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21 [ carpe diem ]

Sadie

Já deve ter feito uma hora ou mais que eu ando de um lado para o outro no quarto.

Ele gemeu o meu nome.

Agora tudo faz sentido, foi por isso que ele quase me expulsou. A Arabella pensou que nós temos algo e caso ela nos visse juntos, Luke ia estar em maus lençóis.

Quando o ouvi proferir aquelas palavras fiquei petrificada a olhar para ele e a única coisa que consegui fazer foi abrir-lhe a porta para ele sair.

Ele apenas assentiu e logo saiu.

E aqui estou, à quase 2 horas fechada no quarto.

Já imaginas-te como seria se algum rapaz te dissesse que gemeu o teu nome ao invés da rapariga com quem estava?

Quão constragedor seria isso e o dirias? Exato.

A minha primeira reação foi pô-lo na rua.

Não é que eu esteja zangada com ele! De todo! Agora eu entendo as razões dele mas e de agora para a frente como vai ser?

Vai ser constrangimento total quando estivermos perto um do outro.

Ainda por cima somos ao lado um do outro nas aulas. Maldita a hora em que o conheci.

[Segunda]

O despertador nas alturas acorda-me e visto as minhas roupas ainda ensonada.

Quando alcanço a maçaneta da porta para sair de casa alguém apita fazendo-me abri-la ainda mais depressa.

Vejo Luke dentro do carro á porta da minha casa.

Desço os degraus dois a dois e fecho o portão cinzento ao fim de me certificar que está trancado e chego-me perto do carro dele.

Nenhum de nós diz uma palavra até que ele decide cortar o silencio.

"Eu pensei que quisesses boleia, talvez?" Ele coça o seu pescoço e eu sorrio.

"Hum, sim obrigado." Contorno o carro e logo entro no mesmo pondo a minha mochila nas minhas pernas.

Ele dá inicio á condução e eu observo as paisagens pelas quais vamos passando.

"Tu costumas acordar muito mais tarde que eu. Porquê isto hoje?" Questiono brincando com o fecho do bolso pequeno.

"Eu não conseguia dormir. E eu não acordo assim tão tarde como tu pensas. Na verdade, eu vejo-te sair de casa todos os dias. E sei que todos os dias tu te certificas se trancas bem o portão, e como olhas atentamente para cada casa da rua."

Um sorriso escapa-me dos lábios e rio alto.

"O que é?" Perguntou com os nossos risos em sintonia.

"A sério que tu me observas todos os dias? E até reparas se eu certifico se tranco ou não o portão? Tu és tão stalker!"

"Eu poderia observar cada uma das pessoas que saíssem das suas casas, mas são todas com o triplo da minha idade e gordas. Desculpa, se és a minha vizinha predilecta!" Goza abrindo um pouco o vidro.

"Tens calor?" Inquiro. "É que estamos a meio de Março, o vento ainda está presente amigo!"

"Bem, o vento deveria estar presente neste preciso momento, porque está muito muito calor." Esclarece olhando-me de canto com um sorriso preverso na cara.

"Ew Luke! Caramba, não te bastou gemer o meu nome seu prevertido?" Brinco com a situação constrangedora e espero profundamente que essa desapareça.