— Deixe-me ver se eu compreendi, a senhorita se tornou amiga de Clarke porque ela é sua estagiária e vocês passam muito tempo juntas.
— Sim. — Lexa confirmou, toda a repetição estava fazendo sua cabeça doer.
— Vocês foram a um acampamento para fiscalizar testes e a senhorita Griffin foi picada por uma cobra no mesmo dia em que você foi notificada sobre o vazamento de gás no laboratório?
— Sim.
— Vocês voltaram pra Boston em seguida?
— Contatei Anya para que ela avisasse a senhora Griffin sobre a picada da cobra e nos encontrasse no aeroporto, Clarke estava sendo teimosa sobre a gravidade da situação.
Ele abre a pasta de documentos e tira de lá uma foto, era Lexa se despedindo de Clarke na noite anterior, em frente a sua casa.
— Corrija-me se eu estiver errado, a senhora disse que vocês se tornaram próximas? Pode esclarecer isso? Mesmo que seja razoável acreditar que a senhora a visitou porque estava preocupada, a mãe da moça tem motivos para acreditar que talvez a menina tenha sentimentos mais profundos por você.
Lexa encara o detetive e não desvia o olhar, não precisa olhar para o advogado para saber que precisa negar, as coisas só ficariam pior para ela se admitisse a natureza de seu relacionamento com Clarke. Por outro lado, não seria uma mentira dizer que eram amigas, as duas ainda não tinham discutido rótulos e mantinham o relacionamento privado.
— Somos amigas, trabalhamos juntas na mesma sala e temos muitos interesses em comum, acho bem natural.
O detetive a analisa intensamente, examinando qualquer reação que denuncie uma mentira. Lexa era muito boa em esconder as próprias emoções.
— Senhora Grigori, eu preciso que seja honesta comigo, okay? — O detetive suspirou. — A mãe da menina não vê um problema em um envolvimento emocional entre vocês, não é a natureza desse relacionamento que nos interessa, mas precisamos saber de tudo para descartar certas possibilidades.
Lexa olha para o advogado em busca de conselho, insistir na mentira poderia aumentar o problema no futuro.
— Esse não é um interrogatório formal detetive, acho que acabamos por aqui. — o advogado de Lexa, Ryder, se pronunciou.
O detetive apenas acenou com a cabeça:
— Só mais uma coisa, a sua vice presidente, Anya, ela tinha algum problema com a senhorita Griffin? — seu tom de voz era baixo, seu olhar era questionador.
— Não, que eu saiba elas nem tinham um contato direto — Lexa respondeu honestamente.
Ele não parece nada convencido quando junta suas pastas e se levanta:
— Okay. A senhora ainda é suspeita, embora isso não seja o suficiente para mantê-la sob custódia, é o suficiente para deixar uma viatura na sua cola, se lembrar de alguma coisa, me procure. — ele a entrega um cartão e sai da sala.
Um silêncio longo e incômodo sucede à partida do detetive antes que Ryder diga alguma coisa.
— Você está namorando com a menina? — ele pergunta sem rodeios.
— Não exatamente, não fomos tão longe. — ela respondeu em voz baixa, o coração pesado de preocupação — Estamos nos conhecendo sem promessas.
— Bom, você precisa definir o que é esse relacionamento logo, casual, compromisso ou uma complicação pode render um processo por assédio e isso seria bem ruim agora. — ele disse em tom acusatório — Não esqueça dos trâmites para o processo de quebra de contrato.
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O "Mais" que eu preciso (Clexa) REVISADO
FanfictionFanfiction criada a partir da série The 100. Clarke Griffin está na reta final do curso de genética e precisa conseguir um trabalho na área antes de conseguir o diploma. Lexa Grigori é, aos 28 anos, uma geneticista reconhecida e herdeira de um dos m...