04 [ Toques de pânico ]

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Luke P.O.V.

- Larga-me!- Gritou e eu assusto-me.

Só agora é que me apercebi que lhe dei a mão. Larguei-a rapidamente.

- Desculpa foi impulso.- Tento parecer calmo.

- Impulso? Também dás a mão aos rapazes por impulso!?-

- Sadie fala baixo, está toda a gente a olhar para ti!-

Lanço-lhe um olhar de aviso ao qual ela corresponde olhando para o pátio.

- O que foi ? Nunca viram?! Já tocou não já!?- Gritou.

E eu a pensar que ela se ia calar!

- Sadie! - 

Tentei amarrá-la pelo braço mas larguei-o assim que vi a mão dela levantar-se. Desviei-me a tempo.

- Sadie, tem calma!- Michael diz tentando a sua sorte que também foi em vão.

- Não me digas para ter calma quando estou irritada! -

E numa questão de segundos, os seus olhos são revirados e o seu corpo cai nos braços do Michael.

- Sadie? Sadie? Oh não!- Ele fala desesperado.

- Oh meu, matamos a miúda!- Calum leva as mãos à cabeça. - Eu sou muito novo para ser preso!-

- Cala-te Calum e faz algo de útil!- Ordeno.

- Tipo o quê?! Ela já está morta de qualquer das maneiras queres que chame a ambulância para depois pensarem que fui eu!? - Gritou e eu estou prestes a dar-lhe um pontapé fortíssimo naquele rabo.

- Eu vou à enfermaria! - Ashton diz e começa a correr.  Um amontoado de pessoas começam-se a juntar e eu começo a ficar paranoico. Ela não pode estar morta! Pois não...? Calma Luke, não te passes!

- Afastem-se! Deem-lhe espaço! - Calum grita e as pessoas começam a dispersar ainda a olharem para trás curiosas. 

- Ela não está morta, eu sinto-a respirar!- Michael quase grita de alegria e eu e Calum suspiramos descansados caindo na relva ao mesmo tempo. E o dia ainda só vai de manhã.

Sadie P.O.V.

Acordo numa sala branca. E é literalmente mesmo toda branca. Mesa branca, lençóis brancos, porta branca e até o raio de um copo plástico no parapeito da janela era branco! Um hospital. Lindo. Porquê que eu estou aqui!?

Olho para a frente e vejo Luke sentado numa cadeira -também ela branca- a dormir. Levanto-me devagarinho para não o acordar, vou à casa de banho enchendo um copo de água e sento-me na cama.

Conto até 10.

1, 2, 3- que se lixe, 10.

Atiro-lhe a água para a cara e este acorda em segundos totalmente desamparado.

- Mas que-" Limpa a cara com o braço e pisca os olhos freneticamente. - Como é que eu não adivinhei?- Revirou os olhos e eu gargalhei. 

- Não resisti. -Desculpo-me ainda a rir.  - Agora... Dá para me explicares o que raio faço num hospital?- 

- Queres mesmo saber?- Ele pergunta.

- Não, deixa lá! Eu perguntei por perguntar apenas!- Ironizo.

- Bem, tu reagiste muito muito muito mal quando por impulso te dei a mão e depois a tua respiração ficou toda desregulada e desmaiaste. Eu e os rapazes ficamos preocupados!-

Reparei na forma como ele carregou nas palavras e por momentos senti-me mal.

Eu tenho mesmo que voltar a andar com a bomba de ar na mochila. Para incidentes como estes.

maybe ; lrhOnde histórias criam vida. Descubra agora