230 e 220 Dias

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Opa quem é vivo sempre aparece.
Mas faculdades e afins,  quando tenho tempo pra escrever tô a mimir.

Enfim!
Boa leitura.

E se quiserem algo meio boiola e meio triste para lerem, postei um continho inspirado em If We Have Each Other do Alex Benjamin esses dias, se quiserem dar uma olhada está no meu perfil.

Mas vamos ao que interessa!

Gatilho: menção a assassinato brutal.

***

230 dias até o próximo expurgo

Dahyun estava cansada de sempre que algo começasse a se estabilizar em sua vida, algo mudava e a deixava em completo pânico de novo, não fazia ideia de como Yoongi tinha descoberto o endereço de onde estava com Tzuyu, mas, apenas por precaução, decidiu se livrar do próprio celular. 

E claro, outra coisa estava a atormentando, conhecia Sana, sabia que ela provavelmente estava afetada com o assassinato na faculdade, absolutamente qualquer coisa relacionada à crimes violentos sempre deixou a japonesa atormentada, no nível de que, quando ficavam - e quando conseguiu maior confiança vinda da Minatozaki -, Dahyun sempre terminava na casa da Minatozaki tentando a acalmar. Por isso, avisou à Momo que estava indo para lá e pediu à namorada que a deixasse na casa das gêmeas antes de ir para o hospital, além de querer ver como a amiga estava, também não queria ficar sozinha dentro do apartamento.

Por isso estava agora, no quarto de Momo, com a irmã gêmea dela com a cabeça em seu colo em silêncio, aquilo era até assustador de tão incomum, mas Dahyun não queria a atormentar mais, por isso, não comentou sobre isso ou sobre o curativo em seu pescoço.

- Onde Mina está? - Querendo puxar assunto, sem parar de fazer cafuné na amiga debilitada, Dahyun perguntou para Momo que também estava em um silêncio perturbador. 

- Médico. Foi levar o irmão e ela também tem alguns problemas por causa de algumas coisas de quando ela era do exército, o ouvido principalmente. - Mesmo sendo casada com Mina, a Minatozaki-Myoi ainda parecia meio confusa, como se ela mesma não entendesse muito bem o que tinha causado ou como funcionava aquilo. - Ela não ouve muito bem, principalmente de um lado, sabe? Ela ouve, principalmente se estiver prestando atenção, mas se você chamar ela da sala, ela não vai te ouvir. Então faz algum tempo que ela tem falado comigo do que acho de ela por um aparelho.

- Eu nunca percebi isso. - Franziu o cenho, claro, não tinha conversado muito a sério com Mina, mas pensando bem, sempre que o fez, a Myoi parecia bem concentrada na conversa, às vezes olhando um pouco confusa para seus lábios, fazia sentido.

- Ela não gosta muito de mostrar fraqueza, coisa de militar, sabe? - Se esticou um pouco incomodada com o gesso em sua perna e braço. - Quando começamos a ficar juntas, a perna dela deu um problema enquanto a gente caminhava, acho que ela não colocou direito de manhã e saiu do lugar, ela estava de saia e se machucou feio quando caiu, mas ficou um bom tempo se fingindo de durona, só começou a chorar quando a enfermeira que estava limpando o machucado dela e jogou um remédio. - A japonesa sorriu meio nostálgica, foi instinto que olhasse para a aliança em seus dedos. 

- Sua mão está machucada… - Era a primeira vez que Dahyun ouvia a voz de Sana desde que entrou na casa das gêmeas, Kim havia parado o cafuné para ajeitar os óculos enquanto ouvia a amiga e Sana percebeu o corte meio fundo cicatrizando. 

Momo franziu o cenho, desde o dia da última crise de sua irmã ela tinha ficado calada, Mina tinha até colocado um colchão - esse que Dahyun estava sentada - no quarto da gêmea mais velha para dormir e as Minatozaki poderem dormir na cama de Momo com medo de acontecer alguma coisa se a deixassem sozinha. 

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