X - "Pessoa inesperada".

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Com Isabelly...

— Queres me contar o que acabou de acontecer aqui? — Sua mãe pergunta, dando um sorriso travesso.

— O príncipe estava aqui. Isso aconteceu. — Retruca para a mais velha, e sai andando para dentro de casa.

— Oras, nem venha me respondendo desta maneira! — Reclama, sentando em sua poltrona.

— Mas foi isto que acabou de acontecer, mamãe.

— Sim. Só que, senti rubores em suas bochechas e troca de olhares intensas, entre você e o príncipe.

— Mamãe! Pare de dizer besteiras! — A repreende, gaguejando.

— Se é besteira, então por quê estás corada e nervosa? — Pergunta sorrindo.

— Porque a senhora está me deixando constrangida, com suas imaginações! — Mente. — Eu e o príncipe Philip, somos apenas amigos.

— Tudo bem... — Cruza os braços, sorrindo. — Mas podeis me contar, como foi seu dia no palácio?

— Foi bom.

— Apenas isso?

— Sim.

— E a rainha? Como ela está? — Pergunta, ajeitando seus cabelos.

— Está muito bem. Ela não a enviou uma carta?

— Sim. Porém, não dá para saber como a pessoa está, apenas lendo um simples telegrama. — Retruca. — Que bom que ela está bem. E aliás, ela me chamou para um chá em seu palácio, amanhã.

— Mas, mãe, amanhã seria nosso piquenique... — A responde entristecida. Por não saber de suas novas emoções, ela não queria se encontrar com o príncipe.

— Podemos marcar outro dia, querida. Afinal, faz anos que não vejo minha bela amiga, Clarisse. — Sorri, ao se lembrar da rainha.

— Ah... — Suspira triste. — A senhora pode ir.

— Nada disso. Você também irá me acompanhar. — Ordena.

— Mas, mãe-

— "Mas", nada. — A interrompe. — Filha, saia dessa bolha que você está. Só vive dentro de casa, lendo, sem nenhum amigo. As coisas precisam mudar. — Afirma, aconselhando a jovem.

— É que...

— Sim? — A olha curiosa.

— Eu não queria me encontrar com o Philip. — Ela se abre com a mais velha, ganhando um olhar semicerrado da mesma.

— Como?! Ele te fez alguma coisa que tu não contaste-me, Isabelly? — Pergunta ela, surpresa.

— Não! Ele foi um cavalheiro comigo. — Responde.

— Então, por quê age dessa forma? Como se o garoto a tivesse causado algo. — Olha para a menina, e recebe um silêncio como resposta. — Oh... — Percebe, o que de fato, estava acontecendo. — Você está com medo de se apaixonar por ele?

— O que?! — Exclama nervosa e corada. — Claro que não, mãe! Eu não tenho medo de nada! E fora que, eu não sinto nada pelo príncipe, e nunca sentirei algo por ninguém!

— Não direi nada. O tempo dirá para você, filha. — Ela responde de maneira esperançosa. — E depois, não venha dizer-me que eu estava certa.

— Como? — Pergunta sem entender.

— Nada, querida.

— Hum. — Se recompõe. E a história da rainha? Por que nunca, nem sequer, falaste sobre isso para mim? — Pergunta, olhando para sua mãe.

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