Eu e o Michael passeamos até á sala de braço dado enquanto ele contava a continuação do seu sonho que, como eu disse, iria ser ainda mais intenso caso ele comesse aquela fatia de pizza fria. E foi.
O Professor gordo apenas bufou quando batemos á porta e entramos descontraídamente. Eu odeio este professor, perdoem-me mas em 1 mês de aulas que eu já tive com ele, não o consigo ver mais á frente.
Caminho por entre os dez pianos na vertical até chegar ao penúltimo sendo ele, o meu e do Luke.
Tenho que agir naturalmente, ele não gosta de mim, mas continuamos melhores amigos. Ok, Certo. Expiro profundamente pelo caminho e sento-me tirando o material.
"Estava a ver que tinha que te ir buscar." Luke sussurrou quando peguei no seu caderno para copiar o sumário.
"Perdi algo?" Questiono. "Em relação à matéria claro."
"Sim. O tempo para fazer a música foi adiantado e terá que ser feita daqui a 2 semanas."
Duas semanas? Eu vou conviver as próximas duas semanas com o Luke? A criar uma música?
Uma música á qual nem sequer sabemos o tema, nem tão pouco começamos?"Duas semanas, hum? Um bocado apressado mas tudo bem." Murmuro.
"Aquela cena sobre ganhar uma viagem a uma cidade a determinar, que é bem determinada agora, já tem estadia marcada e isso tudo, daí as músicas terem que estar prontas. Nem que estejam a meio, com uma só frase ou com um só verso. Tem que haver um par que se distinga para ganhar a viagem."
Explicou e pelo canto do olho consigo ver que ele olha para mim mas eu continuo focada no professor gordo e a pensar que ele quer mesmo me estragar a vida.
Duas semanas? Caramba, eu preciso quase de dois meses para me esquecer da tampa, mas não tão tampa visto que ele não sabe dos meus sentimentos por ele, mas é como se fosse uma tampa!, que levei do Luke.
Porra para o raio da música e porra para si professor! Mas porquê é que sua excelência se lembrou de adiantar a estadia no hotel? Vai-me dizer que não ia haver vagas em Maio ou Junho?! Estamos no dia 31 de Março por amor a mim!
"Ouviste-me?" Passou as mãos á frente dos meus olhos e eu acordo.
"Sim. E onde é a cidade então?"
"Praga."
"Praga? Isso é onde?"
"Dinamarca? Eu sei lá, é lá para o oeste de França."
"Republica Checa, burro!" Alguém sussurra e olhamos para trás vendo Calum a fazer face palm.
"Dinamarca, Luke? Logo mais é na Russia, não?""Desculpa se não quero saber das cidades europeias para nada!" Luke sussurrou-lhe de volta agitado.
"Deixem-se disso rapazes! É irrelevante saber onde fica ou deixa de ficar. Sabemos que se chama Praga, boa!" Reviro os olhos e puxo Luke levemente para a frente pelo braço.
"Ás vezes ele irrita-me tanto, Sadie. Pensa que sabe tudo, ugh, que ódio." Murmurou fazendo-me rir.
"Aposto que há algo que tu sabes e ele não sabe. Por isso não penses assim." Ri-o.
Isto de estar naturalmente com ele, até não está a ser difícil.
Talvez, porque eu sempre fui natural quando estava com ele. Sempre fui eu própria. Dependente, ou independentemente de ele gostar ou não de mim."Bem visto." Riu-se. "Então, hoje á tarde em minha casa?"
"Por mim tudo bem." Dou de ombros e começo a passar os exemplos sinfónicos de Mozart no quadro.
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maybe ; lrh
FanfictionHá quem lhe chame amor á primeira vista, mas também há quem lhe chame ódio.