Lágrimas do passado, felicidade no futuro.

Capítulo 39

Algumas semanas se passaram e Sakura visitava Sasuke com frequência, de duas a três vezes por dia. Sempre quando estava dormindo e sozinho no quarto. Shizune já estava acostumada, por isso nem impedia a rosada. Quando Sasuke estava acordado ou com sua mãe no quarto, se limitava a observar apenas da porta.

Sakura se sentia extremamente triste por não poder conversar e perguntar como estava, mas não queria expor ninguém a riscos desnecessários. Ela já havia machucado pessoas demais, por isso vê-lo daquela distância já estava de bom tamanho por hora.

"Olá querida! Como vai? Estou em Konoha. Em alguns instantes chego no hotel. Me espere daquele jeito."

Era Pain. Sakura correu para o banheiro e se ajoelhou em frente ao sanitário. Todo seu café da manhã e almoço foram descarga a baixo, literalmente. O simples fato de pensar em Pain a fazia vomitar. Ele era repugnante e asqueroso. Nojento.

- Até quando vou aguentar isso? - a rosada se perguntava isso todos os dias quando acordava e se olhava no espelho. Já não sabia mais o que fazer ou como fugir de Pain.
Sakura ouviu barulhos na porta do hall de entrada. Certamente ele havia chegado. Se apressou em levantar do chão e jogar água em seu rosto.

- Querida, cheguei! - gritou da sala. Sakura respirou fundo e lentamente se dirigiu até a sala. Sua expressão era de puro ódio. Mas, aparentemente, aquilo não afetava em nada o ruivo que acabara de chegar.

Sakura ia pra cozinha quando Pain pôs o braço em sua frente e a puxou para si. A rosada sentia como se facas estivessem perfurando sua pele.

- Não ganho nem um "seja bem vindo de volta"? Quanta maldade! - o ruivo parecia se divertir muito com a face da rosada. Sakura tentou sair do aperto de seus braços mas fracassou. - Me dê ao menos um beijo de boas vindas. - A rosada gelou nesse momento.

Pain a apertou ainda mais em seus braços e desceu uma das mãos até as nádegas de Sakura apertando forte e delicadamente ao mesmo tempo. A outra mão subiu para sua nuca puxando-a mais para si. Não tinha pra onde fugir. Pain colou suas bocas enfiando a língua dentro da boca de Sakura. A rosada sentiu seu estômago embrulhar e teve que se segurar para não colocar tudo pra fora novamente. Não queria beijá-lo, mas não tinha opção.

- Olha como você me deixa. - Pain empurrou o quadril contra Sakura fazendo-a sentir sua ereção e sussurrou em seu ouvido. Era nojento, ao menos para ela. Queria bater nele com toda sua força e fazê-lo pagar por tudo. Mas ainda não era a hora.

Ao conseguir se soltar, Sakura correu para a cozinha, precisava beber um copo d'água. Não suportava mais aquele homem no mesmo ambiente que ela. E olha que não faziam cinco minutos que ele havia chegado.

- Por que a vergonha? Já já faremos coisas bem piores que essa. - Sakura sentiu um arrepio passar por sua coluna. - O que andou fazendo nas semanas que estive fora? - Pain observava cada passo da rosada naquele momento.

- Nada de interessante. - tentou parecer o mais normal possível mas sabia que havia fracassado.

- Quem eram aquelas pessoas de três semanas atrás? - Sakura gelou. - E por que você estava agindo estranho depois que foram embora?

- Droga! - a rosada sussurrou. O que diria? Não fazia ideia de como Aika agiu ou o que fez enquanto esteve no apartamento. E as saídas de três horas por dia? - Eram Kiba e Aika. Meu primo e sua noiva.

- Hn! - Pain observava cada movimento com um sorriso no rosto. - E os dias que passou fora?

- Estava ajudando Aika com os preparativos. Ela é muito indecisa. - Será que ele havia caído na mentira dela ou estava apenas deixando ela acreditar nisso? Não tinha como saber.