° Capítulo 33 °

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Simplesmente sozinha, ando em direção a passagem da entrada do bar, percorrendo o grande espaço do solo de material que há a beira dele. Ao estar adianta da porta de vidro, ouvindo passos ligeiros vindo ao meu alcance, calço minha mão na maçaneta sentindo uma mão me virar apressadamente para trás.

Vendo o cenário que estava em minhas costas, percebo Slash, ofegante com a sua respiração amaciando a minha face.

- Era para você ter me esperado! - Diz, tendo o peito subindo e descendo, várias vezes enquanto o ar passava correndo por suas narinas.

- Você estava demorando de mais!

- Eu ia mijar nas calças se não fosse no banheiro! - Comenta, atento a meus olhos, mas senti sua mão chegado perto da minha.

Sem desviar de seus olhos, agarro seu pulso.

- Lavou as mãos pelo menos?! - Questiono, pensando que isso pode ter situado-se ao contrário.

- Claro que sim! - Confirma enquanto deixo ele envolver nossos dedos, agarrando minha mão. - Acha que eu sou tão porco assim?!

- Volto-me a porta. - Acho. - Respondo em tom neutro, abrindo a grande folha de vidro.

De mãos dadas, o pucho comigo para dentro do lugar.

O chão do bar é de madeira clara envernizada, as mesas tipicamente redondas com cadeirinhas bonitinhas em torno delas, a luz das lâmpadas são mais amarelas do que realmente brancas - algo que deixa o ambiente amadeirado. Há uma bancada enorme que percorre os quatro cômodos do bar, ficando mais escondida e deixando as massas ao centro dela. A bancada, acaba em uma prateleira com bebidas alcoólicas e ao lado da da prateleira, há uma escada de madeira, qual segue para o andar a cima, encontrando um salão antigo que não é muito habitado. E algo que não poderia faltar, é um palco, qual interrompe o preenchimento da bancada pelo cômodo, mas não atrapalha em nada por ficar em um dos cantos mais espaçosos do estabelecimento.

O bar está lotado, como sempre. Entupido por roqueiros e metaleiros, tendo uma presença feminina muito forte, pois o bar é de uma mulher. Entre todas as pessoas, piadas são contadas, quebra de braços são realizadas, conversas sobre música e bandas são iniciadas, basicamente o rolê daqui envolve muito metal e rock!

No palco há uma banda de garotas, tocando sua própria música. Não as conheço, mas ela são boas, muito boas.

Agarro a mão de Slash com firmeza, caminhando a sua frente para que ele não se perdesse de mim e fosse assediado por fãs cinquentonas - e com certeza há várias delas por aqui.

- Meu quarto é mais limpo e organizando que o seu! - Slash grita, para mim poder ouvi-lo ao meio desta musica e baderna, no tempo em que o levo comigo. - E você me chama de porco?!

- Se você não gostou comece arrumar meu quarto! - Retruco, sem paciência para discutir.

Imediatamente, Slash começa a argumentar aos meus ouvidos. Argumentos que são bons, mas seria melhor ainda se ele estivesse calado.

Rolo meus olhos, não dando o prazer a ele que seria continuar a discutir e caminho para o canto menos iluminado do bar, passando entre algumas mesas e pessoas de pé.

Finalmente ao chegar no espaço menos utilizado do bar, onde você pode conversar decentemente com alguém, me sento em uma bancada. Slash faz o mesmo que eu, voltando a reclmar, a reclmar mais já que eu posso ouvi-lo agora.

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora