358 Dias

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Olá!
Como vocês estão?

Nesse hallowen, eu trago um capítulo bem no estilo do dia, espero que gostem.

E como sempre, os gatilhos: abuso parental, violência, uso de drogas.

É isso!

Tenham uma boa leitura!

***

358 dias até o próximo expurgo

- Podemos saber onde a senhorita estava? - Essa foi a primeira coisa que Nayeon escutou quando entrou em casa, não um "boa tarde, minha filha", "como você está, minha filha?", "ficamos preocupados com você, meu amor". Eles apenas queriam saber onde ela tinha se enfiado e se não iria atrapalhar as aparências deles.

- Fui dar um passeio, me desculpe por não avisar. Além disso, recebi um trabalho, estava em uma reunião, me desculpe por não atender o celular, tive que o desligar por isso.

- Reunião em uma favela, Im? - Sua mãe estava claramente possessa, como o previsto, eles tinham localizado o GPS, estava na hora de usar as aulas de atuação que havia tido no ensino médio.

- Como? Mãe, eu estava em um prédio perto da prefeitura, talvez o rádio do carro esteja quebrado.

- Nayeon... - Que tenham acreditado, que tenham acreditado, que tenham acreditado... por favor... - Com essas roupas, sua desgraçada? Está na cara que você não foi fazer porcaria nenhuma de útil! Se eu souber que você está fazendo alguma merda, eu te mato com minhas próprias mãos. - Seungjeon puxou com força os cabelos da filha fazendo-a olhar em seus olhos, a mais nova sentia seus olhos encherem de lágrimas pela dor, mas não era nada que não estava acostumada.

- Mãe... eu só estava trabalhando... eu fui... eu não estava me sentindo bem e fui dirigir e recebi uma ligação de um amigo da faculdade... - Teve que parar de falar por alguns segundos para fungar, seu rosto estava molhado, não conseguia parar de chorar, não pela humilhação de estar acontecendo isso na frente de todos os empregados da casa e de seu pai, era algo que estava acostumada, mas porque estava doendo e muito. - Ele... ele me pediu para ir para lá... eu... eu não tive tempo de trocar de roupa... eu... eu prometo que é só isso... eu prometo!

- Para o seu próprio bem, eu vou acreditar que seja isso, se eu descobrir que aconteceu qualquer outra merda...

- Seungjeon, meu amor. Deixe ela, tenho certeza que já entendeu. - Haejun tocou nos ombros de sua esposa e beijou o ombro dela delicadamente, os dois se olharam por um instante, Im sentiu sua mãe soltando seus cabelos e sabia que era apenas por aquele amor louco que seus pais compartilhavam um para o outro, um entendia o outro. - Suba para seu quarto, Nayeon! Não queremos ver sua cara hoje! Vamos mandar trocar o GPS do carro para que isso não aconteça de novo, mas se acontecer uma merda assim de novo, você está fodida.

- Sim, senhor...

Mesmo com dores de cabeça por culpa de seus pais, Nayeon não desistiria de ir para seu compromisso com Chaeyoung no dia seguinte, tinha achado algo que poderia, ao menos diminuir toda a culpa que sentia sobre aquele dia infernal.

Não deixaria seus pais destruírem aquilo, bom, só teria que tomar cuidado para não dar mais um motivo para aquele garoto precisar de um guarda costas, conhecia seus genitores o suficiente para saber que, se eles descobrissem onde estava indo, para que estava indo, ele não precisaria se preocupar tanto com o expurgo, mas também com os outros dias.

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