Curiosidade

33.8K 2.2K 5.8K
                                    

*A pequena Heaven na mídia do capítulo.

*A primeira música do capítulo terá instruções de quando ouvir durante a leitura porque ela serve para duas ocasiões ao decorrer, outras nem tanto.

*Link da playlist (quem não conseguir copiar e colar, eu postei no meu twitter): https://open.spotify.com/user/bia.abenathar/playlist/5skDF6l3ZmGUlDkiQBNlk1?si=2JNEyKmKS2erJzwF1TkCvA

Curiosidade

cu-ri-o-si-da-de

s.f (substantivo feminino)

1. Qualidade do que é curioso.

2. Vontade de ver, de conhecer: satisfazer sua curiosidade.

3. Desejo de conhecer dos segredos, dos negócios alheios; indiscrição: sua curiosidade foi castigada.

4. Gosto, paixão por coisas raras, originais.

A minha surpresa, posso garantir que me ajuda a criar um aspecto ainda mais pálido e inconsistente, dando um passo para trás. Evito o quanto consigo, entrar em um confronto com o físico próximo ao daquela mulher que me olha feito um réptil perigoso. Eu lembro de a ver em outra ocasião meses atrás, mas definitivamente, agora ela parece exalar a aura de Satanás, pronta para levar a minha alma. Não gosto disso, não gosto da energia que ela me passa e é sufocante como consigo absorver toda a negatividade expressa corporalmente sem falar uma palavra sequer para mim, apenas com os olhos castanhos maliciosos e cruéis.

Geralmente, minha chefe exala a aura astuta e agressiva quando se tratava de mim, mas não era algo próximo a ódio. Se algum dia, eu achei que Karla Camila Cabello me olhou com ódio, não sabia do que estava falando. Dominic, no entanto, expressa um ódio irracional por mim que não me aproximo a entender. Os olhos dela, não são atraentes e não existe nada que atrairia uma pessoa sã. Isso me faz questionar como Camila conseguiu se apaixonar por essa mulher e então entrar em um relacionamento visivelmente problemático e perseguidor.

Dominic Fuhler é inegavelmente linda em sua aparência física, mas é só. Qualquer outra coisa boa, meus instintos dizem que para por aí e não tem nada mais. Eu odiaria me aventurar em aprofundar nos sentimentos daquela mulher.

— O novo bichinho de estimação da Camila. – A voz arrogante e calma de Dominic soou aos meus ouvidos. E vale uma comparação simples: não é o mesmo tipo arrogância e calmaria de Karla Camila.

De alguma forma, qualquer em Camila ficava bom o suficiente para ser ignorado quando se comparava com a ex-esposa dela. E isso me faz pensar que a editora-chefe da Vogue é quase boa demais para uma mulher daquelas, por mais bonita que fosse. Às vezes, um rosto bonito não vale a dor de cabeça que é capaz de trazer. O pensamento me faz soltar um sorriso cansado e irônico.

Justo ela.

— Senhora Fuhler. – Cumprimento em voz baixa, tentando ser educada, mesmo que não goste nada de ser chamada daquela forma.

— É Cabello! Você sabe, eu sou esposa da sua chefe. – Dominic comprime os lábios carnudos, contendo a irritação óbvia por eu a chamar pelo nome de solteira.

Faço a melhor coisa que sei fazer na minha vida. Falo demais e sem freios.

— A não ser que eu esteja errada, você está prestes a assinar um divórcio. E extra oficialmente não está mais casada com a minha chefe, senhora Fuhler. – Dou-lhe meu melhor sorriso sarcástico e puxo meus cabelos para formar um rabo de cavalo desleixado quando começou a esquentar demais.

E ela me olha novamente dos pés à cabeça, com um desprezo que me deixa envergonhada.

— Camila está só confusa, ela vai voltar atrás. – Dominic parece extremamente confiante disso, o que me faz desviar os olhos para qualquer canto que não fosse ela. Então me recordo que não sei absolutamente nada da vida de Camila ou do seu casamento, não importando o quão problemático me soa aquela frase. — Desista, menina! Camila teria vergonha de se envolver com alguém como você.

O Diabo veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora