❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash

° Capítulo 1 °

° Pov. Slash °

O ano é 1996 e há alguns dias, acabei de me separar da minha esposa, Renee.

Meu casamento, ia de mal a pior, era desarmonisado de feitio inaquedado.
Eu não queria me casar com ela, nem devia ter concordado a meter-me em circunstâncias desesperadoras, como, as quais vivi até dias atrás. Coloquei-me obrigando em algo doentio, que cravam a ilusão de chamarem de casamento, apenas, para ver Renee feliz - o que, deu-se a não ocorrer -, aquilo era uma merda, eu não a amava - era óbvio isto - e estava alimentando uma esperança inútil que a amaria com o passar do tempo - nada em mim mudou, anseio por sentir algo por uma mulher desde meados do ano de 92, o que fez-me trair minha ex-esposa inúmera vezes; não foi certo fazer isso e tenho nojo das ações que tomei.
Me arrependo por não ter dado um fim no casamento antes, isto só nos frustou. Devia ter me liberado antes, com certeza o casamento não chegaria ao que chegou.

Creio que nem todos os casais, relacionam-se como na turbulência em que eu estava.

Drogas, brigas, destruição, traições, álcool, sexo e rock n' roll, era tudo o que eu tinha.
Em partes, tudo o que possuo ainda se liga ao rock, mas, chega de drogas, brigas, destruição e traições.
Ainda quero o sexo, álcool e rock n' roll, apenas isso quero carregar em minha bagagem, partindo a estrada chamada 'vida'.

Quero uma vida sem recaída as drogas, quero uma vida digna ao lado dos meus fiéis e caros amigos.
Steven, Duff, Izzy e Axl, temos uns aos outros, temos nossa banda, isto basta para nós.

Nos cinco, decidimos levar uma vida sóbria a partir de agora. Já saímos da reabilitação das drogas, só temos que persistir e largar o maldito vício do cigarro e álcool - francamente, penso que não conseguiremos largar o cigarro, tanto como álcool. Todavia, devemos tentar de tudo para nós vermos bem.

Reabilitação é foda.
Deixaram-nos junto, maior erro cometido na existência de estadia de humanos terra.
Izzy e Axl sedentos por drogas, quase se mataram brigando, pondo a ideia de ficar sóbrio na conta um do outro, sendo que tomamos juntos a iniciativa/decisão de ficarmos limpos; não gosto nem de lembrar destes tempos.

Agora, sóbrio vinte e quatro horas por dia, tomando um copo ou outro de cerveja, desejo me manter assim, com a expectativa de encontrar o amor da minha vida.
Mas, penso que não vou encontra-la aqui.

Estou no Brasil, especificamente, no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Steven se engraçou por um habitante daqui, isto faz algum eito...
Um ano? Dois? Três no máximo, não passa de três anos, não.

Se conheceram em um show, bem clichê.
Vendo meu amigo atrás da bateria, notei que ele estava de olho em algum fã, um olhar interessado e curioso, que logo lhe causou sentimentos mesmo sem ter conversando com o garoto.

Sim, garoto. Steven é gay.

Eu já desconfiava e tinha um instinto, que me confirmava isso, falando que eu estava certo.
Intuição de criança não falha, percebi isso espontâneamente quando conheci a figura.

Não é apenas o namoro do Alder que me traz aqui, a Guns fez alguns shows pelo país.
O último seria em Porto Alegre, mas alegria de rockstar dura pouco... A porra do ônibus em que estávamos, furou os dois pneus traseiros rodando no asfalto, isto antes do show; infelizmente, decepcionamos nossos fãs e cancelados o evento, não temos nem chance de chegar ao palco a tempo.

Fico triste por isso, os fãs brasileiros são os melhores! Tem alguns meio malucos da cabeça, mas eles te acolhem de um jeito muito caloroso! O Brasil em si é muito caroloso!

Tenho queda por brasileiras... Mas tenho medo de mulheres gaúchas, a maioria parece ser brava...
Enfim.

Agora, a banda está a pé.
A equipe se salvou pois estava em outro ônibus e eles, partiram mais cedo para o local do show, deste modo, quando alcançássemos nosso destino final os pingos nos I's estariam nos feiches devidos para o show.