Capítulo 9

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— Santo Deus, eu não estou com um ferimento grave, Lexa — Clarke argumentou, claramente aborrecida.

— Acabou de ser picada por uma cobra venenosa etc, com certeza não está bem também. — Lexa falou assim que chegaram até os carros no aeroporto — Pode desistir de me fazer mudar de ideia, não quero te ver no laboratório nessa semana, curta a folga e descanse.

Clarke suspirou pesadamente, mas não disse nada. A loira nem tinha certeza de que tinha atenção de Lexa. Ela não estava toda preocupada antes? Que mudança absurda de comportamento.

— Ela tem razão, filha — a mãe de Clarke falou — Vai ser bom para você descansar esta semana, seu braço vai doer por uns dias.

Lexa ligou para Anya antes de embarcar e explicou a situação, orientando Anya a entrar em contato com a mãe de Clarke.

— Lexa... — Clarke tentou com olhos suplicantes tentando encontrar o olhar de Lexa.

Anya, que observava a interação com interesse e incômodo, comentou:

— Realmente precisamos ir.

Lexa assentiu e se aproximou de Clarke.

— Desculpe, Clarke. — a morena apertou o ombro da loira em uma despedida nada calorosa. Sabia que a loira ainda não a conhecia bem o suficiente para ver além das barreiras, não tinha como Clarke entender que Lexa estava em pânico por vários motivos — Preciso ir direto para o laboratório, tem uma emergência que precisa da minha atenção, assim que puder eu ligo para saber como está se sentindo. — deu um sorriso amarelo para a mãe da menina antes de seguir Anya — Foi um prazer conhecê-la, senhora Griffin.

*

— Como isso foi acontecer? — Lexa perguntou assim que sentou no banco do carona e abriu a pasta com os relatórios.

— Eu não sei, Lexa. De verdade. — Anya suspirou no banco do motorista — O nível 5 e todos os funcionários que estavam lá estão em quarentena, paramédicos e bombeiros estavam socorrendo as pessoas e procurando a origem do vazamento.

— Quantos feridos? — Lexa murmurou, fechando a pasta e olhando para Anya.

— Oito. Três cientistas com trajes de proteção sofreram queimaduras durante uma experiência que acabou em uma pequena explosão e os outros desmaiaram por inalar gás.

Lexa suspirou e encostou a testa no vidro frio da janela.

— Como fui irresponsável em viajar!

Anya franziu a testa.

— Está tudo bem, Lexa. Não é como se você tivesse tirado férias. Era uma viagem de trabalho.

Ah, se Anya soubesse... O laboratório pegando fogo e Lexa brincando de casinha.

Anya parou em frente ao prédio do laboratório, uma multidão de jornalistas com suas câmeras e microfones estavam no saguão.

— Se você é responsável, eu também sou. — Anya disse com seriedade e então sorriu para suavizar — Estou com você. Resolveremos isso juntas.

Lexa olhou para ela, sua amiga e mentora. Anya sempre apoiava e confortava Lexa nos momentos mais difíceis.

— Temos que apenas que continuar andando, certo? — Lexa perguntou.

— Certo. — Anya concordou.

As mulheres fizeram o melhor para passar pelos jornalistas sem acotovelar ninguém e mantendo o olhar focado no prédio, ainda não era o momento para responder perguntas.

O "Mais" que eu preciso (Clexa) REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora