#Conto002

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Olar! Depois de muito tempo... Se vocês quiserem mais contos como esse, deem fav e comentem. E ah, eu aceito sugestões de contos, circunstâncias que desejam saber. Podem falar. Aproveitem e até... não sei quando. Boa leitura! 

#Conto002

Benjamin agora tem seus belos e recém completos três anos de idade. Ele é fisicamente parecido comigo, mas nos últimos dias, Lauren tem se preocupado em excesso quanto ao desenvolvimento do nosso único filhinho. Ela pisa em ovos ao tentar me dizer que talvez deveríamos visitar um especialista infantil sobre alguns momentos de surtos em interação social que ele não queria ver ninguém. Mesmo os avós, foi uma verdadeira guerra para ele conseguir se acostumar.

Por meses, eu tento tranquilizar Lauren de que talvez ele tenha puxado o meu pior traço de personalidade, que é o meu tratamento com as pessoas que as faziam me enxergar como excessivamente rude ou mesmo ser mal interpretada com frequência. Ben é um bebê, ele não precisa se preocupar com nada disso agora.

— Amor? – Lauren me chama, enquanto eu coloco meu filho em seu berço depois de mamar. Não o desmamei totalmente ainda; ele toma leite materno e tem uma boa introdução alimentar. Não deixo ele comer doces por recomendação do pediatra.

— No quarto do Ben. – Eu falei em um tom um pouco mais alto, sabendo que ele não iria acordar. Escuto os passos, e vejo Lauren entrar com sua bolsa nas mãos. Ela acabou de chegar do trabalho. Um dos raros dias que ela chega tarde, e eu o suficientemente cedo para evitar Benjamin de ter uma crise de birra porque não quer que a babá dê banho nele. — Boa noite, meu doce.

— Boa noite! Desculpa ter chegado tão tarde. Peguei a cobertura de um caso complicado. – Ela suspirou, cansada.

Bem, minha esposa se torna cada vez mais bonita com o passar dos anos. Meu desejo por ela não esfriou, ainda que não consiga acompanhá-la totalmente em seu descontrole sexual. Eu observo-a enquanto Lauren se abaixa e dá um beijo carinhoso na testa do nosso filho.

— Eu não ganho um beijo, senhora Cabello? – Eu pergunto com seriedade. Lauren, no entanto, abre seu sorriso esplendoroso e caloroso para mim quando me puxa pela cintura e selou nossos lábios em um beijo quase muito rápido para me satisfazer.

— Ele teve dificuldade para dormir de novo? – Lauren perguntou.

— Vamos falar sobre isso lá fora. – Eu digo, prevendo o que viria a seguir. Ligo a babá eletrônica e deixo a porta entreaberta.

Nossas três filhas mais velhas já estavam dormindo. Talvez, as únicas pessoas que conseguiam lidar com Benjamin, mas ainda assim, ele estava sendo ensinado que se queria brincar com suas irmãs, ele tinha que permitir que elas pegassem seus brinquedos emprestados. Sentamos no sofá de nossa sala.

— Amor, eu sei que você não vê nada além de um comportamento comum de criança, mas está sendo teimosa – Lauren tenta me dizer, e eu assenti com a cabeça.

— Sinceramente, eu não vejo problema porque eu sou igual, e sou adulta. Claro, hoje em dia eu consigo discernir que não posso deixar de comer manga porque tenho nojo da textura, ao contrário de Benjamin. Você vê problema em mim? – A pergunta é séria, mas Lauren prende a risada quando ergue a mão e mostra um sinal com o polegar e o indicador de que via um pouquinho de problema em mim. Eu dou um tapa em seu braço.

Faz tantos anos, e eu ainda me pergunto como eu me apaixonei por ela.

— Okay! Desculpa, para de me olhar como se quisesse me jogar para lobos – Ela ergue as mãos e suspirou dramaticamente — Tudo bem! Benjamin te puxou totalmente na personalidade, mas não custa consultar um especialista infantil? Talvez tenha formas melhores, alguns conselhos sobre como lidar com o sono do Ben. Ele é um bebê, mas não dorme tão bem e é sensível além do comum.

O Diabo veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora