Souls and Smiles

Risos e Terra

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Seu coração estava acelerado, pensava e pensava se sua decisão era boa, estava um pouco inseguro em relação á sua decisão de mostrar o estúdio para o trio da fofoca. Naquele instante caminhava com as três pelo corredor em direção ao cômodo após o café da manhã, do qual não conseguiu comer em paz graças a Kaigaku e Tengen olhando para ele de soslaio. "Não sei quem eu daria um soco primeiro, sinceramente, dois imbecis", reclamou o ômega em sua mente.

- Zeni-chan, você vai amar quando for lá pra a nossa casa no sul, tem uma fonte termal com serviço de massagem e dão comida de graça!!- Suma tagarelava contente sobre a casa de seu pai, o irmão mais velho de Kenji, casa essa em que as três cresceram, no sul do império.

- Durante o final da primavera o vilarejo faz uma comemoração, agradeçendo os deuses pela colheita. É muito divertido participar dos jogos.- Makio complementou.

Quando finalmente pararam em frente a porta do tão falado estúdio, Zenitsu se virou para o trio com nervosismo evidente, respirou fundo antes de explicar do que se tratava.

- Aqui é meu estúdio, é onde eu passo a maior parte do meu tempo livre. Bem, espero que vocês gostem. - Dito isso, abriu a porta e entrou com as três logo em seu encalço.

O silêncio que predominou entre os quatro foi estranho, Zenitsu não se atreveu a olhar para o rosto das mulheres enquanto o silencio gritava daquela forma assustadora para seus ouvidos aguçados. Suma, Makio e Hinatsuru estavam com a boca levemente aberta, os olhos arregalados varrendo todo o cômodo e se iluminando com o que viam. Zenitsu havia pendurado no teto, com linhas, diversos quadros coloridos, nas paredes também estavam expostos, alguns preto e branco estavam encostado em fileira na parede esquerda, os menores estavam devidamente enfileirados em prateleiras na parede direita.

Além da organização dos quadros ser bem organizada e artírtica, as pinturas também faziam as três soltarem suspiros admirados. Pinturas de rostos parcialmente cobertos por flores, borboletas, folhas e galhos, pinturas de mãos pálidas envoltas em panos e sangue, olhos vividos com os cílios congelados, ou chorando tinta preta.

- Caramba!- Makio se manifestou primeiro enquanto caminhava em direção a um quadro em especifico. - Zenitsu, você é um artista incrível. - O ômega suspirou de alívio diante da reação positiva.

- Olha essa aqui, parece com você Suma.- Hinatsuru apontou para a pintura de uma morena cujo os olhos estavam cobertos de flores amarelas e azuis.

- Tengen teve uma sorte sem tamanho de ter encontrado você.- Suma comentou analisando com animação uma pintura de duas pernas com hematomas, cuja as panturrilhas se desfaziam em libélulas esverdeadas com gotas de sangue pintando sob um fundo salmão.

Zenitsu sentiu suas bochechas esquentarem com o comentário, sempre pensou que o sortudo da história era ele, por finalmente ter encontrado alguém que não o rejeitou, na verdade, não sabia ao certo se teria confiança o suficiente para mostrar suas artes para Tengen algum dia. Os quatro passaram bons minutos lá, Zenitsu serviu chá e biscoitos de nata que havia feito durante a madrugada, quando ficou sem sono.

Quando era duas da tarde, Zenitsu estava no jardim ajudando Murata, o jardineiro, a cuidar nas orquídeas vermelhas que estavam crescendo no lugar menos proprício, suas calças e suas mãos estavam sujas de terra, mas não se importava muito com isso. Zenitsu já estava acostumado com jardinagem, a maioria das flores do jardim da propriedade foram plantadas por ele, se lembrava bem da vez que Inosuke pisou nas violetas, apenas para irritá-lo, e ganhou um chute tão forte na canela que precisou passar o resto do dia sentado. O ômega estava tão distraído ao lado de Murata que nem sequer notou a aproximação do alfa platinado.