IV - "Encanto"

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E lá estava o estimado príncipe, caminhando em direção ao seu cavalo, que se encontrava junto com seus guardas. Entretanto, sua mente se ocupava com os pensamentos sobre a jovem moça que encontrara minutos atrás.

Nunca tinha sido tão "pisoteado" por uma mulher. Provavelmente, a senhorita não sabia de seu título. Afinal, o tratou de uma forma desconhecidamente diferente. Mas então, se a bela moça havia agido de forma feroz e rude, por quê o príncipe se apresentava...Feliz?

Tentou tirar a jovem de seus pensamentos, voltando à realidade e pegando seu cavalo, para voltar ao palácio. E quando o garoto chega ao local, ele vai ao estábulo real, e desce do animal.

[...]

Estava indo em direção ao seu quarto, quando sua mãe o chama da biblioteca. Ele vai de encontro com a mulher, e pergunta:

— Algum problema, minha mãe?

— Somente fui alertada de que meu filho estava em seu lugar favorito, com uma adorável jovem. — Comenta sorrindo.

— O que? — Pergunta surpreso.Como a senhora soube disto?

— Meu filho, temos guardas reais para exatamente isso. — Responde, guardando seu livro. — Mas isso não é o importante agora. Quero saber quem é ela, e de onde é.

— Que horror, mãe. Eu só conversei com a senhorita. Não houve nada demais. — Retruca com as bochechas coradas.

— Em nenhum momento, até agora, tinha lhe visto conversando com mulher alguma. Exceto sua governanta, ou nossas empregadas. Todavia, mesmo assim, conversa somente com elas para mandar ordens de serviço. — Responde. — Como ela era? — Pergunta intrigada.

A senhora deveria estar se aprontando, mamãe. Afinal, mais tarde não iremos ao centro do vilarejo? — Muda de assunto.

— Não tente fugir de minha pergunta. Como ela era? — Pergunta novamente, entusiasmada.

O menino suspira, e esboça um sorriso, lembrando-se da moça.

— Ela não é como as donzelas que tentam me bajular, ou ficar em cima de mim, querendo um romance, ou algo do tipo...Na verdade, ela mal me conhecia, e não sabia que sou um príncipe. — Diz, se relembrando de Isabelly.

— Ela deve ser uma camponesa, ou estrangeira. — Sua mãe supõe.

— Provavelmente.

— Mas, e então? Ela disse-lhe algo desrespeitoso?

— Oh, não. Mas ela tinha um gênio forte, eu diria. Respondona, não liga para o que pensam sobre ela, e com certeza, uma mulher difícil. — Sorri ao lembrar-se dos foras que recebera da mais jovem.

A rainha percebendo o comportamento do filho, faz com que um belo sorriso encantado, transparecesse em seu rosto. Philip falava com um tom quase apaixonado pela menina. Porém, não poderia existir amor à primeira vista, certo?

Mas com certeza, ver o filho sorrir ao falar de uma mulher, era novidade. Ele apenas comentava sobre assuntos da realeza. E mesmo assim, não se encontrava o ânimo que o rapaz estava tendo, ao falar de Isabelly, quando o assunto era sobre seu título e posicionamento real.

— E qual era o nome da jovem?

— Isabelly. — Responde, ainda com um sorriso.

— Olha, se eu não lhe conhecesse, diria que se encantou pela moça, mesmo a conhecendo somente em um dia. — Retruca, brincando com o filho.

— Como?! — Exclama surpreso e com as bochechas coradas. — Por favor, mãe! Não diga estas besteiras.

— Estou brincando, filho. — Ri. — Ela é bonita?

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