° Capítulo 28 °

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No dia seguinte...

Durante a noite...

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Dou descarga no que acabei de vomitar e me sento no chão, removendo um pedaço de papel em tamanho necessário para limpar minha boca.

Eu não resisti.
Eu estava cheia.
Eu comi de mais, mais uma vez. Mesmo tendo passado fome parte do dia, eu comi de mais.
O que disse a Slash foi em vão, e me sinto mal por decepciona-lo - apesar dele não saber do que fiz, fico mal.

Eu só digo palavras vazias a quem se preocupa comigo... Por isso, prefiro não fazer muitas promessas.

Não vou mencionar nada com ele, não quero preocupa-lo, e também, por que diabos eu falaria? Por que diabos eu acharia que ele se importaria?

Passo minhas mãos por meus cabelos, ajustando os fios em suas mechas.

Com a mão no comprimento de minhas madeixas, vejo minha mão repleta por fios ruivos, vários chegando ao solo e alguns se enlaçado entre meus dedos.

A vitamina para evitar a queda de cabelo, já não é mais eficiente... É óbvio, nada mais para em meu corpo, elas também não fazeriam  efeito como antes.

Eu sempre amei meu cabelo.
Minha saúde mental pode estar um caco de vidro, mas eu não podia deixar meu cabelo cair, e com o tempo, nem cabelo eu terei mais - espero que eu esteja enganada, meu senhor, odiaria me ver careca. 

Até evitarei alisar meus cabelos, não quero ver mais fios caídos. Isso me parte no meio, na moral, e mesmo eu tendo muito cabelo, tenho medo do que poderá ocorrer com meus amados fios.

Me ergo do chão, removendo os fios dos meus dedos e os pondo no lixo.

Lavo minhas mãos, escovo meus dentes com a maior moleza do mundo.

Secando minhas mãos, ouço batidas fortes a porta.

Puta merda, a pessoa que está esperando não pode aguardar mais alguns segundos?

Só pode ser um homem do outro lado da porta por tanta impaciência, eles não sabem esperar as mulheres, cara!

Abrindo a porta, sinto uma pequenininha tontura, contudo, quando meus olhos chegaram ao alcance de Slash, perdi totalmente o equilíbrio quase caindo.

Por sorte, ele conseguiu me segurar, mantendo meu tronco colado ao seu, com seus braços fortes me apertando e nossos rostos há centímetros de distância. 

Observando sua face, plenamente assustada, vejo um grande desapontamento em seu olhar.

- Eu ouvi. - Ele diz. - Eu vi. Não negue nada para mim, Cristina.

Eita, me chamou pelo nome.

- Tento empurra-lo, porém ele mantém colada a ele. - E-eu não fiz nada.

- Você me disse que ia parar... - Slash, fala com repugnância, me estabilizando ao solo e largando meu corpo. Afastados, ele da um paço para trás. - Você prometeu para mim que ia parar.

Não estou disposta a explicar.
Eu sei que posso contar com ele, disto eu sei... Mas eu quero um tempo para mim, eu preciso de um tempo para mim.

Decido correr. Correr o mais rápido que posso até minhas pernas não aguentarem mais.

Fujo dele correndo para o andar de baixo. Estamos no segundo piso, tem poucas escadas para percorrer.

Em segundos chego na sala, aonde  rolava uma festinha do pijama da Abaddon.

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora