Mito Uzumaki teve sua mão concedida a Hashirama Senju, um antigo aliado de seu clã que ela mal conhecia, por amar Satoru a ruiva tentou resistir, mas conhecia seus deveres como a filha do líder.
Ela foi arrancada de sua família, seu lar e seu amor...
[Nota da autora: desculpem a demora, não esqueci de postar, só tive um dia — ou semana — beeeem cheio, minha vida ta um furacão que pela misericórdia, mas vai dar certo 😅]
POV Mito
— Finalmente em casa — murmurei quando chegamos ao portão de Konoha.
Caminhamos até nossa casa sob as saudações de todos por onde passávamos, quando chegamos eu estranhei o silêncio, desde que Kantaro voltou pra casa tudo ficou muito silencioso.
— Adoraria descansar um pouco com você — Hashirama beijou meu ombro — Mas preciso ir ver como estão as coisas lá no escritório, volto logo!
Concordei e fui para a cozinha preparar um lanche para nós comermos quando ele voltasse, preparei café, chá e cortei o pão que compramos no caminho, depois de tudo pronto tomei um banho e me vesti, pegando um livro para ler na sala enquanto esperava meu marido.
— Mito — ouvi a voz dele me chamando e em seguida ele surgiu na sala ao lado de uma ruiva que eu conhecia muito bem.
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Saori
— Saori — corri para abraça-la e ficamos assim um tempo — Vem, a mesa ta posta, vamos comer. Quando chegou aqui? Por que não avisou que vinha?
— Calma, Mito — ela pediu com um pequeno sorriso e se sentou a mesa comigo e Hashirama — Cheguei ontem, como estavam viajando fiquei num hotel, eu preciso conversar sobre algo com você.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntei preocupada e vi ela lançar um olhar discreto para o meu marido — Hashi, se importa de nos deixar um pouco sozinhas?
— Vou pro quarto dormir um pouco — ele concordou com um discreto sorriso.
Depois que ele saiu vi minha amiga ficar ainda mais tensa e segurei sua mão, como um apoio silencioso para me dizer o que quer que fosse.
— Mito, eu nunca quis magoar você — Saori se remexeu desconfortável na cadeira e eu fiquei preocupada — Mas aconteceu sem que nós percebessemos, fomos ficando mais próximos, começou a rolar e quando vimos já estávamos apaixonados.
— Sim, me perdoa por favor — Saori chorou — Eu juro que nunca olhei pra ele quando estava com você, juro que nunca quis, eu...
— Saori — gritei seu nome e ela se calou — Calma, me explica como tudo aconteceu.
— Éramos sempre nós três, mas meio que você era o elo, pensei que quando fosse embora eu e ele mal nos falaríamos, só que ao olhar pra ele eu me lembrava de você e Satoru se sentiu da mesma forma em relação a mim, então fomos ficando cada vez mais amigos — ela explicava entre respirações profundas, tentando conter o choro — Só que eu não sei em que momento um sentimento diferente começou a nascer dentro de mim, há duas semanas, numa fogueira na praia a noite a gente estava conversando deitados lado a lado, não sei quem começou ou como aconteceu, mas quando vi estávamos nos beijando, só que eu lembrei de você e saí correndo. No outro dia ele me procurou para conversarmos, eu estava me sentindo tão culpada, Mito, mas ainda não conseguia me afastar dele, ficamos mais uma vez anteontem e eu não suportei a culpa, tive que vir te contar.
— Eu... Eu realmente nunca imaginei — estava um pouco confusa, não sabia definir direito o que sentia com a notícia, mas tinha certeza de duas coisas: eu queria que os dois fossem felizes e eu sabia que ninguém mandava no coração — Sentimentos são complicados e não podemos controla-los, além disso, seria hipócrita da minha parte te julgar por se apaixonar por Satoru, convenhamos que ele é um homem encantador!
— Falando assim parece que ainda gosta dele — Saori comentou sem nenhuma maldade ou acusação, apenas com preocupação.
— Eu já te expliquei, sempre vou amar Satoru, mas não sou mais apaixonada por ele! — acariciei o rosto da minha melhor amiga — Não se prendam a mim, vocês dois merecem ser felizes e é melhor que corram atrás dessa felicidade, não deixem escapar entre os dedos e lutem com tudo que tem para defender e proteger esse sentimento!
— Te amo tanto, Mito — ela me abraçou apertado — Obrigada, por tudo!
— Eu também te amo — beijei seu cabelo e quando nos afastamos ambas estávamos com os olhos marejados.
— Queria que fosse simples ficar com ele, mas acho que terei que fugir, será que Konoha nos aceita? — ela comentou em tom de brincadeira, mas acabei ficando preocupada.
— Me explica isso direito, Saori — exigi e ela suspirou.
— Eu fui prometida em casamento a um outro cara, ainda não sei exatamente as circunstâncias — os olhos dela marejaram mais uma vez — Apesar de tudo você deu sorte por ter se casado com o Hashirama, ele te respeita e vocês se amam, mas nem todo caso é assim.
— Infelizmente a maioria dos casamentos arranjados não é assim — segurei as mãos dela — Mas eu te prometo, Saori, que você vai se casar com o homem que você ama!
— Como vai fazer isso, Mito?
— Eu vou dar meu jeito, se eu disse que vou conseguir é porque eu cumpro — dei uma piscadela pra ela — Agora vamos pro jardim, tenho que te mostrar as flores lindas que eu e Hashirama estamos cultivando.
Passei o restante da tarde com Saori e ela trouxe as coisas para dormir em nossa casa por mais alguns dias enquanto eu resolvia tudo para ir com ela a Vila do Redemoinho resolver as coisas.
— Está tudo bem? Te achei um pouco distraída — Hashirama falou puxando meu robe e beijando meu ombro.
— Eu... — suspirei — Vou ter que ir com Saori para a ilha.
— Aconteceu alguma coisa?
— Ela está prometida em casamento, mas está se envolvendo com Satoru e eu quero garantir que eles fiquem juntos — falei de uma vez e vi Hashirama ficando travado por alguns segundos antes de arregalar os olhos e encarar a direção onde o quarto de Saori ficava.
— Ela e Satoru? — assenti e ele continuou com uma expressão um pouco chocada — E... Como você está com isso?
— É estranho, muito estranho e eu não sei como devo me sentir — resolvi ser sincera com meu marido — Mas acho que no meio desse misto de emoções eu estou feliz.
— Mas é sua melhor amiga com o seu... — Hashirama ficou claramente indeciso de como nomear Satoru.
— Meu melhor amigo, eu quero muito que os dois sejam felizes e sei que eles vão cuidar bem um do outro — me sentei com as pernas abertas em seu colo, vendo seus olhos brilhando pela minha resposta bem decidida — E eles vão ser felizes como nós somos!
— Eu te amo tanto, mulher! — ele se deitou na cama, me puxando consigo.
— Também te amo muito — mordi seu lábio inferior e trocamos beijos quentes madrugada a dentro.
Estávamos esgotados, suados e nus, totalmente agarrados um ao outro enquanto ele acariciava meus cabelos e eu desenhava círculos invisíveis em seu peitoral musculoso, quase cedendo ao sono.
— Quer que eu tente resolver aquele assunto?
— Relaxa, não precisa se preocupar com isso, eu me viro — respondi, caindo no sono cercada pelo calor aconchegante do meu marido.
