XIV - "Noite de declarações"

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"Querida, Isabelly.

Como está a senhorita mais brava e encantadora deste mundo?

Digo isso, porque tu és complicada, viu?

Me conte, sua mãe está bem? A minha mãe está? Quero saber de tudo o que acontece por aí. Provavelmente, você deve estar ansiosa por esta carta, até porquê, o correio demora uns mil anos para entregar todas.

Recentemente, recebi uma carta do primeiro ministro, avisando que o povo está começando a fazer uma revolta contra a monarquia. Sinceramente? Se fosse por mim, eu iria me livrar logo de todo esse peso e responsabilidade. Não que eu esteja desprezando meu povo. Eu amo a cada um deles. Mas, você sabe...Ser um príncipe, não é tão fácil. Todavia, se eu tenho que me sacrificar, para manter meu povo seguro, assim eu farei.

Estou com medo desses protestos, virarem uma rebelião, fazendo as pessoas tentarem atacar meus pais, ou até a mim. Vou pensar em algo para ajudar também.

Mudando de contexto, quando sua carta chegou, meus amigos: Betty e Edward, descobriram sobre você. Estão doidos para lhe conhecer, principalmente, a Betty.

Estou com saudades de te irritar, e conversar contigo no lugar secreto. Mal posso esperar, para vê-la novamente.

E eu a entendo...Porque também estou com saudades tuas.

Muitas saudades...

Nos veremos em breve, e estou ansioso por isso.

Carinhosamente,
Philip Walther".

Isabelly lia a carta com um sorriso no rosto. Já haviam se passado um mês e quinze dias, desde que não via Philip. Isso a deixava agoniada, de uma forma. Primeiro, pois sua mãe tinha dito algo no dia anterior, que lhe deixou com a cabeça explodindo:

"Disse a mesma coisa no quesito de não se apaixonar e já está apaixonada pelo príncipe."

Será que ela nutria sentimentos pelo garoto? Ela não sabia. Afinal, jamais tinha se apaixonado por alguém, antes. Como era a sensação de estar apaixonada? Não sabia.

[...]

Sua mãe estava dormindo, e Isabelly se encontrava sentada, bem a beira do lago, no quintal de sua casa. Pensava em Philip, e seu corpo começara a agir de maneira estranha. Assim como agia, quando estava perto do príncipe.

— Eu não posso me apaixonar por ele...Não posso! —Reclama sozinha.

Assim que terminou de falar consigo mesma, pôde-se ouvir um barulho estranho vindo da mata. Uma coisa que era incomum por ali, no período da tarde. Quando se levantou para olhar bem para a floresta, aquela sensação ruim que sentira antes, tipo um pressentimento de que algo terrível aconteceria, retornara em seus pensamentos.

Uma dor no peito surgira, e o medo se instalava por dentro dela. E a floresta, era um desses motivos de medo.

Percebendo que o misterioso barulho, não tinha acontecido mais, decidiu voltar para dentro de sua casa. Estava de tardezinha, mas não significaria, que não seria perigoso estar sozinha no gramado.

 Estava de tardezinha, mas não significaria, que não seria perigoso estar sozinha no gramado

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