° Capítulo 13 °

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- Precisa mesmo disso? - Digo caminhando pelo corredor do hospital com Slash.

- Segurando firmemente em minha mão, ele responde: - Precisa. Depois você vai me esclarecer algumas coisas. - Pressentindo o tédio que isto vai ser, jogo minha cabeça para trás resmungando. - Se reclamar, vai ser pior.

Levanto meu crânio, avistando minha enfermeira preferida na recepção. A mãe da Clarice, dona Joana, ou para os mais próximos como eu, tia Jo, trabalha neste hospital.

Ela veste um jaleco branco, harmonizando a calças do mesmo tom. Seus óculos redondos e marrons, estão na ponta do seu nariz, enquanto, ela folheia alguns
papéis.
Joana, é negra, tem os cabelos castanhos em transas, seus olhos são castanho escuro e é plu size; vamos dizer, que a Clarice, roubou o visual da mãe, após a "mudança de gênero".

Ao perceber que estou aqui novamente, ela pousa as mãos na cintura, jogando-me o olhar de brava.

Sorrio sem graça.
Sei que vem sermão por ai.

- Quem é ela? - Paramos de caminhare imediatamente e Slash pergunta.

- Observando ela caminhar em nossa direção, digo: - Mãe da Clarice, ela trabalha aqui.

- Não sabia que a mãe da sua amiga era enfermeira.

- Viu, não sabe nada de nós e já quer sair metendo sua linguona na minha boca.

- Eu sei que você gosta. - Fala, orgulhamente sorridente.

- Não gosto, não! - Contrario-o, indignada.

- Gosta, gosta sim. - Ele rebate, tendo permanência ao sorriso abrangente.

- Prova! - Reenego, apertando meus olhos e sobrancelhas.
De repente, escuto um riso, reconhecível a minha frente. Torno a cabeça a está direção. - Oi, tia!

- Joana, me olha sobre seus óculos, interrogativa. - Motivos de você estar aqui novamente?

Afasto meus lábios, pronta para dar uma resposta merda, mas, Slash me interrompe.

- A mocinha aqui. - Fala, sinalizando a mim. - Está três dias sem ter nada no estômago, vomitou, ficou tonta e desmaiou.

Os olhos de tia Joana, refletem vasta decepção.

Vim tantas vezes neste hospital que perdi as contas, por tantas visitas, obviamente ela concluiria que há algo de anormal comigo.
Ela é como uma mãe, então acabei abrindo o jogo.

Ela me ofereceu ajuda, mas neguei por teimosia, não quero ser um fardo para ela.

- Não vou dizer nada, sei que não adianta. - Fala, movendo os olhos de mim, a Slash curiosamente. - Quem é o moço? - Ao pedir, vejo um sorriso crescendo nos lábios de Slash. - Seu namorado?

- Ligeiramente, largo a mão de Slash, sacudindo minha mão como se tocasse em algo que queima. - Misericórdia, senhor!

- Sorrindo, Slash estende a mão a Joana. - Saul Hudson. Futuro marido da Cris, e futuro pai de três crianças lindas que ela vai gerar, mas pode me chamar de Slash. - Diz divertido, usufruindo de uma brincadeira para me provocar.

- Bateu com a cabeça na parede, Slash? Ou eu vou ter que meter sua cabeça contra um muro para os neurônios voltarem no lugar? - Pergunto, revoltada, fazendo Joana rir.

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora