Quem não comentar é sete anos sem att hein.
Beijos até a próxima.
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Carol Gattaz
O incontestável som do relógio despertando todos os dias era sinônimo que havia se passado mais uma noite, o que significava que era menos um dia no calendário pra me manter nesse hospício, eu só não sabia quem era a maluca da história. As manhãs naquele calor de Saquarema se passava quase tão lento quanto os momentos na academia, que diga-se de passagem, era a pior parte de ser uma atleta. Eu sonhei tanto tempo em estar aqui e num estalar de dedos isso virou meu pior pesadelo. Eu consegui perder a amizade da Rosa e automaticamente me afastar de todas as meninas, exceto Macris, em um piscar de olhos. Já fazia alguns dias que aquela confusão da Rosamaria tinha ocorrido e depois disso não conversamos, apenas focamos nos treinos e em dar nosso melhor, a VNL já estava aí. Eu não me sentia preparada para conversar, não achava nem que teria motivo pra conversa, eu não sabia lidar com a impulsividade da Rosamaria o mesmo tanto que ela não conseguia lidar com o fato de que os problemas dela não eram meus, mesmo que eu quisesse constantemente ajudar, isso não tornava os problemas dela, meus.
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O céu claro, voando acima das nuvens como ultimamente tudo relacionado a mim vem acontecendo. Sobressaindo acima das formas que pareciam um algodão sem saber se vou colidir com algo ou simplesmente despencar. A Itália era o destino. O meu foco era ganhar. Minha mente estava no jogo e meu coração na mão de alguém de olhos verdes. Que saco! Nem dentro de um avião eu conseguia esquecer a Rosamaria, mesmo ela estando a centímetros de mim. Acabei cochilando em meio as minhas inimagináveis descrições metódicas entre eu e Rosa nos abraçando nos meus pensamentos e acordei com o arranco do avião pousando em solo Italiano. Saímos pelo desembarque diretamente pro ônibus e em seguida pro hotel, eu estava cansada, só queria saber de um banho e cama.
Zé: divisão dos quartos é o mesmo de Saquarema. -avisou enquanto Thaisa questionava algo-
Gattaz: Deus daí-me forças -fechei os olhos e respirei fundo-
Rosamaria: eu troco de quarto Caroline -falou cruzando os braços do meu lado- tá tão difícil assim pra você me tolerar, não se preocupa, não vai ser um problema pra você em Saquarema também, e logo menos um problema na sua vida, logo eu volto pra cá. -me olhou-
Gattaz: o Rosamaria não me tira do meu estado de espírito não, falei porra nenhuma. -a encarei- é a divisão que tem é a divisão que vai ficar, e se você quer ir embora do Brasil não vai ser eu que vou te segurar lá. -falei firme e fui logo fazer check-in e subir pro quarto-
Rosamaria on
Se eu tinha um sobrenome esse era fazer merda eu consegui em tão pouco tempo transformar tudo o que era simples em um caos completo, e quanto mais eu tentava arrumar mais parecia que eu bagunçava. Eu não sabia pra onde correr mais e respirar fundo parecia uma eternidade pra tanto problema que eu consegui criar. Eu era uma pessoa impulsiva, grossa, todos os adjetivos que a Caroline já cansou de esfregar na minha cara mas, eu também não era 100% defeitos, eu tinha sentimentos e um deles tava nutrindo um amor absurdo por Caroline e a distância e frieza dela começou a me dilacerar por dentro de uma forma que a minha única reação foi começar a trata-la da mesma forma. Eu fiz merda, fui cabeça dura e coloquei em uma sinuca de bico uma mulher de 40 anos que teve que se desdobrar por mim quando a coisa era totalmente SIMPLES. Quando ouvi ela reclamar da divisão do quarto não consegui me segurar e precisei rebater, porra, será que um erro que eu cometi apaga tudo o que construimos ao longo desse tempo? Uma amizade de anos? Um sentimento que aparentemente era recíproco? Eu já não aguentava mais essa situação, tava me sufocando. Depois da resposta que ela me deu, fiquei parada vendo ela se dirigir pra recepção e em um piscar de olhos já subir pro quarto. Fiz o mesmo. Quando entrei ela tava deitada na cama dela olhando pro teto. Tomei coragem e disparei.
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The biggest miss
FanfictionMisto de emoções, ir para as Olimpíadas, rever amizades e redescobrir o amor... De um lado uma, sem saber o que a outra sente, sem entender e sem saber se o mesmo avião que a trouxe da Itália levará seu amor de volta. E de outro uma paixão negada a...