I - "Isabelly"

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(Annecy, França, 1830).

O dia se iniciava com o clarão do sol, iluminando tudo à sua volta. Isabelly estava se alongando e se preparando para tomar seu chá, depois de tanta insistência de sua mãe. E também, logo depois de arrumar sua cama.

A morena de olhos azulados, amava e odiava, ao mesmo tempo, acordar cedo. Ela mesma se considerava preguiçosa. Seu cabelo estava em estado de bagunça, fazendo a menina se levantar e caminhar até sua penteadeira, pegando sua escova e arrumando seus lindos cabelos castanhos claros.

Minutos depois, ela tira sua longa camisola modelo antiga, e caminha até seu provador. Pegando seu Corset e o colocando, logo em seguida. Depois de vestir-se com seu vestido camponês verde, junto com sua Chemise branca de mangas longas, por baixo do mesmo, e após calçar suas botas de couro fino, exaltando seu belo corpo, ela dá alguns passos até o seu espelho, e se observa, fazendo uma cara de satisfeita. A mestiça era linda e graciosa, mas não ligava muito para seu físico. Pensava a todo tempo, que muitos usam a beleza de fora para enganarem conforme suas vaidades.

 Pensava a todo tempo, que muitos usam a beleza de fora para enganarem conforme suas vaidades

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(Vestido de Isabelly)

[...]

Depois de vestir-se e fizera suas higienes pessoais, sua mãe a chamava para descer, e assim, ela a obedeceu. Se encontrando com a mais velha, Isabelly dá um singelo beijo em sua bochecha, lhe desejando um bom dia. A mais velha, logo desejou o mesmo.

— Filha, podes ir ao centro comprar maçãs para mim? — Pede com educação, enquanto a filha se alonga, mais uma vez. — Estava pensando em fazer uma torta.

— Ah, sim. Alguma ocasião especial? — Pergunta.

— Não, não. Só estava a pensar que faz tempos que não nos alimentamos de uma sobremesa tão familiar. — Ela comenta dando risadinhas fracas.

— Claro, mamãe. Só irei beber este delicioso chá, preparado pela senhora. — Aceita com um sorriso.

— Agradeço, minha querida. — Sorri. — Mas antes, quero lhe dizer uma coisa...

— Podes dizer.

— Minha filha, você sabe que os tempos estão mudando...Eu não irei ficar nesta terra para sempre. — Sua mãe comenta, sendo interrompida.

— Que horror, mãe! Não fale estas baboseiras! Ainda mais neste horário da manhã. — A repreende. — Estou a estranhando. Não é a primeira vez que a senhora entra neste assunto... — Diz, a olhando com medo e repreensão.

— Mas esta é a verdade, Isabelly. Por isso, tendes que entender. — Suspira. — E estou lhe preparando. Pois sabes que minha saúde, também não é uma das melhores.

— Mas por que a senhora disse algo tão terrível assim, do nada? — Pergunta, terminando de tomar seu chá. — E sobre sua saúde, o médico havia dito que a senhora estava se recuperando.

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