Capítulo 8

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POV Hashirama

— Mito andou perguntando sobre nossa amizade? — Madara perguntou quando a noite caiu e eu não queria voltar pra casa.

— Ela não pergunta sobre nada, nesse mês que está no hospital nós nos vemos menos ainda e quando nos vemos ela apenas responde minhas perguntas com "sim", "não" e "normal", acho que nunca travei uma conversa de mais de dez palavras com minha esposa — suspirei — Mas por que a pergunta?

— Ela tem visitado Suyen com frequência nesse mês e perguntou algumas vezes sobre a época das guerras e fundação da aldeia ou nossa amizade.

— Então ela tem interesse nesse assunto? — apertei meus olhos com o polegar e o indicador — Pelo jeito ela só não tem interesse em se aproximar de mim!

— Você precisa relaxar e eu já sei onde vou te levar — meu amigo falou com um sorriso safado.

— Não, nem pensar, Madara, eu não vou a um puteiro com você — respondi bravo e Tobirama entrou na sala nesse momento.

— Vai sim, porque relaxar vai te fazer render mais no trabalho e deixar menos serviço pra mim, além do mais eu também tô precisando — meu irmão mais novo se jogou no sofá e eu fiquei boquiaberto.

Tobirama devia estar mesmo muito sobrecarregado para concordar com uma ideia do Madara tão fácilmente assim. Abaixei a cabeça e concordei com eles, talvez beber um pouco fosse bom para tirar Mito da minha cabeça.

Fomos para um bar discreto onde várias mulheres seminuas dançavam em polidance, é impossível dizer que não fiquei levemente excitado com a visão daquelas mulheres se esfregando enquanto subiam e desciam, trajando poucas roupas e olhando em volta com malícia. Nos sentamos em uma mesa e pedimos bebida, depois de um tempo uma mulher magra, loira e alta veio em nossa direção com um yukata caindo nos ombros e um sorriso safado nos lábios carnudos.

— Os rapazes querem companhia? — perguntou se sentando sobre a mesa com a pernas abertas.

— Faça seu melhor — Tobirama disse apertando meu ombro — meu irmão aqui precisa relaxar!

A mulher tirou o yukata e exibiu o belo corpo coberto por uma lingerie preta bem pequena e começou a dançar sobre nossa mesa, passou as pernas no polidance e ficou de cabeça para baixo, me olhando nos olhos enquanto os cabelos se espalhavam na mesa, ela abriu bem as pernas, me fazendo imaginar como eu facilmente entraria todo nela, sem suas coxas impedindo nenhum pedacinho de mim. Meu pau deu uma fisgada dentro da calça quando a vi descendo o corpo, sem soltar a barra, até ficar de quatro diante do meu rosto jogando a bunda e exibindo uma calcinha que quase sumia no meio de suas nádegas. Sem sentir passei a língua nos lábios totalmente hipnotizado por aquela buceta diante dos meus olhos e ela, que me olhava sobre o ombro, tomou a iniciativa de se virar e descer para rebolar no meu colo, esfregando os seios em meu rosto, sem consciência eu segurei forte em seu quadril e conduzi o rebolado sobre minha ereção, mordendo o lábio para conter o grunhido que saiu da minha garganta, mas no momento em que sua boca se aproximou da minha eu travei e abaixei a cabeça, não permitindo que me beijasse e parando seus movimentos.

— Desculpe, é melhor se levantar — sussurrei de olhos fechados e ela me obedeceu.

— Confesso que prestaram um show e tanto — Madara comentou com um sorriso malicioso — Por que parou?

— Independente de tudo, não seria justo com a Mito — Madara rolou os olhos.

— Não acredito que vieram para esse lugar e não vão pegar ninguém — Tobirama falou rabugento como sempre.

— Eu sou casado — Madara se defendeu tomando um gole de saquê, eu admirava o fato de que desde que chegamos ele sequer olhou para alguma mulher.

— E ainda debocha de mim — comentei com um pequeno sorriso.

— A diferença entre nós dois, meu amigo, é que eu amo minha esposa, me casei com Suyen por amor, diferente do seu caso, em que você mesmo — ele apontou para o meu peito — admitiu que é apenas um contrato de negócios.

— Não entendo essa resistência em ter o alívio que sua esposa te nega! — Tobirama disse enchendo meu copo.

— Porque de certa forma ela também está se negando, mulheres tem tanto desejo quanto homens, Tobirama.

— Quando o homem sabe fazer elas com certeza tem — Madara comentou com um sorriso, claramente provocando Tobirama e eu o ignorei, continuando a falar.

— E eu devo respeitar, Mito, não iria gostar se ela fizesse algo assim comigo, por isso não posso fazer com ela — ergui o dedo pedido mais uma garrafa de saquê.

Eu e Madara apenas bebemos e tivemos que assistir Tobirama sentado num canto afastado beijando duas garotas e dando amassos dignos de um quarto.

— Tem certeza que está bem? — Madara perguntou quando eu fiquei de pé e cai sentando novamente.

— Eu só quero ir pra casa, quero ver Mito, nós sempre jantamos juntos e hoje eu a deixei sozinha — solucei — Eu tenho elogiado o cabelo dela todos os dias, Madara, como Harumi elogiou, mas pra mim ela nunca sorriu daquele jeito, como se me mostrasse a lua.

— A lua? — Madara perguntou com as sobrancelhas franzidas e o olhar divertido.

— Sim, quando ela deu aquele sorriso foi o mesmo que iluminar a noite, eu vi a lua crescente no sorriso dela e duas luas minguantes nos olhos — tomei mais um gole — Vai me dizer que não reparou na forma como os dela pareciam sorrir também?

— Eu não costumo reparar em outras mulheres — ele respondeu zombeteiro.

— Você e a Suyen tem tanta sorte em ter isso — abracei o pescoço de Madara, ele me afastou, empurrando meu braço e fechou a cara — Eu só queria que Mito me desse abertura, mas ela tem nojo de mim, eu sou um miserável que não consegue fazer nem a própria esposa deseja-lo, só estive dentro dela uma vez e ela chorou por horas.

— Hashirama — meu amigo tentou me advertir.

— Não estou mentindo, a ouvi chorando no banheiro, implorando que eu não a tocasse mais, ela quase arrancou a própria pele onde eu toquei, imagino que deve ter lavado até lá dentro pra tirar meu gozo — minha voz estava arrastada — Minha esposa me odeia, eu sou um lixo que só machucou aquele anjo!

— Certo, vou te levar pra minha casa — Madara disse se levantando.

— Não, eu quero ir pra minha!

— Vai me agradecer amanhã, se chegar lá falando besteiras Mito não vai gostar — ele disse quando já estávamos fora do estabelecimento — Eu aviso que vai dormir lá em casa.

— Não acho que ela esteja preocupada comigo, deve estar agradecendo aos céus por não ter que dormir ao meu lado, acho que ela tem medo que eu a ataque a noite — bati o dedo no peito de Madara — Mas eu não quero provocar a ira de Suyen e também não quero acordar Harumi falando sobre coisas inadequadas para a idade dela. Sua mulher vai matar a gente, Madara!

Vi meu amigo engolir em seco e mudar o rumo, me levando para minha casa, lembro que ele me jogou no sofá e depois de um tempo vi aquele anjo de cabelos vermelhos descendo as escadas, mas com certeza era um sonho.

A Aliança - Hashirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora