179 e 176 Dias

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Opa! Bão?

Sei que vocês vão rir, mas tô aqui fodido  com pedra nos rins  sendo que bebo água o dia inteiro, então bebam água crianças, água pra caralho!

Que lindo né, menos de dois meses no trabalho e já tenho atestad.

Enfim!

E vamos de gatilhos do capítulo: menção de abuso sexual, físico  e emocional, assassinato, menção de suicídio.

Boa leitura!
E beba água para não acabarem chorando de dor no meio do trabalho igual eu!

***

179 dias até o próximo expurgo

Quando acordou, Sana demorou para entender onde estava, apenas sabia que não estava em casa.

Com certeza tinha dormido em uma cama bem maior e mais cheirosa que a sua, com cobertores e travesseiros bem mais confortáveis que os seus. Um silêncio gostoso a rondava e quando abriu os olhos, percebeu pela fresta da cortina que estava em um apartamento em algum andar alto, além de estar com uma roupa que não era sua.

Voltou para casa com alguém e não se lembrava? 

Céus, Momo deveria querer a matar!

Será que sequer lembrou de a avisar?

A luz machucou seus olhos, sua cabeça doía assim como seu estômago, tinha bebido demais e estava começando a se arrepender.

Depois de alguns segundos tentando estabilizar sua visão, finalmente entendeu onde tinha acabado no final da noite, além do apartamento extremamente familiar, ali, do outro lado da divisão que o móvel da televisão fazia entre sala e quarto, Tzuyu estava acordada no sofá-cama aberto, mexendo no celular com uma mão e com a outra fazia um carinho leve nos cabelos de uma Dahyun adormecida serenamente em seus braços.

Ela parecia nem ter notado que Sana estava acordada, estava ocupada demais com algo que parecia extremamente interessante na tela em sua mão e ao mesmo tempo tentava não acordar a namorada, que, sinceramente, mesmo dormindo, parecia exausta, Dahyun já possuía algumas olheiras por causa de sua insônia que tinha começado a tratar a pouco tempo, mas naquele dia, elas estavam tão fundas que Sana teve medo de ser causadora.

- Bom dia... - A voz baixa de Dahyun não era para ela, mas para a Chou que sorriu levemente com um carinho que era estranho para a Sana, em um instante, a atenção da mais velha estava totalmente voltada para a namorada e o celular na mesinha ao lado do sofá.

- Bom dia, meu bem. Dorme mais um pouco, eu já ia levantar fazer algo para a gente comer.

- Não precisa, eu faço... - Tentou se levantar, mas foi segurada com uma mão firme por cima do cobertor.

- Relaxa. Você já fez muito hoje. Vai ter que fazer mais quando Sana acordar.

As duas conversaram um pouco mais, muito mais baixo e trocaram alguns beijos demorados antes de Tzuyu se levantar para se alongar, foi assim que ela percebeu que Sana estava acordada.

- Bom dia, acordou há muito tempo?

- Hm... não. Como eu acabei aqui? Eu dei... eu dei muito trabalho para vocês ontem? - Sua voz estava mais baixa do que queria, Dahyun se levantou negando com a cabeça. De perto, ela parecia ainda mais exausta. - E como... eu não estou com ressaca?

- A gente te trouxe e te deu remédio, comida e hidratou. Você me mandou um monte de mensagens, Mina me ligou pelo seu celular dizendo que você estava bêbada e que achava que só eu iria entender porque você estava mal. - Parou para pensar um instante, era melhor falar de uma vez ou preparar a amiga? Decidiu começar logo: - E... no carro você também me perguntou algo. - Kim se sentou ao seu lado, seu rosto mostrava o quanto ela estava preocupado. - Sana... você está em um relacionamento com alguém?

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