343 dias

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Opa! 
Trouxe aqui uma att, gostaram?

Me desculpe pelo capítulo pequeno, mas só pelo assunto que vai abordar nele eu não achei que ele poderia ser muito grande, até porque, nem eu consegui escrever direito, então aqui vai o alerta de gatilho: assassinato de animais.

É isso, boa leitura.

***

343 dias até o próximo expurgo

Se tinha uma coisa que Park odiava na casa de seus pais era sempre precisar acordar cedo, fosse com algum maldito barulho do lado de dentro, fossem com os bichos fazendo alguma algazarra do lado de fora, nunca conseguia voltar a dormir. Por isso, talvez fosse sete da manhã quando saiu da propriedade dizendo que iria caminhar, que queria um ar fresco que na cidade grande não tinha, mas na realidade, apenas queria se sentar em algum lugar e fumar.

Quando já tinha certeza que ninguém estava vendo para encher a porra do saco, colocou o cigarro na boca e acendeu, estava reconhecendo aquela área aos poucos, e quando finalmente percebeu onde era, riu.

Será que ainda tinha aquilo ali?

Pensando nisso, Jihyo se pôs a procurar um túmulo que seu pai tinha feito, para seu finado cachorrinho.

Durante tanto tempo, nem se lembrava do que tinha feito ali, talvez o expurgo tenha desbloqueado mais memórias do que imaginava, porque ao encontrar uma cruz feita de galhos embaixo de uma árvore, Jihyo se lembrou como se fosse exatamente aquele dia.

Tinha dez anos, havia acabado de chegar da escola, então, depois de almoçar foi brincar um pouco do lado de fora, atrás dela, o fiel filhote de Golden Retriever, mesmo assustado pelas agressões passadas, corria atrás de Jihyo sentindo o cheiro da torta de carne que ela levava na mão.

A realidade era que já estava cansada daquele animal correndo pela casa, latindo por aí, roubando a atenção que deveria ser sua.

E foi por isso que em um lugar um pouco mais afastado de sua casa, deixou um pedaço da torta embaixo de uma árvore, em um lugar onde ninguém poderia ver o que ela faria, e foi ali que começou a desferir os golpes no animalzinho.

Um sorriso leve acabou aparecendo nos lábios de Jihyo, tinha realmente esquecido daquilo, mas agora se lembrava até mesmo da reação de seu pai e de como ela conseguiu fingir um choro sofrido como se tivesse acabado de encontrar seu animalzinho querido daquele jeito.

Pensava qual seria a reação dele se soubesse que tinha sido ela.

Bom, de qualquer forma, eles nunca iriam descobrir mesmo porque, Jihyo nunca contaria e se outra pessoa o fizesse, seus pais não acreditariam porque, céus, sua pequena menininha nunca seria capaz de fazer uma coisa daquelas!

Nem precisava se preocupar então.

- Jihyo! Querida! Vem comer, meu amor!

- Estou indo, mãe!

Com as mãos no bolso, Park atravessou novamente a fazenda de seus pais até a casa onde conseguia sentir o cheiro gostoso da comida que sua mãe fazia, isso era uma coisa que sentia falta, com certeza.

Morando apenas com as gêmeas, só tinha comida feita para ela quando pedia por delivery ou quando conseguia convencer Sana a lhe fazer um pouco do que estava cozinhando, mas na casa de seus pais, podia pedir o que quisesse que, mesmo se seu pai precisasse ir na cidade para comprar, em pouco tempo estaria com a comida desejada pronta na mesa.

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