Suspicaz
sus-pi-caz
adj. (adjetivo)
1. Que causa suspeita; suspeito.
2. Desconfiado, que suspeita.
Os dedos caminharam pelas costas de porcelana nua, tão bonita e delicada. Os beijos depositados eram de apreciação com as curvas da jovem mulher. Onde estava o alcance de sua boca, beijava. Acariciou a bunda da mulher que se empinou levemente, beijando longamente e apertando. Sua vontade tão íntima depois que a viu seminua sem querer no jantar.
Então tudo se reverte.
Exposta, mas seria ingenuidade achar que isso incomodava. Exposta, arfante e seus músculos se contraem com a com o toque em sua barriga, a boca em seus seios.
— Lauren... – O tom rouco e manhoso saiu dos lábios carnudos da latina rendida na cama, nua para a mulher que tomava seu momento de apreciação torturante. Ela delirava de desejo, tão bem convertido para a umidade entre suas pernas e as pulsações que enlouqueciam.
— Minha... – A voz era doce e possessiva, seduzia a ponto de não conseguir negar. Dela, totalmente dela. Os verdes de seus olhos brilharam em malícia quando lamberam o mamilo rígido do seio direito da mulher e foi seu fim.
Seu corpo se afundou bem no fogo aprazível do inferno, incendiando por onde passava. Seus dedos se agarram na pele porcelana, trazendo-a para devorar seus lábios antes que fosse tarde demais, envolvendo-a totalmente com seu corpo. Permitiu que a mulher sentisse o estado pecaminoso de excitação contra sua barriga, com o sexo roçando tão lento e bem.
— Não tanto quanto você pertence a mim, Jauregui. – Pouca lucidez lhe restava, só conseguia pensar nos dedos percorrendo a trajetória agonizante.
A luta pelo controle há tanto estabelecida, a nenhuma pertencia mais. Tão inútil todas as disputas silenciosas por controle porque acabaram presas e sendo escravas dos sentimentos que fugiam do controle, intensamente.
Orgulhosas para não perceberem o quão profundo... elas pertencem uma à outra. A trajetória feita pelos lábios de Lauren era o reconhecimento... Um caminho que ela gostaria que fosse decorado a ponto de nada ser capaz de fazê-la esquecer.
Narrador
Eu sei, apenas pela maneira que você se revira na cama em seu sono, que tem sonhos e todos eles de cunho proibido. Você suspira e murmura com frequência, e sou capaz de ouvir o nome dela sendo sussurrado como um cântico. Lembro das nossas conversas, os sonhos tão reais que você é capaz de produzir... Todas as suas preocupações, motivações, medos e desejos sempre te acompanham em sono. Dessa vez, não poderia ser diferente, poderia?
Camila, sei que nesse exato momento, não existe paz para você. A calma que deseja, o autocontrole, não existe mais porque está se sentindo sufocada demais por sentimentos. Quando você acorda, a primeira coisa que faz, é tocar os lábios de maneira impetuosa, então puxa os cabelos longos para trás. Seu corpo está suado e quente. E essa é a maior definição de você, talvez. A enxurrada de emoções reprimidas, te torna uma bomba relógio. Os olhos verdes te perturbam, e é uma reação completamente diferente aos olhos verdes de sua filha.
Em uma comparação boba entre olhos verdes; Katherine é algo tão mais calmo, curioso e doce... É seu lar por muitos anos. A única pessoa em seu mundo que pode acalmá-la como ninguém. Lauren, entretanto, não tem noção do que ela transmite... Provavelmente, eu tenho uma percepção sobre Lauren bem diferente de você, é claro... Mas são olhos notáveis e carregados de algo que não consigo descrever, mas eu também sei... É atraente demais, e com muito mais efeitos em você, do que poderia causar em mim.
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O Diabo veste Prada
FanficMãe solteira e jornalista recém-formada, Lauren Jauregui vê seu mundo, até então com pouquíssimo senso de estilo, virado de cabeça para baixo ao ser contratada como assistente pessoal para a diabólica editora-chefe de uma das mais renomadas revistas...