37-Uma estranha calmaria

11 1 0
                                    

Pov's Alice

Os paramédicos atravessaram as portas do hospital, arrastando a maca em que Luís estava e os segui, aflita e aos prantos.

— Emergência! Ferimento de bala! — exclamou um deles e logo vários médicos se aproximaram.

— Luís! — me desesperei, tentando me aproximar, mas Tia Astrid me abraçou com força, me impedindo.

— Não podemos fazer nada, Ali — alegou com pena — Ele está nas mãos dos médicos agora.

Observei a maca de Luís ser arrastada para longe de nós, até sumir de vista.

Funguei e me afastei de Tia Astrid, encarando-a.

— Eu vou ser presa? — questionei.

— O quê? — arregalou os olhos.

— Eu atirei no Lucien e agora ele está morto — expliquei.

Ela deu um pequeno sorriso, pondo a mão no meu ombro.

— O que você fez foi totalmente em legítima defesa, tanto sua quanto de Luís — afirmou — Você vai ficar bem.

Fechei os olhos, respirando aliviada.

— Alice!

Vire-me imediatamente e me emocionei quando vi Bella, Jade e Emily vindo em minha direção. Quando chegaram perto, todas nós abraçamos e começamos a chorar juntas.

(...)

Fazia algumas horas que eu, minhas amigas, meus pais, os Frost, Tia Astrid e Tio Soluço, estávamos esperando na sala de espera, aguardando nervosos, notícias de Luís.

Foi então o Dr. Nelson surgiu e todos nos levantamos.

— Como está o nosso filho? — perguntou Tio Jack aflito.

O doutor retirou a sua máscara cirúrgica e sorriu.

— Ele ficará bem, apenas precisa repousar — declarou.

Todos suspiraram aliviados, com exceção de Tia Elsa, que começou a chorar de alegria, enquanto agradecia ao Dr. Nelson inúmeras vezes.

— Alice.

Virei na direção do chamado, vendo o meu pai sinalizando com a mão para que nós nos afastássemos.

Curiosa, segui seu sinal e me afastei dos demais, indo para um canto da sala com ele.

— Oi pai. O que foi? — perguntei confusa, abraçando meu próprio corpo.

— Filha, eu... — suspirou e então prosseguiu — Eu preciso que seja sincera comigo sobre algo.

Franzi a testa.

— Ok, pode falar — pedi meio receosa.

Ele me encarou sério.

— Você ama mesmo o Luís? — questionou.

Arregalei os olhos, assustada.

— Por que 'tá me perguntando isso? — indaguei.

— Porquê... — abaixou o olhar — ... eu achava que estaria te protegendo afastando você de Luís, pois na minha cabeça, ele queria apenas te usar e depois jogar fora.

— Mas? — insisti ansiosa.

Ele ergueu o olhar, me encarando e deu um pequeno sorriso.

— Eu percebi que estava errado quando soube que ele quase morreu tentando proteger você — revelou.

Arregalei os olhos surpresa.

— Eu não irei mais me impor no relacionamento de vocês — declarou — Mas se ele fizer algum mal a você, eu juro que vou...

Ele se calou no momento em que o abracei com força.

— Obrigada! Obrigada! Obrigada! — agradeci feliz.

(...)

No hospício...

Pov's Esther

Ouvi a porta do meu quarto abrir e parei de tricotar, erguendo meu olhar e vendo que era meu parceiro.

Observei-o fechar a porta e então, se aproximar, pegar uma cadeira e colocar perto da minha cama. Em seguida, sentou-se.

— Ainda desconfiam do Hofferson? — questionei.

— Pelo visto não. Ele e a Strondus estão ficando próximos de novo — relatou — Se tudo tiver ocorrido conforme planejamos, o Harry se tornará o próximo suspeito delas.

— Perfeito — sorri — Contanto que não cheguem a cogitar você como suspeito, está tudo bem.

(...)

No hospital...

Pov's Alice

Depois que Luís acordou, sua família foi ao seu quarto e ficou lá por quase uma hora. Após esse tempo, eles saíram e Bella disse que eu poderia entrar para conversar com ele.

Adentrei o quarto, avistando Luís deitado na cama, trajando uma manta hospitalar enquanto os barulhos do aparelho que media as batidas de seu coração soavam pelo cômodo.

Aproximei-me, percebendo que ele parecia emocionado.

— Fico tão aliviado que esteja bem — admitiu dando um sorriso.

Sorri minimamente.

— Você salvou minha vida, Luís — alertei — Obrigada.

Ele estendeu a mão sob a cama e eu rapidamente a enlacei.

— Sabe que eu te amo e faria qualquer coisa por você, não é? — indagou me lançando um olhar profundo – Mesmo que não possamos ficar juntos.

Aumentei meu sorriso.

— Acho que isso não será mais um problema — comentei.

Ele franziu a testa confuso.

— Como assim?

— Bom... digamos que meu pai mudou de ideia sobre nós dois depois que você levou uma bala por mim — relatei, fazendo-o arregalar os olhos.

— Ali, eu juro por Deus que se eu não estivesse pós-operado, eu tinha te enchido de beijos agora mesmo — afirmou me fazendo rir — Pode deitar comigo?

Me surpreendi.

— Ah...tá bom — cedi, retirando meus sapatos e subindo na maca hospitalar.

Deitei-me com cuidado ao lado de Luís e me aconcheguei em seu peitoral meio receosa, afinal, tinha medo de machucá-lo por conta da cirurgia que seu corpo teve que passar.

Senti um de seus braços me envolver e um beijo sendo depositado na minha cabeça.

— Senti sua falta... — murmurou.

Fechei os olhos, ainda mantendo o sorriso.

— Eu também...

Pretty Little Liars Onde histórias criam vida. Descubra agora