° Capítulo 54 °

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Vago meus lábios por sua pele, os rastejando em sua bochecha. Entre meio ao gosto salgado de suas lágrimas, beijo-o, deixando marcas de batom em sua face.

Ele suspira, aninhando o rosto no meu colo, no tempo qual suas mãos, apertavam minhas costas freneticamente.

Ouço passos.

Então, acariciando a cabeça de meu namorado, elevo minha visão no rumo dos sons.

Encontro apenas meus primos, caminhando até nós.

- O que aconteceu? - Luis pede, ainda ambos não estando muito próximos.

- Está tudo bem? - o outro acresenta, intercalado a ação que os dois param a centímetros de nos.

Slash vira o rosto, para o outro lado. Ele se remexe contra meu corpo, não confortável com a presença inesperada dos meus familiares.

Confirmo com a cabeça, assim afundando meus dedos na nuca do meu namorado, brincando com seus cabelos entre meus dedos, e assim lhe marcando a testa com uma beijoca.

- Steven quer falar com você, Slash. - Fernado acentua a razão por terem vindo ao nosso encontro. - Disse que é importante.

- Não vou... - meu namorado responde, em tonação de voz cansada, e parcialmente rouca.

- Bebe... - falo com ele, nos pondo em posição qual posso fitar sua face. - É o Steven. - prossigo a dizer carinhosamente, aproximando meu rosto do seu, no mesmo qual acaricio a pontinha de seu nariz, utilizando o meu para tal. - Aconselho você a ir...

- Slash abaixa seus olhos, pensativo. - Tá bom... Acho que você tem razão.

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Ele se juntou aos de mais.

Em apenas uma mesa, todos os membros da Guns N' Roses, debatem algo. Pela primeira vez, sem piadinhas ou brincadeiras, sem se portar como garotos de quinze anos. E pelas facetas demarcadas em seus rostos, o que falam é polêmico.

Já eu, outra vez descolada, em frente a mesa de bebidas, pego um copo de vodka, batizado com sei lá o que, e deixo descer garganta abaixo.

Minha única função agora é maneirar no que vou beber, somente isso. Ainda não sei quantas pessoas vão ir socadas no banco traseiro da minha Belina, confiando que os leve para a casa.

O líquido desce queimando, igualzinho a querosene.
Ao tirar o copo dos lábios, sinto-me tonta.
Nada iria me impedir de me servir mais uma vez, e assim o fiz, traborando o copo.

Ao bebericar o suficiente para que a bebida não seja desperdiçada, escorrendo pelas bordas do recipiente, uma mão toca meu ombro.

Entre meio ao salto, provocado pelo susto, escorreguei meu corpo para trás, levando-me na direção de quem toca meu ombro.

Com um sorriso peculiar, Tommy e Nikki me encaram, vidrados.

- Ah... - exclamo, enquanto a mão de Sixx continuava em meu ombro. - O-oi, meninos!

Ambos se olham, feito cúmplices.

Entre sorrisinhos carregados de maldade, a dupla dinâmica desloca a visão para mim, transfigurado o sorriso para algo, que acham ser agradável, contudo proferiu-se de jeito forçado, pois via-se malícia no canto de seus lábios.

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora