° Capítulo 11 °

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Uma semana depois...

Correria e shows atrás de shows, ambas palavras descrevem minha semana.

Eu não parei em casa um dia sequer, mas lá no fundo, agradeci por isso. Se estivesse em casa, teria que ver o gostoso do Slash.

As horas da tarde passaram tediosamente. É sábado, e passei o dia fora da pensão, apenas vadiando aos escanteios da cidade e vagando, torcendo para não ter que retornar ao meu lar.
Contudo, Axl me localizou e me arrastou para casa.

Ele e os caras, descobriram que há uma feira na cidade, agora, querem dar um pulo no lugar obrigando-me a acompanha-los.

Não estou com saco para isso, mas meus amigos estão com eles, querendo ir e querendo que eu vá.

Acabei cedendo para me ver livre deles ao meu ouvido.

As horas devem rodear por umas cinco da tarde, eu devia estar me arrumando, mas, ao procurar um banheiro disponível para tomar uma ducha, não havia vaga em nenhum, todos, ocupados pelas dondocas da Guns N' Roses.

Removendo o amargo do dia, fiz chimarrão. Tomando a cuia em mãos junto a um jornal, sento-me na mesa da cozinha, contemplando a solidão.

Abro o jornal, camuflando-me atrás dele.

Meu olhos vagueiam pelas atuais notícias das redondezas, extraindo fatos para me informar.

Ponho meus lábios na bomba, puxando o líquido adquirido a cuia, enquanto ouço paços, indicando que alguém está entrando na cozinha.

Ignoro a situação, até, sentir a presença de alguém, a me alisar os ombros.

Visualizo o ângulo as minhas costas de escanteio, notando Slash de joelhos atrás de mim, aconchegando a cabeça em meu ombro, enquanto, massageia os mesmos com avidez e força.

Olhando-me de maneira curiosa, igualando sua expressão a uma criança de cinco anos, que há cada dois segundos pede a mãe a razão de tudo, questiona-me:

- O que é isso? - Pede, apontando a cuia de chimarrão.

- Rio de lado. - Chimarrão.

- E é bom?

- Se eu estou tomando e porque gosto. - Dizendo, pouso o jornal na mesa. Slash, sem falar nada, apenas me observa, curiosamente de olhos grandes. - Quer experimentar?

- P-posso?

Ergo as sobrancelhas, virando-me de lado a Slash e lhe oferecendo a cuia.

Ele pega das minhas a cuia, observando-a se saber o que fazer.

É até engraçado ver ele prestes a tomar chimarrão.

Sem Slash pronúnciar nada, noto, que ele me observa, pedindo o que fazer.

Coloco minhas mãos posicionadas sobre as suas, trazendo perto dele a cuia.

- Agora faz de conta que a bomba é um canudinho. - Oriento.

- Ah tá! Eu já ia tomar como se fosse um copo! - Ele diz levando a bomba aos seus lábios.

- Descarrego um tapinha em sua nuca. - Assim você queima a boca e toma erva junto, depois não sabe por quê!

- Aí... - Exclma, alisando o lugar qual encostei.

- Nem doeu, para de ser fresco!

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora