E lá estava o estimado príncipe, caminhando em direção ao seu cavalo, que se encontrava junto com seus guardas. Entretanto, sua mente se ocupava com os pensamentos sobre a jovem moça que encontrara minutos atrás.
Nunca tinha sido tão "pisoteado" por uma mulher. Provavelmente, a senhorita não sabia de seu título. Afinal, o tratou de uma forma desconhecidamente diferente. Mas então, se a bela moça havia agido de forma feroz e rude, por quê o príncipe se apresentava...Feliz?
Tentou tirar a jovem de seus pensamentos, voltando à realidade e pegando seu cavalo, para voltar ao palácio. E quando o garoto chega ao local, ele vai ao estábulo real, e desce do animal.
[...]
Estava indo em direção ao seu quarto, quando sua mãe o chama da biblioteca. Ele vai de encontro com a mulher, e pergunta:
— Algum problema, minha mãe?
— Somente fui alertada de que meu filho estava em seu lugar favorito, com uma adorável jovem. — Comenta sorrindo.
— O que? — Pergunta surpreso. — Como a senhora soube disto?
— Meu filho, temos guardas reais para exatamente isso. — Responde, guardando seu livro. — Mas isso não é o importante agora. Quero saber quem é ela, e de onde é.
— Que horror, mãe. Eu só conversei com a senhorita. Não houve nada demais. — Retruca com as bochechas coradas.
— Em nenhum momento, até agora, tinha lhe visto conversando com mulher alguma. Exceto sua governanta, ou nossas empregadas. Todavia, mesmo assim, conversa somente com elas para mandar ordens de serviço. — Responde. — Como ela era? — Pergunta intrigada.
— A senhora deveria estar se aprontando, mamãe. Afinal, mais tarde não iremos ao centro do vilarejo? — Muda de assunto.
— Não tente fugir de minha pergunta. Como ela era? — Pergunta novamente, entusiasmada.
O menino suspira, e esboça um sorriso, lembrando-se da moça.
— Ela não é como as donzelas que tentam me bajular, ou ficar em cima de mim, querendo um romance, ou algo do tipo...Na verdade, ela mal me conhecia, e não sabia que sou um príncipe. — Diz, se relembrando de Isabelly.
— Ela deve ser uma camponesa, ou estrangeira. — Sua mãe supõe.
— Provavelmente.
— Mas, e então? Ela disse-lhe algo desrespeitoso?
— Oh, não. Mas ela tinha um gênio forte, eu diria. Respondona, não liga para o que pensam sobre ela, e com certeza, uma mulher difícil. — Sorri ao lembrar-se dos foras que recebera da mais jovem.
A rainha percebendo o comportamento do filho, faz com que um belo sorriso encantado, transparecesse em seu rosto. Philip falava com um tom quase apaixonado pela menina. Porém, não poderia existir amor à primeira vista, certo?
Mas com certeza, ver o filho sorrir ao falar de uma mulher, era novidade. Ele apenas comentava sobre assuntos da realeza. E mesmo assim, não se encontrava o ânimo que o rapaz estava tendo, ao falar de Isabelly, quando o assunto era sobre seu título e posicionamento real.
— E qual era o nome da jovem?
— Isabelly. — Responde, ainda com um sorriso.
— Olha, se eu não lhe conhecesse, diria que se encantou pela moça, mesmo a conhecendo somente em um dia. — Retruca, brincando com o filho.
— Como?! — Exclama surpreso e com as bochechas coradas. — Por favor, mãe! Não diga estas besteiras.
— Estou brincando, filho. — Ri. — Ela é bonita?
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A Menina e o Príncipe
RomanceIsabelly Raymond é a menina mais bela da aldeia de Annecy (França). Com apenas vinte anos, ela busca ser uma mulher forte e destemida, assim como sua mãe. Porém, por sua beleza e seu temperamento forte, os jovens mais cobiçados do pequeno vilarejo...