❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash

° Capítulo 8 °

Quatro anos depois...

Quatro anos a frente, quatro anos a somar que foram vividos inadequadamente e embora que eu já tenha vinte anos, não sei especificar o que mudou dentro de mim, quem sabe, eu ainda sou uma garotinha, esperando o ônibus para ir a escola, embora externamente, eu sei especificamente detalhe por detalhe, cada refrão de meus dias decorados e trancafiados em meu peito, eu memorizo tudo com clareza e acredite, tenho muito a dizer.

Pode ter passado apenas dois anos longe da minha terra, contudo para mim, este tempo passou como séculos que me corroeram de maneiras opostas.
Me mata ficar longe da minha família, apesar, de ter criado minha própria família; foi preciso ter que abandonar tudo, eu não tinha coragem para desfazer o novelo de lã qual enfiei-me. Vivendo distante de tudo e de todos, a história torna-se mais amenizada, pelo menos está é a maneira que penso, embora, quando você aprofunda os pensamentos no passado, se da por conta que o novelo triplicou de tamanho.

Após um conflito ter repousado em minha vida, iniciando-se ao meus dezessete anos e fluindo harmonicamente aos dezoito, mudei de vida.
O início da questão, deu-se por ter entrado em um relacionamento, notoriamente, meu irmão manifestaria ciúmes. Isto sitiou-se até... Exageradamente, mas tudo bem. Ao finalizar está estapa da minha vida, por volta de um mês posterior, há a perspectiva na qual as falas de Dantan estavam certas; ele conhecia o ex-cunhado como a palma sua da mão e considerava, que ao decorrer do namoro, ele transformaria-se em algo totalmente oposto do que era o costume; realmente ocorreu isto.

As brigas por um namorico, eninharam ao pacote de problemas que havia em meus anos letivos, sendo a minha reprovação e a total perca do segundo ano escolar do ensino médio - eu estava na segunda tentativa de ir um ano a frente, não tinha forças para isto e muito menos, calma para rever um ano perdido, optei por cabular aula diariamente.
Eu mesma me encuralei nesta cilada, levando-me a acionar uma única opção: fugir de casa e empenhar-me para desenvolver uma vida em São Paulo.

Sabia que sozinha não daria conta, então, minha melhor amiga cedeu a vir comigo.
Atualmente, ambas habitamos em Tapicari, uma pequena cidade de São Paulo bem desenvolvida.
Residiamos em uma casinha de aluguel, isto, logo quando chegamos; tendo um tempinho de convivência com os habitantes da cidade, conhecemos Akira e Clarice, que uniram-se a nos na morada.

Akira, era baterista, Clarice Baixista, eu e Alice, guitarristas, demos por conta que tínhamos uma banda formada. Contudo, não havia vocalista e neste momento, meu atual da época entrou em ação - hoje em dia, ele não está mais na banda, assumi os vocais e a guitarra.

Sou guitarrista e vocalista de Abaddon, a banda qual fundei há dois anos. Seguindo o significado do seu nome 'anjo da destruição. O demônio que comanda os exércitos de pragas que ocorrem após o apocalipse.', as letras geralmente proferem ao demônio e trevas, contudo, em nossa discografia também há coisas doces, tais como amor e destruição.
A banda em si, é uma mistura de coisas boas com ruins.

Nossa discografia possui quatro álbuns, tendo, o som afiado da minha guitarra e o peso da bateria de Akira, soando magicamente com tudo.

Dois álbuns, já estavam prontos muito antes de todos da banda nascer, como? Simplesmente, meu pai tinha uma banda, infelizmente não deu certo e acabamos aproveitando o material, alertando levemente alguns toques musicais, que fazem Abaddon, ser Abaddon.

Os álbuns consistem em músicas em português, italiano e inglês, cada álbum com um idioma e o último, alterado com línguas misturadas.
Vagarosamente, atingimos um sucesso estrondoso, -  demorou mais que o devido pois somos artistas independentes -, ao ápice de nosso som ir para o exterior, por conta das músicas em outros idiomas.
Recebemos ofertas de contratos com gravadoras, contudo, absolutamente todas as propostas eram desavantajosas para a banda, diminuindo nosso potencial e elevando a gravadora - é o normal deles, sempre querendo mudar o que já é sólido e construído.