeça.

Quando descemos para jantar meu pai estava nos esperando na sala e eu olhei em volta, procurando por Satoru.

— Ele não está aqui — ouvi a voz baixa do meu cunhado atrás de mim e dei um salto.

— Que susto, Tobirama, chega feito uma assombração — reclamei e meu marido deu uma risadinha.

— Vou no escritório resolver umas coisas com ele e já volto — Hashirama falou beijando minha testa.

Os dois ficaram mais de uma hora lá dentro, meu pai comeu e foi dormir, mas eu os esperei porque gostava de jantar com Hashirama. Quando finalmente sairam o moreno pareceu surpreso por eu ainda estar ali embaixo.

— Esperei para jantarmos juntos — murmurei meio sem jeito e ele sorriu.

— Me espere só mais um pouco que eu vou lavar as mãos — ele falou já saindo e me deixando sozinha com seu irmão.

— Mimada egoísta — mau ouvi o sussurro de Tobirama.

— Oi?

— As vezes você me irrita tanto, Hashirama é um bom homem, não merece tudo que faz com ele — havia tanta raiva contida naquela expressão fria que eu senti medo.

— Do que está falando?

— Não acha que é covardia chorar por seu amor nos braços do seu marido, um homem que está apaixonado por você? — ele falou entre dentes — Foi mimada e egoísta como tem sido desde que se casaram!

— Prontinho, podemos comer — Hashirama chegou antes que eu respondesse — Vamos, Tobi?

— Não tô com fome — ele falou olhando pra mim antes de sair.

— Ta tudo bem? — meu marido perguntou quando continuei olhando para a porta.

— Ta sim — forcei um sorriso e encarei aquele homem tão lindo por dentro e por fora, pensando que eu realmente tenho sorte e devo passar a olhar para ele como homem, se Hashirama realmente me amar, ele é alguém que merece ser amado por mim — Vamos jantar!

A Aliança - Hashirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora