249 e 245 Dias

193 26 6
                                    

Opa!
Demorei com a atualização porque eu gosto de ter mais um capítulo além do que vou postar pronto, e o próximo capítulo tem um gatilho bem grande para mim, então demorei bastante para o escrever.

Enfim!

E vamos de gatilhos: agressão, uso de armas

***

249 dias até o próximo expurgo

Nayeon suspirou olhando para o próprio reflexo no espelho, tinha mandado mensagem para Chaeyoung avisando que não poderia ir ao trabalho e deu uma desculpa qualquer que tinha acordado doente, mas a realidade era que seu rosto estava completamente marcado pela mão da sua mãe.

Aquilo tinha apenas um único motivo: o garoto que seus pais tinham escolhido havia lhe pedido em casamento na noite anterior, quando tinha passado feito uma "hora extra", que, na verdade, era apenas ficar com Jeongyeon e Chaeyoung um pouco mais. E Nayeon disse não, foi um reflexo ao ver ele se ajoelhando em sua frente com um anel de noivado.

E Im se arrepiou no mesmo momento que viu o olhar da sua mãe.

Assim que a família do garoto - que, a propósito, parecia ter acabado de completar seus dezoito anos - saiu com desculpas dizendo que Nayeon estava cansada demais por causa do trabalho, que eles deveriam voltar outro dia, a mais nova da família tomou o primeiro soco em seu nariz - que ela tinha certeza que estava quebrado.

Outra certeza que tinha, era que as pessoas que trabalhavam em sua casa já estavam cansadas de limpar seu sangue quando discordava de qualquer pequena coisa.

- Senhorita Im? - A voz da governanta soou por seu quarto com cuidado, aquela mulher tinha cuidado dela durante boa parte de sua vida e ainda hoje, era a pessoa que limpava seus ferimentos quando eles estavam muito ruins. - Oh, minha querida, eles acabaram com seu rosto. Você não quer ir ao hospital?

- Não acho que precise. Eles já fizeram pior. - Os olhos da Im seguiram a mulher de meia idade enquanto essa buscava o kit que já precisava ser renovado. - Você acha mesmo que está tão ruim assim?

- Sinceramente, querida? Seu nariz está torto, seus olhos estão ficando roxos, com certeza está quebrado.

- É... foi o que eu pensei. - Se encolheu um pouco com um lenço de álcool em seu rosto. - Meu pai já saiu?

- Sim querida, sua mãe foi junto. Acho que eles tinham uma reunião da NFFA, mas não quiseram te levar porque não encontrariam um motivo para vocês estar com o rosto tão marcado. Coloque uma máscara e vá ao hospital, sim?

- Sim, senhora.

***

Era um dia calmo naquele plantão, apenas tinham aparecido duas pessoas naquela noite, uma vomitando e com febre, outra com enxaqueca e um hipocondríaco, por isso, Tzuyu estava sentada na recepção revisando alguns prontuários quando viu Nayeon entrar no hospital. Seu rosto se franziu ao ver a mulher de máscara, já tinha algumas desconfianças depois de ver como o couro cabeludo dela tinha ficado na primeira vez que o viu e elas foram confirmadas quando fechou a cortina do leito e Nayeon tirou a máscara que usava.

O rosto daquela mulher estava acabado...

- Você já conhece a doutora Youngsun, ela já está vindo. Você está sentindo alguma dor além do seu rosto?

- Minha barriga.

- Você quer me dizer como se machucou assim?

- Foi só um acidente de trabalho. Sou engenheira. Caí em um buraco. - Desviou o olhar da enfermeira, só queria sair dali logo.

The PurgeOnde histórias criam vida. Descubra agora