The Purge

175 Dias

Opa!
Mó soninho porque 'tô de folga e dormi tarde ontem por causa da insônia.

Mas como cês tão? Bão?
Por que hoje vamos de The Purge!

Boa leitura!

***

175 dias até o próximo expurgo

Mina já estava se arrependendo de estar ali, era suspeito demais que depois de tanto tempo, alguém estivesse na porta daquela senhora novamente para perguntar do seu marido, mas precisava fazer aquilo...

Respirando fundo, Minatozaki-Myoi tocou a campainha e esperou silenciosamente, demorou um tempo, o suficiente para Mina quase se virar para ir embora, mas quando estava puxando o celular para falar com Chaeyoung que estava desistindo, uma mulher mais velha abriu a porta.

Deveria ter um pouco mais de cinquenta anos, com olheiras fundas embaixo dos olhos e um semblante cansado e claramente estava completamente desgostosa da presença de Mina ali.

- Pois não?

- Senhora, eu peço perdão pelo incômodo. Sou Ray Miller, sou uma investigadora independente. Houveram algumas atualizações do caso de seu marido e meu superior me pediu para vir entrevistar a senhora novamente. Você o conhece, ele foi quem fez a reportagem sobre o seu esposo.

- Atualizações? Por que não me contaram? - A nipo americana se odiou por dar esperança para aquela pobre mulher, mas ainda assim, respirou fundo para continuar:

- Sinceramente... eu queria ter alguma ideia do que poderia ter acontecido antes, depois de analisar o caso com alguns colegas, achamos que seu marido pode não ter cometido suicídio como foi alegado, eu tenho a teoria que ele possa ter sido assassinado. A senhora teria algum tempo para responder algumas perguntas?

- Sim! Claro, claro. Por favor, entre! - A casa estava meio bagunçada, como se não tivesse uma limpeza profunda desde o dia que o legista morreu, mas Mina fingiu que não percebeu, apenas a seguiu para perto da cozinha, mas não entrou, queria estar perto das saídas - porta da frente e de trás - se precisasse. - Sente-se, querida! Você quer um copo de água? Chá? Café? Tenho sucos e refrigerantes também.

- Não, não, eu estou bem, obrigada. - Minatozaki-Myoi tomou um lugar em uma dos banquinhos da bancada da cozinha e deixou sua mochila no do lado, respirando fundo, pegou seu bloquinho e uma caneta, aproveitou para mexer a peruca castanha par tirar os cabelos do rosto, estava lhe incomodando um pouco. - Eu prometo que serei rápida.

- O que você precisa saber? - A voz da mulher estava ansiosa, como se implorasse para que aquela conversa expusesse que seu esposo não tinha lhe abandonado por vontade própria.

- Nos dias anteriores ao óbito do senhor William Thomas, havia algo diferente? Seja no comportamento dele, em algo que aconteceu com vocês, até mesmo algum carro estranho na rua?

- Para falar a verdade... sim. Liam estava um pouco nervoso, desde o dia que ele recebeu um menino no necrotério, mas eu achei que era normal, nosso filho tem mais ou menos a mesma idade que o garoto. Ele está comigo desde que o pai morreu, sabe? Ele pediu uma despensa emergencial na faculdade para cuidar de mim, um ótimo garoto. Se quiser! Eu apresento ele para você, querida.

- Imagino... mas eu sou casada. - Mostrou de leve a aliança em seu dedo com um sorriso meio desconfortável.

- Tão nova... ele é muito sortudo. - Mina fechou os olhos rapidamente, não foi intencional... - O que estávamos falando...? Ah sim. Carro. Eu realmente vi um meio estranho na esquina, achei que algum dos meus vizinhos tinham trocado de carro, mas não. Ele sumiu alguns dias depois de... do meu marido... ter morrido.