SOBRECARGA...

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Boa noite amorasss. Antes de vir ai mais um capítulo tenho um assunto com vocês. Nesse tempo e que eu fiquei longe eu iniciei uma fic nova Rosattaz relacionada a medicina, tem Sheibi e Leroit também. Fica a critério de vossas senhorias votar. 

1- Termino The biggest miss primeiro e depois inicio a outra. 

2- Começo a postar já a nova fic (lembrando que será um capítulo por semana, toda sexta-feira)

Decidam ai e me contem o que vocês preferem. E aliás senti muita falta dos comentários de vocês nesse último capítulo. Então comentem, votem, deixem a escritora aqui feliz. Por favorzinho.

Beijos e até a próxima...

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CAROL GATTAZ ON

Se tem uma coisa que eu sou, é fã do silêncio. Se as pessoas começassem a entender o quanto o silêncio é uma resposta por si só, as coisas e o mundo seriam mais fáceis de entender. O silêncio ele dilacera quando o que se necessita é apenas uma palavra. O silêncio esmurra portas, é avassalador e quando não se tem ele ali, palpável, subentende-se a necessidade de interpretar a vida de uma forma mais concreta. Acho que nenhuma palavra por mais firme que fosse, nesse momento explicaria o tamanho da raiva que eu estou da Rosamaria, e por isso o máximo de mim que ela obteria até segunda ordem, é o silêncio. Eu deixei muita coisa engasgada sendo que tive oportunidades de falar, deixei que a opinião das meninas me sucumbisse e me colocasse dentro de uma caixinha cercada de responsabilidades que não cabiam a mim. Eu fui culpada pelos erros que Rosamaria tinha cometido e os que ela viria a cometer. Ninguém nunca se quer parou pra olhar o meu lado, e eu sempre tive que me desdobrar pra não deixar que nada atingisse a Rosa, não que isso fosse um problema pra mim mas, se tornava um quando as indecisões e angústias dela eram meu tormento. Chegamos no aeroporto fui resolver as questões de check-in e Rosamaria foi resolver os problemas dele a respeito de celular, número de telefone e afins. E foi assim, um completo e absoluto silêncio, do hotel ao aeroporto e do aeroporto a Saquarema. Devido alguns atrasos de voo, trânsito, chegamos em cima da hora pro treino. Esperei Rosamaria recolher suas malas, peguei minhas coisas, ativei o alarme do carro e passei por ela subindo rápido para o quarto. Tomei um banho rápido na esperança que a água levasse embora as minhas angústias. Funcionou? Enquanto eu estava de baixo daquela água aparentava que sim mas, foi sair do quarto e dar de cara com a Rosamaria que tudo voltou ao mesmo estado de calamidade. Sem trocar uma palavra, vesti meu uniforme, peguei minhas coisas e fui para o treino. Cheguei na quadra e as meninas estavam lá esperando o preparador físico para iniciar o aquecimento.

Sheilla: cadê a pink?

Gattaz: já trouxe de volta pra casa, querem que eu me torne babá e vigia dela também? –respondi ríspida e entrei pro vestiário sozinha-

Thaísa: Poço da educação –me chamou e eu olhei- vai começar.

Gattaz: tô indo. –fechei meu armário-

Eu não estava pra diálogo e era nítido, eu queria espaço e um minuto de paz. Machucava e me irritava muito o fato da única preocupação de todo mundo ser a Rosa, o que eu sentia, o que eu achava pouco importava desde que quem não saísse ferida fosse a Rosa. Vi a Rosa entrar pelo portão da quadra e se juntar a nós e todo mundo ir pro lado dela, menos a Macris, que sentou do meu lado e disparou a falar.

Macris: eu não concordo com isso –falou enquanto se alongava e eu olhei esperando continuação- é por isso que ela é assim, impulsiva e não muda, ela faz cagada e as meninas passam a mão na cabeça.

Gattaz: você, além de mim é a única que enxerga isso. –bufei- é por isso que tô afastada de todo mundo me irrita ser acusada a todo instante de ser responsável pelos problemas emocionais da Rosa. Todos os problemas dela, são meus. E ainda tenho que ouvir sermão de todo mundo sobre o quanto eu sou insensível quando se trata dela. –revirei o olho-

Macris: Temporada de seleção vai acabar, a gente vai voltar pro Minas e quero ver continuarem responsabilizando você por tudo o que ela faz. Não concordo com isso, você também importa. –me abraçou de lado-

Gattaz: obrigada fada, é bom ter você. –dei um beijo na cabeça dela-

Terminamos o aquecimento, fizemos um rápido exercício na academia e voltamos pra quadra e Zé estava já nos aguardando.

Zé: espero que tenham curtido o final de semana.

Gattaz: nem um pouco –sorri-

Gabi: Gattaz –me repreendeu-

Macris: o final de semana dela foi uma bosta gente, além de vocês passarem a mão na cabeça da Rosa, querem que a Gattaz comece a mentir também? –todo mundo ficou em silêncio- continua Zé.

Zé: formem duplas. –olhou pra mim sem entender-

Macris: vamos Carol –saiu me puxando para o outro lado da quadra-

Gattaz: não precisa comprar briga com as meninas por minha causa vegana, vai se indispor com elas e eu não quero clima chato. –falei-

Macris: não é comprar briga, mas é que não consigo engolir todo mundo querendo ser a rainha da compreensão mas quando se trata de você não pode falar um á diferente que você é a ruim da história. –cruzou os braços-

Gattaz: bem vinda ao meu mundo –ri e abracei ela de lado-

Fizemos todo o treino de bola que o Zé passou pra gente e no final da noite eu estava morta, só queria saber da minha cama. Olhei no relógio e eram 19:15, não havia comido nada desde que cheguei e descansado muito menos. O cansaço não era somente físico, era mental também. Fui uma das últimas a sair da quadra acompanhada da Macris, entramos pra dentro do alojamento e sentamos na sala de TV, somente nós duas e um bocado de ressentimento pra ser posto na mesa. Foi a primeira vez que uma das meninas se permitiu me escutar, me entender, contei o que me magoava o que fui obrigada a escutar e o quanto esse peso sobrecarregava minhas costas e ali ficamos. Me permiti chorar tudo o que não havia chorado, despejei a raiva que me alcançava fazia dias, a vontade de gritar, de exaurir, aniquilar... Eu precisava. Fiquei ali com a Macris até quase meia noite. Pedimos um lanche, comemos, batemos papo, sorrimos e choramos. Ali eu vi que a veganinha realmente era o meu apoio mais sincero naquele momento. A única que se importava com o que eu sentia, a única que estava estendendo a mão pra mim e me apoiando de verdade.

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Não esqueçam do meu biscoito diário, amo vocês.

The biggest missOnde histórias criam vida. Descubra agora