INCÔMODO...

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Boa noite gente, capítulo mais curtinho pra vocês não ficarem sem nada. Me perdoem, os dias estão corridos não consegui estender muito esse capítulo mas, prometo tentar voltar na sexta-feira ok? VOTEM, COMENTEM MUITOOOOO (tô amando os comentários de vocês e isso tá me motivando a voltar mais rápido, obrigada). 

Aproveitem, beijos e até a próxima.

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O silêncio se instaurou naquele carro e a viagem que já era longa parecia ficar mais longa ainda. A falta das palavras de Rosamaria mesmo que fossem pra me xingar, me faziam falta, foi daí que eu comecei a perceber o tamanho da importância que uma frase dela por mais curta que fosse, fazia tanta diferença pra mim. Ficamos entre a música e a respiração pesada sem dirigir uma palavra a outra até chegar na capital, Rio de Janeiro, aeroporto de Santos Dumont.

ROSAMARIA MONTIBELLER ON

Parecia obra do destino, daqueles bem sem graça por sinal. Que fazia de tudo pra pegar peça na gente e ver até onde vai, só que dessa vez não tinha graça, não quando se tratava de Caroline Gattaz. Por incrível que pareça eu e Caroline pegaríamos o mesmo voo, visto que estávamos indo pro mesmo lugar. Fui fazer meu check-in junto dela e ali ficamos naquela fila imensa. Como eu adorava esperar. E esperar com a Carol num completo silêncio quando tudo o que eu mais queria era fugir dela, eu amava ainda mais.

Gattaz: você volta segunda-feira? –tentou quebrar o gelo-

Rosamaria: quando começa os treinos novamente?

Gattaz: segunda –ela respondeu e eu fiz uma cara óbvia de que ela mesma havia respondido sua própria pergunta- posso pedir pra você ter juízo?

Rosamaria: eu tenho de sobra Caroline –olhei pra ela-

Gattaz: Você pode até ter mas sua amiguinha destrambelhada vulgo Naiane não tem 1% -me encarou e continuou falando- e já que é pra ser sincera eu não confio nela.

Rosamaria: que bom que ela não é sua amiga né? –sorri sarcástica- vamos perder o voo anda logo –sai puxando minha mala em direção ao portão de embarque-

Gattaz: te encontro aqui segunda-feira pra voltarmos juntas pra Saquarema?

Rosamaria: sim -respondi-

Gattaz: boa viagem Rosa, aproveita. –beijou minha testa- se cuida.

Rosamaria: Obrigada, se cuida também. –sorri de canto-

Dali da porta do embarque entramos juntas e logo na porta do avião nos separamos cada uma indo procurar o teu assento, respirei fundo aliviada por não ter que viajar amarrada do lado da Gattaz, era tudo o que eu menos queria agora. Os próximos 90 minutos de voo serviram pra absolutamente nada a não ser ficar pensando em como minha vida consegue dar um 360° quando se trata da Gattaz. Pode tudo estar em completa ordem, mas é ela se aproximar que o mundo vira de cabeça pra baixo e me força a ser com ela uma pessoa que normalmente eu não sou com ninguém. Uma pessoa livre. Coloquei meus fones de ouvido dando uma certificada ao meu redor e nem sinal dela perto de mim, pude relaxar com calma. Não deu tempo nem de respirar direito e senti o avião pousando, havíamos chegado em São Paulo, tentei dar um jeito de ser uma das primeiras a descer pra não ter que cruzar com a Carol, e no primeiro corredor estava ela ali esperando alguém de boa vontade dar passagem pra ela poder sair também. Parei na intenção dela entrar na minha frente e assim ela fez. Descemos do avião indo direto pro desembarque e ali eu tive a pior cena da minha vida, a tão falada novinha da Gattaz tinha ido buscá-la. Senti uma lágrima tentar sair quando vi a cena de Gattaz abraçando ela e dando um beijo em sua bochecha. Passei por trás das duas encarando Gattaz que me olhava e ela percebeu meu rosto vermelho queimando de ódio daquela cena ridícula. Logo em frente encontrei Naiane que me abraçou com força me tirando do chão.

Naiane: que saudades de você -beijou meu rosto-

Rosamaria: morrendo de saudades -sorri-

Naiane: uai a Gattaz veio com você? –falou apontado e eu segurei a mão dela-

Rosamaria: quero que a Gattaz se exploda, bora. –abracei ela de lado puxando a mala pra fora do aeroporto-

CAROL GATTAZ ON

Era incrível como a gente podia se sentir confortável na presença de outra pessoa, e eu conseguia me sentir feliz com a Lara, mas pra isso eu não podia se quer pensar na existência da Rosamaria. Lara era uma recém advogada de 24 anos que morava em São Paulo capital. Em uma das viagens com o Minas para jogos acabei conhecendo ela em um restaurante logo após um contra o Osasco. O pedido de uma foto vindo dela, ocasionou em uma troca de números e logo em seguida em várias noites inteiras trocando mensagem. Em torno de duas semanas nessa coisa de somente conversar por mensagem, vídeo e ligações de áudio ela foi para Belo Horizonte a pedido meu e desde então temos tentado conhecer uma a outra mas, sem títulos e sem pressões.

Assim que me deparei com Lara na porta do desembarque me esperando sabia que aquilo não causaria boas impressões pra nenhuma das partes. Senti o olhar furioso de Rosa queimar a minha pele mas, naquela situação eu nada poderia fazer. Vi ela se afastar junto com a Naiane e ali eu pude pelo menos tentar focar de fato em quem eu vim curtir o fim de semana. Saímos dali indo direto pro carro dela e seguindo para um descanso de mente que com certeza causaria mais cansaço. Lara dirigiu até Ubatuba, litoral norte de São Paulo e ali em uma pousada, curtindo a brisa do mar e somente nós duas na companhia uma da outra, eu tentei descansar, mas minha cabeça estava longe e meu coração então, nem se fala. Curtimos o dia ensolarado na praia e logo a noite fomos jantar tudo exatamente como planejado. Eu de fato não estava ali, o que era pra ser um final de semana de descanso tinha se tornado em um fim de semana de pura preocupação, e ai sim, eu notei que estava envolvendo uma pessoa tão incrível quanto a Lara nos meus problemas com a Rosa. Eu estava aqui com a Lara, mas minha mente e meu coração sabe se lá onde, andando com ela.

Sem muito diálogo deitamos pra dormir mas a mente não apagava, Lara já dormia intensamente do meu lado e eu tinha certeza que ela sabia que tinha algo errado só não me questionava. Resolvi abrir o instagram e tinha milhões de storys nos melhores amigos da Naiane e dali eu sabia que não sairia coisa boa. Eu não havia entrado nas redes sociais desde de manhã em Saquarema então talvez ali eu ia conseguir descobrir como Pink estava, então comecei a assistir. Os primeiros vídeos eram da hora que Rosamaria havia chegado em São Paulo e encontrado com ela, delas se abraçando, da Naiane zoando, até ai tudo ótimo. Logo depois veio os vídeos dos melhores amigos, e pude ver a Rosamaria transtornada de um jeito que eu jamais quis ver ela. Naiane gravava ela em uma festa junto com o então Rafa e mais uma galera. Ele segurava na cintura de Rosa como se realmente tivesse algo com ela e aquilo me incomodava. Depois Naiane postou uma foto bem zoeira tirada por alguém, da rosa segurando no pescoço do Rafa ele com o braço transpassado na cintura dela, eles dando um selinho e Naiane na frente fazendo mão de "vela". Aquilo pra mim foi o estopim do ódio. Fechei o celular até porque os storys já tinha acabado e voltei a prestar atenção no que passava na tv, quando percebi já eram 4:30 da manhã e nada do meu sono aparecer.

The biggest missOnde histórias criam vida. Descubra agora