— As vezes, a senhorita esquece quem é o mandante aqui... — Brinca, se aproximando da menina.
— Eu nunca esqueço de minha pessoa, Alteza Real. — Entra no seu jogo, sentindo a respiração do garoto próxima ao seu rosto.
— Estás muito sabichona, senhorita Raymond. Acho que irei lhe jogar na masmorra. — Manifesta, sorrindo maliciosamente.
— Me poupe de suas invejas, Philip Walther. Não tenho culpa, se tu és um péssimo detetive. — Esclarece, mordendo seus lábios rapidamente.
Eles não haviam percebido, o quão próximos eles estavam. Bastava três centímetros, e seus lábios poderiam se encostar. E também, Isabelly não notara que, assim quando ela mordeu seus lábios, Philip sentiu seu corpo estremecer. Ela estava o provocando? Ou era inocente em perceber, que ele se sentia nervoso perto dela?
Estava quase...Muito perto...
— Philip! Temos novi-
Com o grito de Edward, eles se separam rapidamente, muito envergonhados. Já o mais velho dos príncipes, os olhava com um certo tipo de provocação.
— Perdoem-me interromper-vos...Não sabia que o clima estava bem abochornado. — Quase puderam ver uma risada maliciosa do rapaz. Entretanto, estavam tão envergonhados, que nem sabiam o que podiam fazer.
— Ham... — Philip limpa a garganta em sinal de nervosismo, e se distancia da mestiça. — O que queria me contar? E espere, como sabia que me encontrava aqui? — O interroga seriamente.
— O procurei em todos os lugares. Portanto, lembrei-me que o senhor gosta deste ambiente. — Se refere ao local educativo.
— Compreendo.
— De qualquer maneira, eu o encontrei. E pelo visto, bem acompanhado. — Edward os expõe em um modo afrontoso, os vendo esboçar rubores nas bochechas de ambos.
— Me fale logo! — Levanta sua voz, estando impaciente.
— Enfim, os investigadores descobriram que no baile, foi confirmada a presença de alguém que não estava na lista. Agora, quem? Não sabem dizer ainda. — Edward descreve com atenção, o que lhe fora dito pelos responsáveis da investigação.
— Bem...Espero que descubram o mais rápido possível. Por isso, não quero que ninguém descanse, até descobrir o responsável. — Qualquer um notara a expressão de raiva nas feições de Philip, quando ordenava para que seu amigo, dissesse aquelas mesmas palavras para os oficiais.
— Ah...Sim, Alteza. — Edward o observava perplexo.
— Então, Edward, temos novidades também. — Isabelly se coloca na frente de Phillip, tomando a atenção dos dois amigos. — Olhe para a vidraça ao meio. — Aponta.
Logo depois de ter reparado, ninguém jamais teria visto uma cara tão gélida, quanto a de Edward. Ele estava surpreso quando viu a mancha de sangue.
— Mas que-
— Cuidado com que tu dizes, Edward. — Seu amigo o repreende, fazendo uma careta.
— Hum...Então, como iremos desvendar de quem seria o culpado? Uma mancha de sangue, não iria ajudar muito.
— Nada mais justo, do que avisar aos seus pais, Philip. — Assim que termina de falar, os dois garotos a olham pensativos.
— Uma boa. Porém, não sabemos se haveria possibilidade de confiar nas autoridades. Quero dizer, nos pais de Philip, claro que confiamos. Mas na polícia? — Ele pergunta desconfiado, coçando a nuca.
— Pensando por esse lado, realmente faz sentido. Mas de qualquer forma, uma mancha dessas não passaria despercebido entre qualquer um que chegasse perto. — Isabelly junta seus livros investigativos, e caminha até a prateleira para devolvê-los ao seu lugar.
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A Menina e o Príncipe
RomansaIsabelly Raymond é a menina mais bela da aldeia de Annecy (França). Com apenas vinte anos, ela busca ser uma mulher forte e destemida, assim como sua mãe. Porém, por sua beleza e seu temperamento forte, os jovens mais cobiçados do pequeno vilarejo...