Boa tarde galera, veio aí o capítulo que vocês quase bateram na porta da minha casa pra ter. Me dêem meu biscoitinho e eu volto em breve.
Beijos, até logo.
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Rosamaria on
Depois de beber todas e não lembrar de ter sido retirada dos braços de alguém enquanto chorava por Caroline, eu evitei beber. A vergonha tinha sido gigantesca e a ressaca moral ainda perpetuava por aqui. Mas hoje era dia de comemorar nossa vitória e se eu ficasse bêbada só teria uma loira alta em que o meu corpo se atiraria. Comecei a beber tranquilamente, estava animada e feliz, a todo momento o meu olhar sem querer encontrava o de Caroline e eu pude perceber ela em uma conversa descontraída com a Macris e Thaisa. Enquanto isso, Sheilla estava sentada do lado da Gabriela falando algo bem próximo ao seu ouvido, o que deveria ser algo bem interessante visto que o sorriso da Gabriela não cabia mais no rosto. O meu corpo instantemente a cada gota de álcool que entrava, era uma corrente de pudor que saia. Meus olhos pegavam fogo e mesmo tentando prestar atenção na conversa que Brait e Carolana haviam engatado comigo a minha cabeça só conseguia me fazer analisar o corpo e os traços de Caroline enquanto meus pensamentos mais impuros fantasiava uma questão que se resumia em "como será que ela ficaria sem essa roupa toda no nosso quarto?". Enquanto minha cabeça rondava nisso, fui interrompida pela Brait me perguntando algo.
Brait: o que você acha rosa? -perguntou me fazendo voltar a olhar pra ela-
Rosamaria: sobre?
Brait: o jogo contra os Estados unidos -questionou-
Rosamaria: vamos amassar as chicleteiras -sorri e levantei- vou pegar mais uma bebida -sai depressa-
Não conseguia me concentrar em nada e parecia que por mais que eu tentasse ocupar minha mente ou desviar meu olhar pra algo que não fosse a Caroline, meu corpo se contorcia. Encostada na bancada do bar enquanto pedia mais um gin fui tirada do meu mundinho particular por uma voz.
Bossetti: eu até poderia perguntar o que você tá fazendo aqui sozinha e que não se deu ao trabalho de me ligar. -olhei de canto de olho e levei um susto a abraçando imediatamente-
Rosamaria: amiga que saudades de você. -continuava abraçada nela-
Bossetti: tava nada, não me liga, mal mal fala comigo, só porque saiu do Novara me esqueceu. -fez um drama clássico-
Rosamaria: você não tem ideia do quanto aquilo lá é correria. -ri- eu senti tanta sua falta, de poder conversar, desabafar.
Bossetti: o que você tava perdida no mundo da lua aí?
Rosamaria: se eu te contasse você não acreditaria. -ri-
Engatamos em uma conversa longa me fazendo desviar um pouco os pensamentos e olhares pra Caroline eu sentia falta da Bossetti demais, enquanto estive na Itália ela foi meu ombro amigo por diversas vezes, enquanto quem costuma ser, no caso, Caroline, estava do outro lado do oceano. A presença dela me deixou menos tensa, porém eu não podia imaginar que a figura materializada da Bossetti ali, causaria problemas entre mim e Caroline.
Carol Gattaz ON
Não me aproximar não significava que eu não estava de olho, pelo contrário, se me perguntassem quantas taças de gin a Rosamaria havia virado eu saberia com absoluta certeza. Eu conseguia sentir o olhar dela queimar minha pele, eu conseguia ver que o corpo dela pedia pelo nosso contato, mas, havíamos estabelecido uma barreira recheada de problemas, maior que a muralha da China. Ela tinha problemas internos pra resolver e eu tinha problemas racionais. Em um desvio de olhar meu pra tentar me concentrar no que a Sheilla dizia, ao voltar a olhar, peguei Rosamaria em um abraço com uma mulher que não era totalmente desconhecida pela minha mente, eu só não lembrava quem era.
Gattaz: quem é aquela mulher que a Rosamaria tá abraçada? -empurrei a Sheilla pra olhar e ela apertou os olhos tentando identificar-
Sheilla: é a Bossetti, aquela que ela sempre postava foto, estavam jogando essa temporada no Novara juntas. -fixei meu olhar nas duas-
Gattaz: tá liberado flertar com outras pessoas então? -perguntei pra Sheilla-
Sheilla: ela não tá flertando, ela tá conversando com uma pessoa que é amiga dela, você tá começando a ficar paranóica. -chamou minha atenção-
Mais um tempo passou e aquela interação não se cessava, só ficava mais intensa e meu incômodo, só aumentava ao ponto de querer levantar e ir perguntar se eu podia participar da conversa até que uma proximidade repentina das duas e muito riso me fez levantar de onde eu estava.
Gattaz: deu pra mim -coloquei minha taça na mesa-
Sheilla: onde você vai? -segurou meu braço- você não vai fazer uma cena com a Rosamaria por causa de uma amiga dela Gattaz -me fuzilou com o olhar-
Gattaz: não vou fazer cena. -puxei meu braço da mão dela e fui direto na Rosa- você pode vir comigo? -perguntei sem encarar direito-
Rosamaria: Carol, deixa eu te apresentar, essa aqui é a.. -eu a interrompi-
Gattaz: você pode vir comigo ou não? -fui firme-
Rosamaria: Cat eu já volto -olhou pra mim com uma cara de interrogação-
Deixei ela passar na minha frente e com a mão na cintura a guiei até o banheiro, enquanto ela encostou na bancada da pia cruzando os braços eu virei a chave na porta e fui até ela.
Gattaz: até que horas você tá pretendendo flertar com ela na minha frente? -fiquei de braços cruzados na frente dela-
Rosamaria: você tá louca? -ela me olhou assustada- a Cat é minha amiga
Gattaz: eu também era só sua amiga né. -foi irônica-
Rosamaria: eu não tô te entendendo -se armou contra mim e aumentou a voz-
Gattaz: eu que não tô entendendo qual é a sua pra ficar com a cara colada na dela na minha frente. -aumentei a voz também-
Rosamaria: eu vou ter que soletrar que ela é minha amiga? E outra, desde quando eu passei a te dever satisfações da minha vida? -me encarou-
Gattaz: quer saber de uma coisa? Faz o que você quiser Rosamaria eu tô foda-se. Fica com ela, transa, faz o que você quiser -falei alto com o rosto bem próximo do dela- eu não tô nem aí.
Rosamaria: isso tudo é ciúmes? -colocou um sorriso abusado no rosto-
Gattaz: você é ridícula, como eu posso ainda querer manter um diálogo com você. -falei indo em direção a porta e ela segurou meu pulso- me solta Rosamaria -puxei o pulso da mão dela e vi ela me olhar com odio-
Rosamaria: olha quer saber de uma coisa, VAI TOMAR NO SEU CU -falou direta e grossa- você não quer que eu fique com ela, pois agora eu faço questão de ficar. -falou passando por mim e indo em direção a porta-
Sabe quando lá no ensino médio você estuda sobre a Lei de Newton, ação e reação? Foi exatamente assim que meu corpo reagiu, tive a ação de puxa-la de volta e a reação de prende-la entre meu corpo e a bancada da pia e a beijar. Foi instantâneo, como se nossas bocas já conhecessem o encaixe perfeito como se necessitassem da outra a muito tempo e, num compasse só, soubessem que aquele momento era esperado por ambas a muito tempo. Soltei a mão do braço dela subi uma pra sua nuca e a outra por sua cintura apertando forte e ouvi um leve gemido da parte dela enquanto nossas bocas disputavam um controle que particularmente, não tinha. Segurei ela pela cintura colocando sentada em cima da bancada da pia e senti ela enrolar a perna na minha cintura em busca de mais contato entre nós. Eu segurava forte o cabelo dela enquanto eu via ela com o olho fechado com a respiração forte. Aquilo estava passando de todos os limites que o meu tesão poderia alcançar, e eu estava alucinada pra ver até onde os nossos corpos chegariam juntos.
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Não me matem, amo vocês.
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The biggest miss
FanfictionMisto de emoções, ir para as Olimpíadas, rever amizades e redescobrir o amor... De um lado uma, sem saber o que a outra sente, sem entender e sem saber se o mesmo avião que a trouxe da Itália levará seu amor de volta. E de outro uma paixão negada a...