107 Dias

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Opa!
Sumi, mas é porque eu tô surtado com trabalhos de final de semestre de todos os meus cursos, mas acabei de finalizar um extremamente importante e terminar o trimestre da minha faculdade, então vim aqui atualizar!

Amaram?
Enfim, vou ali terminar o próximo capítulo de FO.

E MEU MOLETOM  DE THE LAST OF US ACABOU DE CHEGAR!

Boa leitura e fiquem quentinhos!

***

107 dias até o próximo expurgo

Mina começava a ficar tonta apenas vendo Jeongyeon andando de um lado para o outro, era até mesmo difícil se concentrar em qualquer coisa que não fosse os passos altos de sua amiga.

Entendia a ansiedade dela, portanto, se mantinha quieta, olhando ao redor e agradecendo que Dahyun, mesmo sentada perto de uma senhora que rezava baixo e Chaeyoung batendo o pé contra o chão, ainda se mantinha concentrada ao redor delas.

De acordo com as conversas de alguns enfermeiros, sabia qual era o quarto da namorada delas, e mesmo que não a conhecesse, pelas pontas soltas que havia conseguido escutar enquanto dois garotos que pareciam novos conversavam, havia sido uma tentativa de suicídio, aquilo ligou um pequeno alerta na cabeça de Mina.

Por isso Jeongyeon estava daquele jeito.

Suspirando, a Minatozaki-Myoi olhou rapidamente para seu relógio, completava finalmente a terceira hora que estavam lá, e até o momento, não haviam recebido nenhuma notícia, olhou rapidamente para Dahyun na esperança que ela, talvez, tivesse revenido algo de Tzuyu, mas a Kim continuava de braços cruzados olhando só redor.

Esperava que tivesse funcionado...

***

Vozes distantes confundiram Nayeon, não fazia ideia de onde estava, do que estava acontecendo ao seu redor, mas estava em um lugar claro, com cheiro de limpeza, algo...

Puro?

Foi isso que a fez saber que tinha falhado.

Nunca iria para um paraíso, não estava morta.

- Senhorita Im, Nayeon, consegue me escutar? - Não conseguia distinguir a voz, era distante, baixa. - Nayeon?

Seus olhos foram forçados a abrir, uma luz forte a cegou, fez seus olhos arderem e seu corpo arquear pelo desconforto e dor afiada em sua cabeça, tentou empurrar quem quer que fosse, mas apenas conseguiu que aquela luz saísse de tão perto.

- Luz... - Resmungou, tudo em seu corpo doía.

- Sinto muito, senhorita Im, mas por algum tempo, precisaremos dessa luz. - Finalmente uma voz que reconhecia, Youngsun Kim, se lembrava perfeitamente do som da voz dela.

- Nayeon. - Tzuyu, merda. - Nayeon, você se lembra o que aconteceu? Sabe onde está?

A mulher não respondeu, permaneceu com seus olhos fechados, sua cabeça pulsava de dor, sua garganta doía, seu nariz ardia, seu pescoço queimava.

Como havia sido salva?

Tinha planejado tão bem!

Nem para aquilo prestava...

- Nayeon, eu sei que isso pode ser demais para você, mas precisamos ter certeza que você está bem, me entende? - Novamente, sem reposta. - Sua garganta deve doer, você foi entubada e seu estômago lavado, então é algo padrão, mas entendo que deve ser difícil falar agora. Apenas preciso que você nos responda algumas perguntas rápidas de sim ou não, entendido? - A mão gelada da enfermeira se infiltrou debaixo da sua. - Aperte uma vez para sim, duas para não, entendido? Assim você não precisa usar sua garganta. - Um aperto. - Ótimo!

Houve um silêncio rápido e algum barulho, talvez se preparando para as respostas, Nayeon não sabia, mas também não queria abrir os olhos e ver o que estava acontecendo.

- Nayeon... você sabe onde está? - Um aperto. - Sabe o que aconteceu? - Um aperto. - Você se lembra do que tomou? - Dois apertos, foi possível ouvir um barulho desconfortável vindo de Tzuyu, era claro que ela não tinha acreditado.

Youngsun ficou em silêncio por alguns momentos, parecia ouvir algo, a mão de Tzuyu na de Nayeon também apertou um pouco, claramente nervosa.

Não adiantava mentir.

Chou sabia que havia feito a tentativa com os remédios que ela havia passado.

- Nayeon... há alguém, pai, mãe, irmão que possamos chamar?

- Não! - Gritou, sua garganta ardeu, Nayeon jurou que poderia sangrar, mas não se importava, a Im tentou se sentar, mas Tzuyu não deixou. - Não... eles não... - Tossiu com força. - Não podem saber... vai piorar... tudo...

- Tem uma mulher lá fora. - Tzuyu começou, com delicadeza. - Latina, uns cinquenta anos, ela é da sua família?

Im não precisava pensar, apenas concordou com a cabeça, odiava relacionar Mia com os Im, mas ela era o mais próximo que tinha de uma família, de alguém que realmente a amava.

- Mia... aqui?

- Esperando por notícias suas, junto de...

As duas profissionais da saúde olharam uma para a outra, pareciam ponderar se era seguro falar sobre aquilo, Tzuyu respirou fundo se afastando um pouco, ela coçou o rosto meio pensativa, mas assentiu e informou:

- Mia está aqui, junto de Chaeyoung e Jeongyeon.

Os olhos de Nayeon se encheram de lágrimas, não era possível, elas provavelmente a odiavam depois da carta que leram, por que estariam ali?

Por que esperariam por notícias dela?

Por que estavam ali?

Não entendia...

- Vamos deixar você descansar, processar um pouco as coisas. Vou informar sua família sobre sua situação.

Porém apenas a médica saiu, Tzuyu pegou um tablet perto da porta do quarto e se sentou em uma poltrona ali, o aparelho apoiado em uma de suas pernas cruzadas enquanto digitava algo.

Sentindo o olhar da paciente sobre ela, Chou suspirou e voltou sua atenção para a Im.

- Você precisa de algo? Quer que eu pegue uma água para sua garganta?

- Por que...? A quanto tempo elas...?

- Desde o primeiro dia. - Coçou o rosto, pela quantidade de vezes que ela fazia aquilo, Nayeon julgou ser um tic nervoso. - Mia vem em horas que julgo ser o horário de almoço ou quando o turno dela acaba, mas Jeongyeon e Chaeyoung...? As únicas vezes que elas saem daqui é quando minha namorada as força, até assim é difícil fazer elas saírem.

Im ficou em silêncio, mas seus olhos continuavam fixos na enfermeira que após alguns segundos voltou a digitar em seu tablet, o logo do hospital nas costas dele diziam que ela provavelmente estava atualizando a ficha da mulher.

A mente de Nayeon estava longe, pensando no motivo das duas estarem do lado de fora, pensando no motivo de elas não estarem comemorando a morte de um Im, o motivo de parecerem tão preocupadas a ponto de terem de ser obrigadas a saírem do hospital.

Então era verdade...

Sua paz nunca chegaria...

The PurgeOnde histórias criam vida. Descubra agora