Chegou o momento em que a família real, visitara ao centro de Annecy. Isabelly e sua mãe, estavam na calçada, esperando o tal momento. Na verdade, me atrevo a dizer, que somente sua mãe, estava ansiosa para ver a realeza. Já a mestiça, Isabelly, se encontrava entediada e bastante irritada. Porque, naquela tarde, o sol já estava incomodando seu corpo. Chegou até a dizer para sua mãe, que iria para o orfanato, que habitava a pequena Emily. Como sua mãe conhecia bem a cidade, a permitiu ir. Por fim, disse-lhe que logo iria ao seu encontro.
[...]
Estando já em frente ao estabelecimento, e agradecendo aos céus por estar em um lugar com uma pouca sombra, lá estava a morena. Com os braços cruzados e sem paciência, ela pensava que, talvez, a realeza tenha desistido de encontrar todos ali. Já que estavam demorando muito.
Enquanto pensava, ouvira uma voz afeminada e bela. Era Emily, chamando seu nome. Quando a morena viu a criança, não deixou de sorrir, e foi correndo em direção à pequena. A abraçou, e viu outras meninas, acreditando serem amigas de Emily.
— Olá, minha querida! Que saudades. — Saúda, se desfazendo do longo abraço.
— Eu senti muito a sua falta também. — Responde a pequena, sorrindo — Aonde estou, é muito bom. As senhoras que me cuidam, são amáveis. Exceto as bastardas das meninas da minha sala. — Cruza os braços, fazendo uma cara irritada.
Com o comentário de Emily, Isabelly ri das expressões da criança. Ela era formidável. E a mais velha, se identificava com ela, pois ambas as duas, tinham uma personalidade firme.
— Como será a tão esperada, família real?— A mais nova pergunta.
— Não sei. Eu nunca os vi. Mas vamos ver o que eles têm para nos dizer hoje. — Isabelly a responde.
— Irei ficar com minha amiga, Adelayde. Até logo, Isa! — Se despede, dando outro abraço na mestiça. — Quando tivermos mais tempo, podemos conversar, por favor? — A pequena faz um biquinho em seus lábios, e pergunta com uma voz mais fina.
— Claro, Emily! — A responde sorrindo e apertando uma das bochechas da mais jovem. — Até mais, minha querida.
A menininha corre em direção à sua amiga. E tempos depois, Isabelly fica batendo o pé, impaciente, porque não iria aguentar ficar muito tempo, esperando um bando de esnobes e riquinhos. Obviamente não falaria isso ao público, pois, se não, estaria morta. Porém, seus pensamentos é que falam por si.
[...]
Uma música estranha havia começado a soar no centro. As pessoas iam gritando feito loucas, e isso foi o suficiente para deixar a jovem curiosa. E com certeza, ela pensara que teria umas dores nos ouvidos futuramente, graças aos prantos da população.
Uma carruagem branca, com detalhes em ouro puro, havia chegado e parado bem em frente a fonte que ela tanto amava. Um homem com um cabelo branco e um pouco exagerado, desce de seu cavalo, que estava conduzindo a carruagem. E assim, ele abre a porta da mesma.
Uma elegante mulher branca de cabelos lisos castanhos escuros e olhos azuis, com um vestido rosa, muito luxuoso, aparece e desce do 'veículo'. Não só ela, como também, um homem de cabelos pretos meio grisalhos, com um uniforme real e chique, também aparece. Fazendo assim, o público que estava ao redor, pular e gritar de uma forma mais que exagerada.
Isabelly logo havia matado a charada: Eram os reis. Ela não podia deixar de admitir, que os dois eram muito bonitos e elegantes. Mas sua feição de admiração acabou, quando viu uma outra figura, descendo da carruagem. E não era uma pessoa desconhecida. Era Philip. O garoto com que ela havia se encontrado, mais cedo.
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A Menina e o Príncipe
RomanceIsabelly Raymond é a menina mais bela da aldeia de Annecy (França). Com apenas vinte anos, ela busca ser uma mulher forte e destemida, assim como sua mãe. Porém, por sua beleza e seu temperamento forte, os jovens mais cobiçados do pequeno vilarejo...