° Capítulo 55 °

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- Nego... - vou falando, na sequência qual me abaixo ao lado dele, pondo as mãos em suas pernas. - Está tudo bem?

Slash me olha, enquanto eu, sem saber o que fazer, sem saber o que dizer, apenas o encaro, com nossa pequena telespectadora próxima a nos, se enchendo de docinhos.

Seus olhos voam na direção das minhas costas ao ouvirmos risos.

- Ai, nego! - identifico as vozes de Luis e Fernando, em um tom claramente afeminado. - Ai, nego!

Viro minha cabeça a eles, apertando meus olhos.

- Ai, nego! - Fernando continuou, fingindo cair nos braços de Luis.

Ambos, rindo alto, de modo exagerando, qual me da nos nervos, caminham até nós.

Eles se fitam, seguidamente nos olhando.

- Vocês são dois chinelos. - Kiara comenta, pegando um docinho do pratinho qual segura.

- Não sei que diabo é isso... - Slash diz, sem sua visão sair de mim, e aperto suas mãos ao meio da fala. - Mas essa menina só fala verdades.

Meus primos rolam os olhos, e Slash aperta de volta minhas mãos, no instante, qual um sorrisinho dava vida a sua face.

- Bem que a gente podia largar tudo e ir comer um X. - Luis palpita em uma cruzada de braços. - Topam?

Ainda olhando Slash, avanço minha mão, a deslizando em seu rosto.

- O que acha, bebe? - resmungo, em um tom carinhoso.

- O que acha, bebe? - escuto a voz Luis redizendo, e assim que viro minha visão a eles, vejo Luis pegando no queixo de Fernando.

- O outro, se esquiva, cerrando as sobrancelhas. - Sai pra lá, caralho.

- Eu odeio vocês. - comento. - E depois não sabem porque não arrumaram namoradas. - continuo, me levantando. - Bando de boca aberta.

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- Por mim, eu não largaria o casamento para me meter aqui. - Slash fala, ao estarmos sozinhos no meio do bar, pois meus primos e a neném, se afastaram de nos. - Se fosse para sair do casamento, devíamos ir pelo menos, em um restaurante descente. Não em um bar de esquina, de dois velhos.

- Depois de velho, está querendo ficar fresco? - retruco.

- Eu? - Slash rebate, em um tom irônico, ao meio de um risinho. - Velho? - torno minha cabeça a ele, enquanto o mesmo diz. - Já olhou ao nosso redor?

- Não está muito distante deles, sabia? - argumento, largando sua mão. - Todos estamos com um pé na cova. Os velhos estão com os dois. Todos sabem, mas ninguém sabe a hora que cada um vai morrer. E a lei natural da vida, os idosos vão antes.

Cruzo meus braços, assim, seguindo na direção a bancada do bar, tendo meu namorado como perseguidor.

- Está querendo que eu morra? - fala, em um tom exagerado de drama. - É isso! Você quer que eu morra!

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora