Capítulo 55🌚

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Vendo que Barty e Regulus não iriam tomar ar tão cedo, Voldemort usou essa distração como forma de medir as reações de seus seguidores. Pode-se dizer muito pelas respostas de um homem a algo inesperado.

Lucius parecia estar tentando com todas as suas forças não revirar os olhos. Severus não se preocupou em conter seus impulsos e revirou os olhos de uma forma que claramente dizia que ele não estava apenas exasperado com aqueles dois homens, mas com todo o maldito mundo. Crabbe e Goyle pareciam confusos em sua maior parte, o que honestamente não era novidade. Theodorus Nott foi incapaz de conter um sorriso sentimental, mas, novamente, Theodorus era um romântico enrustido. Voldemort sabia muito bem, tendo compartilhado um dormitório com o homem por sete anos e tendo que viver todos os aspectos do namoro de Dorus com algum Lufa-Lufa. Macnair parecia totalmente entediado, assim como os irmãos Carrow. Yaxley, Avery, Travers e Rowle pareciam ter carrancas pensativas em seus rostos, provavelmente se perguntando como poderiam usar essa nova informação para sua própria vantagem.

“Eu queria fazer isso por anos e anos,” Barty finalmente disse, soando completamente sem fôlego.

“Eu também,” Regulus suspirou e parecia que ele queria mergulhar de volta para beijar Barty, mas já era o suficiente.

Voldemort limpou a garganta enquanto cruzava os braços. “Senhores, por mais tocante que esta reunião tenha sido, é hora de voltar à nossa agenda muito ocupada.”

Os olhos de Barty se arregalaram, só agora percebendo o que ele tinha feito. Ele se afastou de Regulus como se de repente se queimasse e olhou para Voldemort com uma expressão em seu rosto que Voldemort não via há muito tempo. Barty parecia com medo, provavelmente nem tanto por si mesmo quanto por Regulus, visto que Barty rapidamente se colocou na frente de sua nova amante.

"Apenas voltem para suas posições," Voldemort rosnou com um aceno impaciente de sua mão. Barty voou pelo salão de volta ao seu lugar anterior e Regulus abaixou a cabeça e ignorou cuidadosamente os olhares de Voldemort. "Muito bem." Voldemort cruzou as mãos atrás das costas novamente e continuou a andar para cima e para baixo na fileira de Comensais da Morte. “Uma oportunidade surgiu em nossos caminhos, que cumpre tudo o que desejamos por muitas décadas.”

Enquanto dava a seus seguidores um sorrisinho secreto, Voldemort saiu do salão de baile. "Me siga."

Houve alguma confusão quando todos olharam para todos antes de finalmente correrem atrás de seu Senhor, que os guiou pelo longo corredor até a entrada antes de abrir as portas da frente e sair.

Os jardins originais da mansão haviam se deslocado ao lado do prédio, mas mais abaixo os prados floridos da ilha se estendiam por quilômetros e quilômetros, com árvores jovens, que mal chegavam à altura dos ombros, pontilhando a paisagem. Voldemort caminhou pelo caminho do jardim e desceu vários degraus até chegar ao prado. Ele esperou pacientemente que seus seguidores se reunissem perto dele antes de se virar para olhá-los novamente.

Como se fosse uma deixa, naquele exato momento o primo dragão de Harry veio velejando por cima, suas grandes asas fazendo com que uma rajada de vento farfalhasse todas as suas vestes negras. Logo atrás do dragão veio Sirius Black em sua vassoura, estimulando a fera entre gargalhadas. Para completar o espetáculo, o amigo bestial de Harry atravessou a campina correndo atrás de Black e do dragão.

"Impossível!" Severus gritou, olhos arregalados e rosto grisalho em um ritmo alarmante. “Eu o vi morrer! Preto deveria estar morto!”

Ah sim, Voldemort lembrou o quanto Severus sempre desprezara Black e seus amigos desde os dias de Hogwarts.

"Respire, cara," Lucius o incitou em um sussurro áspero, já que parecia que Severus poderia realmente desmaiar de puro choque.

"Bem-vindo a Magica," Voldemort disse em voz alta, chamando a atenção de todos de volta para si. “O primeiro país totalmente mágico do mundo, onde nenhum trouxa jamais pisou e onde toda magia é legal.”

O Necromante   ( Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora