° Capítulo 9 °

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Axl, agarra meus braços, afastando-me dele e cerra os olhos.

- VOCÊ NÃO TERMINOU COM AQUELE FILHO DA PUTA?! - Ele pede, vistando meus olhos com raiva.

- Terminei! - Digo e Axl, aperta menos meus braços. - Não foi bem um término... Mas eu terminei!

- Ele crava os dedos em minha pele me chacoalhando com força. - COMO ASSIM, PORRA?! Terminou ou não terminou?!

- Terminei, caralho! - Repito, desprendendo suas mãos de mim.

Ao lado de Axl, percebo que todos visualizam a cena, perplexos.

Visualizo a face da minha mãe.

Contente por ter provocado um atrito entre mim e Axl, ela sorri, sem sequer esconder o que sente.

Sinica.

Eu não possuo nada em comum a ela, isso em quesitos físicos e personalidade. Ela é baixa, loira, tem cabelos lisos a cima dos ombros, é magra, tem lábios carnudos, olhos azuis puxados, é magra com quadris largos; resumindo, é padrão.

Ela é padrão, e exige para que eu esteja no limite que a sociedade quer, entretanto, ela esquece, que parte da minha genética, é de um militar italiano que lutava MMA, com 1, 98 de altura pesando mais que 100 quilos.

Existe circunstâncias para ser pequena com a condição dessa genética?

Axl me avista e rola os olhos, logo, andando irritado para a cozinha.

- AXL! - O chamo, cerrando os punhos.

- Não vem! - Diz, entrando na cozinha e mostrando-me a palma da mão.

Grunho irritada, jogando a cabeça para trás, seguindo o caminho para ir atrás dele.

Entro na cozinha, o vendo futricar na pia.

- Vai surtar por nada?! - Manifesto-me, passando pela porta do cômodo. - Pinscherzinho!

- Vou sim! - Responde, pegando uma panela. - Falei que aquele cara não servia pra você!

- Na sua lógica, quem servirá pra mim?! - Pergunto, sentindo uma respiração atingindo minha nuca.

Observo ele, pensativo, fazendo beiço ao mesmo que segura a panela.

Rapidamente, visto para trás de escanteio, até que meus olhos, chegam a Slash, assistindo-nos com análise.

- Licença, Cris. - Sua voz, plenamente rouca, toca meus ouvidos, no instante em que suas mãos são posicionadas em meus quadris, efetuando o movimento deslizar meu corpo para o lado, abrindo passagem para ele passar.

Desviando de mim, ao mesmo que suas mãos deslocam de meus quadris e seus dedos, ultrapassam de raspão minhas coxas, um arrepio percorre meu corpo, dos pés a cabeça.

Ao sentir os pelos dos meus braços de pé, abraço os membros, no tempo qual, o majestoso cheiro de Slash, invade minhas narinas.

Ele cheira a cigarro com alta quantidade de perfume doce, tendo cheiro de perdição.

Suspiro, pondo minhas costas na parede e acompanho com o olhar seus paços.

Parando a frente da geladeira, ele visualiza seu interior, transferindo seu semblante, a um morto de fome.

Novamente, suspiro, observando o cômodo.

Começo a observar o ambiente ao meu redor, acusando detalhes.

A pia, é alguma combinação de vermelho-vinho com alguns detalhes pretos, é de madeira rústica e deste modo, é invernizada.
A cristaleira e as cadeiras, são da mesma cor e do mesmo material que a pia.
A mesa, é enorme, é invernizada em um tom escuro, de madeira dura e rústica, estilo mesa de piquenique. As cadeiras, são levemente inclinadas para trás, é são, também, de madeira escura.
O fogão a lenha é branco e carrega alguns desenhos de rosas vermelhas e douradas sobre ele, está localizado a uns quarenta e cinco centímetros da mesa.
Já o fogão a gás, preto que carrega um pano bordado em sua portinha, está entre a cristaleira e a cuba de mármore branco.

❛ ANJO CAÍDO 1 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora