POV Hashirama
Eu nunca mais toquei no assunto gravidez com a Mito porque não queria pressiona-la, apesar de ser louco para termos nosso bebê. No momento em que ela me acordou no meio da madrugada e me falou que queria eu fui a outro mundo, o prazer de jogar aquelas ervas fora me consumiu e a vontade de foder minha esposa a cada segundo também, mas me contive para não parecer tão apressado e desesperado.
Cheguei ao escritório radiante, estava louco para contar a todos que teríamos um bebê, mesmo ele ainda não tendo sido concebido.
— Que cara de bobo alegre é essa? — Madara perguntou zombeteiro assim que me sentei em minha cadeira e eu sorri mais ainda.
— Mito quer ter um bebê — tanto meu amigo quanto meu irmão sorriram pra mim.
— Isso parece ter vindo no momento mais estranhamente adequado — Tobirama falou e me estendeu um papel — todas as nações concordaram, a reunião dos cinco kages vai acontecer no final desse mês e o raikage aceitou negociar uma aliança, através de uma união firme entre nossas nações.
— Por acaso não estamos falando de casamento, não é? — perguntei apertando minha testa — Mito me fez prometer que jamais entregaria nosso filho em um acordo político, não vou fazer isso, Tobirama!
— Mas desde o atentado a vila do Redemoinho nossas vilas tem estado em constante embate — meu irmão falou com seriedade — entendo que é uma decisão difícil, porém nós temos que procurar formas de estabelecer a paz.
— Não através dos meus filhos — me posicionei com firmeza — Não vou submeter meus filhos as dores e humilhações que impus a mãe deles, se espera isso não sabe como Mito sofreu em nosso acordo e olha que eu fui respeitador, só de pensar em alguém tocando minha filha contra a vontade dela, não respeitando seus desejos e opiniões já me da vontade de matar! Por isso eu não posso ser um dos que vai desrespeitar seu direito de escolha, as coisas deram certo para mim e para Mito, só que poderiam ter dado muito errado, você não imagina como foi nossa primeira vez e não vou submeter minha filha a isso!
— Calma, não vamos forçar nada, só estávamos debatendo o assunto — Madara interveio — Também não estou de acordo, hoje reconheço o quanto fizemos a ruivinha sofrer e não imagino nunca fazer isso com alguma outra garotinha.
— Então não teremos aliança?
— Não as custas da felicidade de meus filhos — fui firme com meu irmão.
— Mas Mito é feliz!
— Porque eu fui bom pra ela e diferente da maioria dos homens desse mundo — soquei a mesa, perdendo totalmente minha paciência — Eu respeitei seu corpo quando notei que ela não me queria.
Ainda nem tinha uma filha e já estávamos debatendo o futuro dela, como se por sermos homens fossemos proprietários do seu destino. Isso me fez questionar todos os pilares de nossa sociedade, eu quero minha garotinha livre para ser o que quiser, quero dar o mundo inteiro pra ela.
Algum tempo depois um ninja apareceu me avisando que os Uzumaki haviam chegado. Finalizei alguns papéis e fui para casa, assim que entrei Ryotaro deu um gritinho e veio caminhando desengonçado em minha direção com os bracinhos abertos, pedindo o colo do "adinho". Fiquei impressionado por ele se lembrar de mim já que só fui visita-lo quando nasceu e em seu aniversário de um ano, mas de certo as crianças não esquecem de quem rola no chão pra brincar com elas.
— Ei, bebê do padrinho — o peguei no colo e o pequeno gritou "adinho" rindo em seguida, fui até a mãe dele e beijei seus cabelos ruivos — Olá, Soari!
— Como estão as coisas por aqui?
— Estão bem, estamos planejando ter um bebê.
— Fico feliz por isso — Satoru falou me cumprimentando com um aperto de mão.
— Hashirama — Kantaro me cumprimentou com um aceno de cabeça e eu senti saudades do meu cunhadinho espuleta.
— Olá, pestinha — baguncei seu cabelo e ele deu uma risadinha sapeca, me lembrando aquela criança.
Quando Mito chegou com Kantaro nosso afilhado ainda estava em meu colo e não saiu nem mesmo quando ela tentou pegá-lo. Apesar de ter sido contra o acordo eu precisava contar a Mito o que foi proposto, precisava deixa-la a par tudo que envolvia nós dois e nossos futuros filhos, por isso na primeira oportunidade a levei até o escritório para falarmos sobre isso.
— Tobirama me falou que recebemos uma proposta de acordo com o país do raio para ser decidida na reunião dos cinco kages.
— Espera, a reunião foi marcada? Todos concordaram? — ela perguntou sorrindo abertamente e eu assenti, sendo abraçado por minha esposa — Que bom, meu amor, você está ajudando a formar um mundo cada vez melhor e eu fico tão orgulhosa disso!
— Mas isso não é tudo, a aliança proposta pelo raikage envolve nosso bebê, ele tem um casal de filhos, então independente do que tivermos o acordo seria viável — Mito se afastou com o olhar assustado e esperou que eu continuasse — Tobirama expôr todas as formas que esse acordo poderia ser benéfico para ambas as vilas e apesar disso eu não aceitei! — ela suspirou aliviada — Não vou vender nosso filho, não vou desrespeita-lo ao ponto de decidir seu futuro antes mesmo de ele ser concebido, jamais vou machucar nosso bebê e muito menos você, meu bem!
— Obrigada, Hashirama, isso é... Eu nem sei o que dizer, só obrigada!
— Eu não tô fazendo mais que minha obrigação, será meu bebê — segurei aquele rosto lindo e delicado entre minhas mãos e beijei a ponta do seu nariz — É meu dever zelar pelo bem dele ao lado da mãe mais linda que ele poderia ter.
— Amor — ela me olhou com uma expressão tão safadinha e sua voz soou tão manhosa que eu sorri imediatamente — Se vamos ter um bebê temos que praticar um pouquinho, né?
— Concordo com você, safada — passei meu polegar por sua boca e ela o chupou — Inclusive quero um showzinho de striptease hoje, tem muito tempo que não dança pra mim.
— Então pode esperar essa noite, Hashirama-sama!
[Notas finais: Preciso de opiniões quanto ao nome dos babys.
Se for menina acham melhor Aika (canção do amor) ou Yuriko (perfeição)?
E se for menino preferem Katsuo (vitorioso), Riki (o poder) ou Seiji (sincero)?]
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A Aliança - Hashirama Senju
Fiksi PenggemarMito Uzumaki teve sua mão concedida a Hashirama Senju, um antigo aliado de seu clã que ela mal conhecia, por amar Satoru a ruiva tentou resistir, mas conhecia seus deveres como a filha do líder. Ela foi arrancada de sua família, seu lar e seu amor...