Jornada (Epílogo)

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Talvez um pouco apaixonada por essa foto do bebê segurando o dedo da Lauren. É a última vez que volto aqui, mas não deixem de conferir minha nova fanfic, A Grega. E logo estarei lançando uma nova fanfic de fantasia, também Camren. Me sigam no perfil do wattpad ou no twitter que dou novidades. Boa leitura!

PS. As idades no epílogo foram arrumadas.

Jornada

jor-na-da

s.f. (substantivo feminino)

1. Caminhada que se faz no período de um dia.

2. Trabalho desempenhado no decurso de um dia: hoje minha jornada foi difícil.

3. Dia marcado por uma situação fora do comum.

4. Distância que se percorre numa viagem.

5. [Figurado] Reunião dos acontecimentos que, de alguma forma, pode tornar compreensível uma ação e suas consequências.

(Play) Love Again - Dua Lipa

Lauren Cabello

Eu ajeito meus cabelos na frente do espelho, mirando minha imagem realmente muito diferente do que era anos atrás. Um ou outro cabelo branco já estavam sendo tingidos. Lembro de quando surgiu o primeiro, eu ainda tinha trinta anos, e fiz questão de brincar com minha esposa sobre ela pintar os cabelos brancos há mais tempo do que poderia contar. Com trinta e três anos, com certeza já tinha muito mais cabelos brancos que me faziam pintar completamente para cobrir.

Dos vinte e cinco até os trinta e um anos, eu trabalhei como modelo, e foi uma experiência... Bem... Desnecessária, para ser honesta. Eu apenas estava ocupando meu tempo para me expôr enquanto trabalhava como jornalista criminal. Alguns ousavam me dizer que eu não seria levada a sério se continuasse. Eu dei uma risada, e mandei cuidar da vida deles, e continuei a modelar por pura birra até que isso se tornasse natural.

Meu celular tocou, e um sorriso apareceu nos meus lábios de maneira involuntária quando vejo o nome no visor. Ao invés de atender, desligo a ligação e abro a agenda de contatos para editar o nome da minha esposa. Depois de 8 anos, é a primeira vez que eu decidi trocar o "Diabo" na agenda, e coloco outro apelido que se tornou frequente também. Diabo já não combinava mais tanto assim com ela, com o tempo percebi que Camila faria o Diabo chorar caso aparecesse em sua frente mal vestido. Eu salvo o contato com "esposa marrenta", e imediatamente o celular volta a tocar.

- Lauren Michelle! - A voz irritada e madura da minha esposa soou do outro lado da linha, fazendo-me prender a gargalhada. - Por que diabos não atendeu na primeira vez?

- Você está sempre muito estressada, sabia? - Eu retribuo sua irritação com uma fala mansa. - Não foi nada, só mudei algo antes que esquecesse. Como está o trabalho?

- Irritante. Apenas muito irritante. Ainda não acredito que você não veio para Paris comigo. - Usual. Karla está me ligando para reclamar de algo que foi combinado e recombinado um milhão de vezes, mas ela não consegue aceitar que não pode me arrastar para os desfiles de Paris quando tenho compromisso no New York Times.

- Okay! Mais alguma reclamação? Ou alguma reclamação que seja válida? - Perguntei com paciência, sabendo que eu deveria deixar só essa mulher reclamar de sua vida e de seu trabalho até cansar para então ter as informações que realmente importavam... Não que suas queixas sobre coleções de determinadas marcas serem feias não fossem importantes (elas não são).

- Eu sinto falta de você na minha cama. - A voz se suavizou e percebi que ela estava se locomovendo.

- Essa é uma reclamação muito válida! Acho agradável. - Apontei, fazendo Karla rir da minha cara de pau. - Eu não acho que sexo por telefone seja agradável, no entanto.

O Diabo veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora