169 e 165 Dias

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Opa!
Como 'cês tão?  Eu tô com o dedo doendo de tão gelado, mas enfim!

E vamos de capítulo, então fique aqui os gatilhos: menção a abuso, ataques de pânico, violência.

Bom... vamos de boa leitura!

E um ps: esse capítulo é pra minha querida amiga QUE ME ENCHEU A PORRA DO SACO PRA FAZER O QUE VEM AÍ ACONTECER!!!
E olha, eu admiro a determinação, pq ela me chamou só pra me implorar pra fazer isso e acabou que falou tanto que eu fiz.

É isso!

***

169 dias até o próximo expurgo

Sinceramente, todos naquele hospital já deveriam conhecer Nayeon de tanto que ela passava por aquelas portas, principalmente a enfermeira bonita que sempre a atendia, mas naquele dia, parecia que ela não estava ali, isso quase a fez entrar em pânico, por algum motivo, conseguia confiar naquela mulher, não sabia se era o olhar calmo que ela sempre tinha enquanto lhe fazia os curativos, se era porque ela nunca pressionava o assunto ou mesmo se era porque ela já tinha percebido que Im morria de medo de movimentos bruscos e sempre fazia tudo da forma mais calma do mundo, mostrando tudo o que faria e tudo o que pegaria, mas o medo de ter outra pessoa a atendendo... a fazia querer sair correndo de volta para seu quarto.

Odiava aquilo, mas precisava fazer...

- Bom dia, a doutora... - Forçou sua cabeça para lembrar o nome daquela médica que sempre estava com a enfermeira Chou, talvez depois de tantas pancadas, finalmente seu cérebro estava cedendo. - Youngsun. A doutora Youngsun está aqui hoje? - A enfermeira a olhou rapidamente e revirou os olhos com desdém, ainda mais pela máscara que Nayeon usava.

- Ela está ocupada, senhora. Tem consulta? Senão você vai precisar esperar igual todo mundo.

- Não. - Puxou sua carteira de motorista do bolso suspirando, odiava usar aquela cartada. - Mas eu quero ver ela. Agora.

Os olhos da mulher se arregalaram quando leu o sobrenome ali, por alguns segundos ela ficou apenas parada observando o cartão em sua mão, Nayeon percebeu o quanto ela tremia, apavorada.

- Eu... eu vou chamar ela. Só... por favor... não fale me faça perder meu emprego...

- Onde eu posso esperá-la? - Não a olhou, não queria que ela visse como se arrependia daquilo.

- Trauma quatro, naquela direção, ela já virá! Me desculpe novamente, senhorita Im.

Sem falar nada, Nayeon suspirou e seguiu para o local, estava cansada, exausta na verdade, não conseguiu dormir naquela noite, não só por causa da dor em seu rosto e cabeça - que não sabia se tinha batido ou se simplesmente estava doendo de tanto chorar -, mas também de preocupação, não sabia o que fazer quanto ao seu trabalho, apenas tinha falado para Chaeyoung que acordou com uma dor de cabeça forte demais, que estava preocupada e iria no hospital, mas, sinceramente? Não sabia se conseguiria voltar no outro dia, precisava de um plano!

Sua cabeça foi direto para um amigo da faculdade, outro filho de um dos NFFA, dono de uma empresa de engenharia e tão apavorado e enfurecido sobre sua situação quanto Nayeon, talvez, apenas talvez, ele poderia ajudar, por isso, puxou o celular reserva e começou a formular uma mensagem enquanto esperava a doutora.

Explicou o que aconteceu na noite anterior e que estava trabalhando em algo que seus pais não iriam aprovar, mas que amava e não sabia o que fazer porque se eles descobrissem, estava fodida.

The PurgeOnde histórias criam vida. Descubra agora