Gabrielly

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Depois do jantar mais estranho que participei na vida fui para o meu quarto, rezando para a Dai estar muito cansada e me deixasse em paz.

- Gaby! - como eu sou idiota!

- Dormindo ... - resmunguei.

- Me conta, o que aconteceu? - ela apareceu no meu quarto enquanto eu me jogava na cama e me cobria com a coberta.

- Nada - cobri minha cabeça e ela puxou na mesma hora.

- Como assim, nada?

- Nada. Eles chegaram, você sumiu com o Luan, eu emprestei meu fone a ele para "cobrir" o barulho e ... ai, droga! ele levou meu fone!

- Uma ótima desculpa para ligar para ele e pedir ... - ela começou a pegar o celular e eu peguei em sua mão.

- Eu compro outro! Boa noite!

Finalmente ela desistiu e saiu do quarto nos deixando com a paz que eu tanto queria.

Sonhei com o Gustavo, ele era legal, não era metido, era normal. Eu tenho que admitir que gostei muito dele, não queria nem acordar. NÃO! Eu não posso me permitir gostar dele. Não quero sofrer como da última vez. Eu prometi!

Acordei 10:00 da manhã, como sempre fazia aos domingos, era o único momento em que consegui dormir. Resolvi correr um pouco para me exercitar e me arrependi 10 minutos depois. Cheguei em casa toda molhada de suor e muito cansada. A Daiane havia saído, provavelmente com o Luan, isso significa que eu teria a casa inteirinha pra mim, como havíamos feito faxina ontem e todas as minhas atividades estavam em dia eu resolvi ler um pouco. Acabei pegando no sono por duas horas e acordei com o barulho do meu celular.

- Oi! - falei pegando rapidamente sem ao menos ver quem era.

- Oi? é assim que você fala comigo? - uma voz brava e conhecida surgiu no telefone.

- Mãe, desculpa! eu peguei o celular e não vi quem era.

- E o que você estava fazendo para atender sem ver? - perguntou desconfiada.

- Estava dormindo.

- Dormindo? tem certeza? você não está me escondendo alguém né?

- Nãooooooo! claro que não, mãe!

- Pois deveria! você já está ficando velha e eu quero netos.

- Mãe! - desde o meu termino com o Daniel ela colocou na cabeça que eu não aproveito minha vida, que eu não namoro, que um dia eu irei me arrepender. Nas o que ela não entende é que eu estou bem assim. É, EU ESTOU BEM!

Continuamos a conversa por um tempo e depois de perguntar se eu estava me alimentando direito umas três vezes ela desligou.

Eu sentia falta da minha família, MUUUITA FALTA! Me afastar deles foi uma das coisas mais dolorosas que eu já fiz, mas foi necessário. Onde morávamos não havia possibilidades para crescimento e depois de tudo que eu passei na minha vida o que eu mais precisava era crescer. Estava imersa em meus pensamentos quando  a porta se abriu e uma Daiane furiosa entrou no apartamento.

- O que aconteceu?

- Nada! - entrou no quarto e bateu. Droga! outro relacionamento terminado. Por isso não quero me envolver com ninguém, eu era a que remendava o coração da Dai quando os idiotas o quebravam. Depois de insistir muito a Daiane abriu e me contou que havia brigado com o Luan e que odiava ele e não queria nunca mai olhar em sua cara. Depois de chorar muito e comer brigadeiro e jurar que não se envolveria com ninguém tão cedo, acabou dormindo.

Quando fui ver a hora percebi que já havia acabado o meu domingo. Fui tomar um banho e depois deitei na cama e comecei a pensar na vida, como fazia todas as noites, coloquei a mão em meu criado mudo para pegar meu fone, foi quando lembrei que estava com o Gustavo, precisava dar um jeito nisso. Adorava dormir ouvindo música.

Armadilhas do Amor - Livro 1 - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora